Em sua estreia como escritora, a professora Vera Cotrim trata em Dolores dolorida (Rocco Pequenos Leitores, 40 pp., R$ 32) da história de uma serpente doente da cabeça à cauda – ou suas dores seriam, simplesmente, uma forma diferente de demonstrar que estava carente? A autora mostra aquilo que somos capazes de fazer para chamar a atenção e pôr à prova o carinho e a amizade daqueles que nos cercam. O livro foi ilustrado por Tatiana Paiva e, neste domingo, dia 16, será lançado, às 15h, na Livraria da Vila da Lorena (Alameda Lorena, 1731. São Paulo/SP. Tel.: 11 3062-1063).
Com uma narrativa em versos curtos e rimados e ilustrações criadas com tecidos, papéis e objetos, o livro acompanha a sofrida rotina de Dolores e os esforços de seus amigos da mata para ajudá-la. Ora é o estômago, ora a garganta, dor de dente, então, nem se fala! A pobre Dolores vive tão cheia de dores que nem mesmo a chegada da primavera, com suas flores, cheiros e cores, a tira da cama. Enrolada noite e dia em seu cobertor, a combalida serpente ganha diariamente o carinho de seus amigos. A rã, o sapo e até mesmo a formiga, sem medo de uma mordida, levam remédios, unguentos, palpites para ajudar a amiga, mas Dolores está sempre dolorida reclamando da vida.
Do alto da árvore, dona coruja, sábia e desconfiada, sabe bem qual é o remédio que vai curar Dolores. A bicharada, então, resolve organizar uma grande festa para celebrar o fim da primavera e a chegada do verão e acaba se esquecendo de convidar a doente (afinal, ela precisa de descanso, não é mesmo?!). Será que a dolorida serpente vai ficar fora dessa ou dará, finalmente, adeus a suas dores?