Há anos que os editores brasileiros sonham em colocar no mercado internacional seus autores nacionais. Muitos viajam à famosa Feira de Frankfurt mais dispostos a vender direitos do que encontrar por lá títulos interessantes a adquirir e produzir por aqui. Mas essa tarefa não é das mais fáceis; muito pelo contrário. O que pega? Conforme Marifé Boix-Garcia, vice presidente da Feira de Frankfurt responsável pelas regiões do sul da Europa e América Latina, o que falta é um programa brasileiro mais agressivo de incentivo à tradução de autores tupiniquins em terras estrangeiras. Como se pode ver no site da Feira, muitos países como Alemanha, Espanha, França, República Checa, Estônia, Bulgária, Grécia e tantos outros (melhor conferir a lista) têm programas estabelecidos por seus governos e por organizações que dão apoio financeiro ao trabalho de tradução de seus autores mundialmente. Os valores por tradução variam, mas existe um valor considerável envolvido em cada projeto. A Fundação Biblioteca Nacional, com sede no Rio de Janeiro, tem um programa desse tipo, mas não muito divulgado internacionalmente, embora o programa conste também na lista da Feira de Frankfurt. Profissionais do mercado editorial afirmam que o programa é tímido e difícil de ser acessado. Talvez seja uma boa ideia os editores brasileiros divulgarem o programa em Frankfurt.