Templos, igrejas, catedrais, terreiros e centros de ajuda, ao lado de manifestações como missas, bênçãos, búzios, descarregos e consultas astrológicas, recebem milhões de fieis diariamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Como é possível a convivência de tantos credos em meio à loucura metropolitana das duas maiores cidades brasileiras? Essa pergunta é o tema central do livro Religiões e cidades - Rio de Janeiro e São Paulo (Terceiro Nome, 248 pp., R$ 39), com textos de doze autores e organização de Clara Mafra e Ronaldo de Almeida. O livro faz parte da Coleção Antropologia Hoje, iniciativa do Núcleo de Antropologia Urbana da USP (NAU) e da Editora Terceiro Nome. Nesta terça-feira dia 23, o livro será lançado, a partir das 19h, no Platibanda (Rua Mourato Coelho, 1365 – Vila Madalena. São Paulo/SP).
Os textos do livro estão distribuídos entre três grandes tópicos: Circuitos e segmentações, Sagrado no tempo e no espaço metropolitano e Usos e gestão do espaço público. Todos abordam a relação entre o sagrado e o urbano e, completando uma análise antropológica, também trazem informações detalhadas em tabelas, gráficos e mapas. “A partir da década de 1990, as religiões se impuseram como tema relevante para quem estuda o urbano no país”, escrevem os organizadores, “pois, dentro de um leque amplo de recursos disponíveis, os habitantes das metrópoles tenderam a usar privilegiadamente os discursos e as práticas religiosas para se relacionar e expressar.”