Aos 91 anos, Tatiana Belinky volta no tempo e resgata passagens de sua infância vivida na Rússia, na Letônia e finalmente no Brasil para ajudar Nereide Santa Rosa a escrever A infância de Tatiana Belinky (Callis, 32 pp. R$ 23,90). No lançamento, marcado para o dia 31 de julho, às 11h, no Teatro Eva Herz (Av. Paulista, 2.073 – Bela Vista – São Paulo/SP), biografada e autora conversam com o público antes da sessão de autógrafos. Haverá ainda apresentação da Camerata Callis, formada por 12 jovens músicos e regida pelo maestro Hugo Ksenhuk.

Nascida em 1919 em plena guerra civil, Tatiana chegou ao Brasil em 1929 e desde então embalou gerações e mais gerações de pequenos leitores com suas histórias. Mas a sua própria vida também rende bons enredos.

Ver flocos de neve no inverno da Letônia. Aproveitar o verão em praias do Mar Báltico. Encenar peças de teatro com o irmão mais novo e comemorar os aniversários sentada no trono, com direito a coroa e tudo, são algumas histórias presentes no livro, que relata com poesia os fatos mais importantes de sua primeira década de vida - desde os difíceis primeiros meses na cidade russa de São Petesburgo, até quando, aos dez anos, mudou-se com os pais e os irmãos para o Brasil, fugindo das guerras européias.

Mesmo com tantas dificuldades e mudanças, a pequena Tatiana não perdeu o encanto e a curiosidade pela vida. Fã de bruxas, de teatro e, principalmente, de livros, ela transformou a varinha de condão em lápis e deu vazão à imaginação. Aos 91 anos, a escritora define a própria vida “uma grande aventura estimulante”. Em sua trajetória, essa “eterna criança” escreveu mais de cem livros infantis, ganhou vários prêmios e, em 2010, foi nomeada para ocupar a cadeira 25 da Academia Paulista de Letras.

Tatiana para adultos

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