No próximo dia 2 de abril estreia nos cinemas brasileiros “Chico Xavier – O Filme”, que traz a história do mais importante médium brasileiro. Na telona, o papel-título ficou com Nelson Xavier. Mas antes da história de Chico chegar aos cinemas, ainda neste mês de março, as livrarias recebem Chico Xavier - A história do filme de Daniel Filho (Leya, 288 pp., R$ 34,90), de Marcel Souto Maior.
O título conta como a convivência com a história do médium transformou todos os que trabalharam no longa. E resgata lições desse homem que viveu para se dedicar ao próximo. Autor de três livros sobre o maior nome do espiritismo brasileiro - entre eles As vidas de Chico Xavier, no qual se baseou o filme -, Marcel escreve associando a cada história do filme o seu equivalente na vida do médium. Para isso, ele contou com a ajuda da equipe técnica e do elenco, que trouxeram importantes depoimentos para a construção da obra.
“Busquei contar histórias fortes sobre Chico e sobre as emoções provocadas por ele em todos os envolvidos na produção de "Chico Xavier" durante as filmagens”, diz Marcel. “O que me guiou foi o interesse em descobrir qual seria o impacto dessa convivência intensa com Chico para todos no set: ateus, judeus, católicos, umbandistas, espíritas. Do eletricista ao Tony Ramos, como cada um viveu essas oito semanas de filmagem”.
E o que mudou para o diretor Daniel Filho? No começo do filme, ele disse a Nelson Xavier: "E agora? Dois ex-comunistas, dois ateus, juntos num filme sobre Chico Xavier." E, depois de uma briga com sua diretora assistente seguida de um pedido de desculpas público, concluiu: "Chico pairou neste momento. Eu estava sempre pensando: o que Chico faria? Como? O que diria nesta cena? Nesse momento, me veio à cabeça que eu deveria pedir perdão. Pedi e me senti muito melhor, aliviado. Durante o filme, tive esta sensação: posso agir melhor na vida, causando menos danos a mim e aos outros."