Com a ambição de se tornar a editora de referência em língua portuguesa, a Babel Brasil foi apresentada na noite desta segunda-feira (14), no Museu da Língua Portuguesa, por Paulo Teixeira Pinto, ex-banqueiro que ingressou no mercado editorial em 2008 quando comprou a portuguesa Guimarães, e pelo escritor Luiz Ruffato, curador editorial da nova casa. Vieram outras depois da Guimarães e para organizar melhor a casa Teixeira Pinto criou, em fevereiro de 2010, o Grupo Babel. Hoje, já são 9 editoras e quatro livrarias em Portugal.
A meta para o Brasil é ousada. O plano é editar 100 obras nos próximos 12 meses (foram 300 em Portugal durante um ano). E ele quer mais: vai lançar o que chamou de o melhor prêmio literário em língua portuguesa. O Brasil sempre interessou o executivo. “Não viemos antes porque não existíamos antes, e o Brasil não é para nós um mercado. É nossa pátria também”, comentou, lembrando que o português é a sexta língua mais falada do mundo por causa dos brasileiros.
Quem foi à festa ontem pode ver o primeiro título trazido de Portugal, O índice das coisas mais notáveis, uma edição luxuosa costurada a mão e em grande formato com textos retirados dos sermões de Padre Antonio Vieira. Outro título que deve chegar em breve é Mensagens, que reproduz o original da Biblioteca Nacional de Portugal do único livro publicado em vida por Fernando Pessoa. Reproduções de anotações do poeta estão preservadas neste livro.
Biografias, ensaios, livros de arte e títulos infantis vão integrar o catálogo da editora. De acordo com Ruffato, Fernando Pessoa vai ser o carro-chefe. O escritor ressaltou ainda a ideia de formar um catálogo de autores nacionais que vai priorizar os estreantes. Ao descobrir um novo talento, a editora se esforçará em mantê-lo entre seus autores. “Queremos que o público identifique o autor e sua casa. Não vamos lançar livros isolados, mas sim autores”.
