Com público estimado em 640 mil pessoas, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro encerrou neste domingo, 20, depois de 11 dias de evento que movimentaram o Riocentro. Embora a Visitação Escolar tenha apresentado uma redução, de 120 mil estudantes, contra 173 da última edição, o público espontâneo foi de 520 mil pessoas, em 2007 foram de 472 mil. Na opinião de Roberto Feith, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o crescimento da visitação pode ser atribuído a renovação da programação oficial para esta edição. “Tivemos sessões concorridas, filas para senhas e a capacidade dos espaços completamente preenchida na maioria das sessões”, afirma. A organização credita o sucesso dos espaços aos curadores, que desenvolveram ao longo de meses de trabalho uma programação diversificada. “A mudança na programação cultural se revelou um sucesso e superamos os objetivos traçados”, disse Sonia Machado Jardim, presidente do SNEL. Uma pesquisa de satisfação realizada com 385 visitantes durante a Bienal mostra que 95% dos entrevistados disseram que a visita ao evento compensou, 91% pretendem visitar novamente, 74% dos visitantes compraram livros e a nota média de avaliação da programação ficou em 9,0. Entre os expositores, num universo de 80 entrevistados, 97% consideraram total ou parcialmente compensadora a participação e 94% pretendem participar da próxima edição, em 2011.
A Floresta de Livro – que ficou sob o “comando” de João Alegria - foi muito bem recebida pelas crianças e até os adultos aproveitaram o espaço, que ficou quase todo tempo de funcionamento do evento repleta de visitantes. O Mulher e Ponto também conquistou o público da Bienal. E não foram apenas as mulheres que presenciaram mesas disputadas como as de Martha Medeiros e Rosiska Darcy e Patrycia Travassos e Márcia Tiburi. Eles entraram, ouviram e participaram fazendo perguntas aos autores que estiveram nas sessões promovidas no local, que teve Sonia Biondo como curadora. O Livro em Cena foi palco de momentos marcantes como a sessão de Matheus Nachtergaele, que se emocionou ao ler trechos de Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, e foi confortado por Paulo José, curador do espaço. A sessão de Tony Ramos foi disputada e teve todas as senhas distribuídas. E o tradicional Café Literário, que nesta edição teve curadoria de Ítalo Moriconi, manteve a sua trajetória de sucesso reunindo escritores brasileiros e internacionais. Meg Cabot e Bernard Cornwell levaram sua legião de fãs à Bienal do Livro no primeiro final de semana do evento. Os dois encontraram com seu público no Auditório Euclides da Cunha e receberam o carinho de centenas de jovens leitores.
A cobertura dos festivais pelo PublishNews tem o apoio da Livraria Martins Fontes da Paulista.