O melhor do futebol
PublishNews, Redação, 16/03/2010
Jornalistas lançam livros sobre as melhores seleções estrangeiras e do Brasil

A Saraiva MegaStore do Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3.970 – Pinheiros. São Paulo/SP. Tel.: 11 3819-5999) abriga nesta terça-feira, 16 de março, o lançamento e sessão de autógrafos dos livros As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos (Contexto, 240 pp. R$ 33), de Mauro Beting e a As melhores seleções brasileiras de todos os tempos (Contexto, 224 pp., R$ 33), de Milton Leite. No livro de Beting, o autor nos guia por um passeio pela história futebolística com ótimas narrativas, fotografias, lista de convocados e detalhamento dos esquemas táticos de cada equipe. O jornalista apresenta a trajetória de sete seleções que deixaram suas marcas no campo e na mente dos amantes do futebol. Já no livro de Neves, o autor elege as principais representantes das seleções brasileiras de futebol em Copas do Mundo. Considerando não só as vitórias, mas também a qualidade técnica, o jornalista apresenta o retrato de seis equipes marcantes para a história do esporte.

Mauro Beting conduz o leitor pelos caminhos percorridos pela Hungria de 1954, do craque Puskas, e pela Inglaterra de 1966, do goleiro Gordon Banks (que quatro anos depois faria a sua famosa defesa contra a cabeçada de Pelé). Em seguida, os mecanismos do carrossel holandês de 1974 são revelados. No mesmo ano, temos a Alemanha de Beckenbauer campeã em cima daquela mesma Holanda. Da década de 1980, as representantes são a Itália de 1982, carrasca do futebol arte brasileiro, e a Argentina de 1986 – aquela da mão de Deus de Maradona. Por fim, a última campeã do século XX, a França de 1998.

Para chegar nessas sete eleitas, Beting se utilizou de seis critérios. Todas as equipes disputaram uma Copa do Mundo; tiveram jogadores que entraram em campo a partir de 1952, período com mais facilidade de se conseguir imagens arquivadas e disponíveis aos nossos olhos; eram de países diferentes; jogaram um belo futebol, mas algumas não foram campeãs, mostrando que não é preciso conquistar uma Copa para ganhar o mundo; eram respeitadas, indicando que nas quatro linhas o campeão não precisa ser admirado; e tiveram ao menos um grande craque que desequilibraram os adversários em campo.

Já o livro de Neves começa com o time de 1958 e a equipe bicampeã de 1962. Em seguida, retrata a seleção de 1970, a brilhante e eliminada formação de 1982 e o e tetracampeonato de 1994. Termina com o penta de 2002, equipe campeã depois de um amargo vice em 1998 e uma classificatória conturbada. “A ideia do livro é reunir histórias e personagens das grandes campanhas nacionais no esporte mais popular do planeta. Das seis seleções retratadas no livro, duas conseguiram unir o futebol bonito, de alta qualidade técnica, à conquista do título. As equipes de 1958 e de 1970 foram campeãs jogando um futebol irrepreensível – tanto que as duas sempre aparecem nas mais variadas enquetes sobre as principais equipes de todos os tempos.

O time que venceu em 1962 era praticamente igual ao de 1958 mas envelhecido, não teve o mesmo brilhantismo de quatro anos antes, como os próprios integrantes daquele grupo deixam claro no capítulo que trata da conquista no Chile. No caso das duas últimas conquistas, 1994 e 2002, sofremos de forma igual nas eliminatórias e encontramos realidades distintas durante as copas. Ambas saíram do Brasil desacreditadas. Uma conseguiu a taça com um futebol pragmático e pouco espetacular e a outra mostrou mais habilidade que o esperado no decorrer da competição.
[16/03/2010 00:00:00]