Alemães, japoneses e italianos que viviam no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial foram alvo de uma política discriminatória e sofreram vigilância, repressão e, em alguns casos, até detenção em campos de concentração. A informação pode parecer surpreendente para as novas gerações, mas a existência desses locais de reclusão era conhecida e registrada abertamente em documentos oficiais e na imprensa. Em Prisioneiros de guerra – os ‘súditos do eixo’ nos campos de concentração brasileiros (1942-1945) (Imprensa Oficial do Estado de S. Paulo/Humanitas, 384 pp., R$ 35), a historiadora Priscila Ferreira Perazzo relembra quando o Brasil manteve campos de concentração nos estados do Pará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro (2), São Paulo (2), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul. “Em geral, os alojamentos eram precários e a alimentação, insuficiente”, diz Priscila Perazzo, que encontrou alguns relatos de maus tratos. Neste sábado, 22 de agosto, o livro será lançado às 11h na Estação Pinacoteca (Largo General Osório, 66 – Luz), em São Paulo.