Cadê a pantufa?
PublishNews, Redação, 20/01/2011
SM lança primeiro livro de Marângela Haddad, vencedora em 2009 do Barco a Vapor

Relatos de diferentes personagens conduzem o leitor ao desfecho de um mistério: o sumiço de uma pantufa. A narrativa descontínua e polifônica de Mariângela Haddad nessa obra premiada – O sumiço da pantufa (Edições SM, 48 pp., R$ 26), vencedora do 5º Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil, em 2009 – instiga a imaginação, misturando as versões de seres humanos, animais e objetos inanimados para transformar uma história de aventura em uma reflexão sobre os sentimentos de perda, deslocamento e curiosidade.

Esta obra inaugura a carreira de Mariângela Haddad como escritora. Seu estilo é marcado pela não linearidade e pelo cruzamento de diferentes focos narrativos a partir dos quais o leitor pode tirar suas próprias conclusões.

A pantufa, que sempre viveu entre a sala, o quarto e o banheiro, quer saber o que existe no mundo lá fora. E, de repente, ela se vê arremessada pela janela, frente ao desconhecido. Enquanto a mãe precisa lidar com a perda de seu objeto adorado, um gatinho de rua encontra na pantufa um alento para sua situação de abandono. O pai, os pares de sapatos embaixo da cama e outros personagens que surgem ao longo da trama contam o que viram, fornecendo pistas sobre o estranho sumiço, até o reaparecimento da pantufa, com gatinho e tudo. Ela é trazida pela empregada que está ajudando a mãe a organizar o apartamento para o qual a família (pai, mãe e filha) acabou de se mudar. A mãe recupera sua preciosa pantufa e a filha conquista seu primeiro amigo naquele novo ambiente: o gatinho.

Sobre a autora e ilustradora

Mariâgela Haddad é natural de Ponte Nova (MG). É arquiteta, escritora, tradutora e, há mais de 25 anos, ilustradora de livros infantis. Na infância, os familiares estimularam seu gosto pela leitura, como o tio caixeiro-viajante, que lhe dava livros de contos de fadas; a avó italiana, que contava histórias das viagens que fazia pelo mundo; o pai, por conta de sua “misteriosa” origem libanesa, e a mãe, que a deixava ler em qualquer situação. Nesse ambiente, Mariângela tornou-se ouvinte, leitora e contadora de histórias em imagens e palavras.
[20/01/2011 01:00:00]