Nos contos de A mulher que transou com o cavalo e outras histórias (Língua Geral, 176 pp., R$ 35), João Ximenes Braga, a cidade – intensa e caótica – vai se formando a cada narrativa como um museu de tipos humanos, curiosos, com anseios, que não escapam do comum dos homens. Não à toa o bar, a casa de show, a praia e a rua são exemplos de habitats típicos dos contos do autor. É através de tais nichos que alguns narradores ganham “invisibilidade” e tornam-se investigadores em potencial da intimidade alheia. Começam a despontar, entre outros, desejos, fetiches e perversões, que trazem, em muitos casos, o sexo para o centro da cena.