Marcos Vilaça volta a presidir a ABL
PublishNews, Redação, 11/12/2009
Nova diretoria eleita vai conduzir a ABL no ano de 2010

Por unanimidade os membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeram a chapa encabeçada pelo acadêmico Marcos Vinicios Vilaça para dirigir a ABL no próximo ano. A eleição ocorreu nesta quinta-feira e a nova diretoria ficou constituída pelo Presidente, Marcos Vinicios Vilaça, Secretária-Geral, Ana Maria Machado, Primeiro-Secretário, Domício Proença Filho, Segundo-Secretário, Luiz Paulo Horta e Tesoureiro, Murilo Melo Filho. A nova diretoria sucederá a atual - encabeçada pelo presidente Cícero Sandroni - eleita em 2007 e reeleita em 2008.

Conheça o perfil dos integrantes da nova diretoria

Marcos Vilaça (Presidente) - O advogado, escritor, ensaísta e professor Marcos Vinicios Vilaça ocupa, desde 1985, a Cadeira nº 26 de ABL, na sucessão de Mauro Mota, tendo presidido a Academia no biênio 2006/ 2007. Pernambucano, Vilaça nasceu em Nazaré da Mata, em 1939. Em junho último, tendo completado 70 anos de idade, aposentou-se do Tribunal de Contas da União (TCU), após 50 anos ininterruptos de vida pública. Filho único de Antonio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça. É casado com Maria do Carmo Duarte Vilaça com quem tem três filhos: Marcantônio (falecido em 2000), Rodrigo Otaviano e Taciana Cecília.

Ana Maria Machado (Secretária-Geral) - Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva. Ana Maria Machado foi professora da UFRJ e da PUC-RJ. No final de 1969, depois de ser presa pelo governo militar, deixou o Brasil e, no exílio, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e no Serviço Brasileiro da BBC de Londres. Na École Pratique des Hautes teve como mestre Roland Barthes e sob a sua orientação terminou tese de doutorado em Linguística e Semiologia. Como jornalista, trabalhou em diversos jornais e revistas brasileiros e chefiou o jornalismo do Sistema Jornal do Brasil de Rádio. Abandonou o jornalismo em 1980, para dedicar-se aos livros. Em 1993, tornou-se hors concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Entre os vários prêmios que recebeu, no Brasil e no exterior, destacamos: Casa de Las Americas (1980); Hans Christian Andersen, internacional, pelo conjunto de sua obra infantil (2000); Machado de Assis, pelo conjunto da obra, da Academia Brasileira de Letras (2001) além de menções no APPLE (Association Pour la Promotion du Livre pour Enfants, Instituto Jean Piaget, Génève), no FÉE (Fondation Espace Enfants, Suíça) e Americas Award (Estados Unidos). Publicou mais de 100 livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.

Domício Proença Filho (Primeiro-Secretário) - Domício Proença Filho é professor emérito e titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal Fluminense, lecionou Língua Portuguesa em inúmeros estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior, entre eles a UFRJ e PUC-Rio. Foi Professor Titular Convidado (Gastprofessor) na Universidade de Colônia e na Escola Técnica de Altos Estudos de Aachen, na Alemanha. Idealizou e produziu para a Rádio MEC a série “Nos caminhos da comunicação”, com cem programas centrados no nosso idioma. Foi diretor de textos da Enciclopédia Século XX. Crítico, poeta, ficcionista, antologista e promotor cultural, escreveu mais de 50 livros, entre eles Por dentro das palavras da nossa Língua Portuguesa e Capitu, memórias póstumas, ambos publicados pela Record.

Luiz Paulo Horta (Segundo-Secretário) - Sétimo ocupante da cadeira 23, eleito em 2008 na sucessão de Zélia Gattai. Luiz Paulo Horta é repórter, redator, editorialista e crítico de música. Trabalhou nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil e desde 1990, trabalha para O Globo. Em 1986, fundou e dirigiu a seção de música do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Pertence à Academia Brasileira de Música e à Academia Brasileira de Arte. Em 2000 recebeu o Prêmio Padre Ávila de Ética no Jornalismo, concedido pela PUC-RJ. Entre seus livros, destacamos o Dicionário de música Zahar, Sete noites com os clássicos, Villa-Lobos, uma introdução, e organizou, em conjunto com Luiz Paulo Sampaio, a edição brasileira do Dicionário Groove de Música.

Murilo Melo Filho (Tesoureiro) - Sexto ocupante da Cadeira nº 20, eleito em 1999, na sucessão de Aurélio de Lyra Tavares. Murilo Melo Filho começou a trabalhar no Diário de Natal, no Rio Grande do Norte, aos 12 anos, como comentarista esportivo. A partir daí, não parou mais e vários foram os jornais onde colaborou, como A Ordem e A República, além das rádios Educadora de Natal e Poti. Mudou para o Rio de Janeiro e, na Manchete, criou a seção “Posto de Escuta”, na qual escreveu durante 40 anos. Durante sete anos dirigiu e apresentou, na TV-Rio, o programa político “Congresso em Revista”. Entre 1960 e 1965, foi para Brasília, quando realizou centenas de reportagens e construiu a sede de Bloch Editores e da Manchete. A convite de Darcy Ribeiro foi professor de Técnica de Jornalismo na Universidade de Brasília. Sempre em missões jornalísticas, acompanhou diversos presidentes ao exterior, como Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart, Ernesto Geisel e José Sarney. Cobriu a Guerra do Vietnã, em 1967, e foi o primeiro jornalista brasileiro na Guerra do Camboja, em 1973.
[11/12/2009 01:00:00]