Primeiro livro dos amores (Hedra, 128 pp., R$ 17 – Org. e trad. Lucy Ana de Bem), de Ovídio, traz poemas próprios da elegia erótica romana, demonstrando em geral a voz de um poeta jovem que desenvolve temas próprios dos epigramas, da Nova Comédia e da poesia iâmbica, tais como os conselhos de uma velha ébria, os cabelos de uma mulher ao envelhecer, o elogio ou vitupério de serviçais que ajudam ou dificultam o amor ou o amante que não compreende a cobrança exigida pela prostituta Publius Ovidius Naso ou, simplesmente, Ovídio (Sulmona [Abruzos, Itália], 43 a.C.–Tomis [Constan¸tia, Romênia] c. 17 d.C.) é o último grande poeta elegíaco romano, figurando ao lado de Catulo, Tibulo, Propércio, e Galo, precursor do gênero.