Por que Superpedido Tecmedd?
PublishNews, Ricardo Costa, 25/06/2009

Depois de cerca de 18 meses de estudos, negociações e planejamento, foi apresentada no último dia 9 de junho a nova distribuidora do mercado editorial, formada pela fusão da Superpedido com a Tecmedd. Segundo Gerson Ramos, diretor comercial da Superpedido, a distribuição é basicamente um negócio que depende de volume. “Isso é uma questão natural de mercado e não haveria de ser diferente com o livro. O distribuidor só consegue subsistir com volume muito alto, porque a margem é a mais estreita dos elos da cadeia”, explica. Mas fusão sempre traz uma preocupação para o mercado: vai ficar uma empresa muito grande e ela vai pressionar as duas pontas para ter maiores privilégios. Sobre isso, Gerson responde: “A gente sabe que não adianta a editora sangrar a margem e subir o preço. A gente precisa de livro que gira. Está mais do que provado que a rentabilidade vem do giro, não da margem. E se o produto está com preço inapropriado ele não gira e compromete a cadeia. Então a questão de ser grande não é para pressionar, é para poder crescer e se manter no negócio. Vamos tratar o mercado com inteligência e honestidade.”

A nova empresa surge com 80 mil títulos à disposição de seus clientes, com mais de 800 mil unidades ofertadas. As editoras que trabalham com a nova distribuidora praticamente dobram instantaneamente o número de pontos de vendas – cada empresa contava com uma carteira de cerca de mil clientes sendo que apenas 20% se duplicam. Para Gerson, as duas empresas, embora novas, nasceram e se desenvolveram de forma estruturada e planejada, com profissionalismo e muito atualizadas tecnologicamente. Essa similaridade na forma de trabalho e outros pontos comuns aproximaram naturalmente as duas empresas que começaram a se “encontrar” porque uma procurava a outra para atender seus clientes com produtos de uma e de outra. Essa aproximação mostrou que ambas tinham muito mais em comum do que pensavam e o caminho da fusão foi trilhado com muita naturalidade. “E concluímos que essa aproximação era a melhor coisa para todo mundo”, comenta Gerson. Nasceu, então, a Superpedido Tecmedd; uma empresa por hora com duas sedes – São Paulo e Ribeirão Preto – que transformaram a Rodovia dos Bandeirantes em “corredor do escritório” (funcionários das duas trafegam por ali quase que diariamente).

Gerson também explica que outra preocupação do mercado é que fusões anteriores no mercado de varejo, ao invés de aumentar o mercado, diminuíram. “E eles querem entender como que isso vai funcionar com a gente. Mas temos certeza que se em algum lugar a soma 1+1 deu 1,5, na Superpedido Tecmedd 1+1 vai dar 2,5 ou 3. A consolidação da distribuição é fundamental para o crescimento das editoras e das livrarias”, garante Gerson Ramos. A projeção de faturamento para 2009 é de 84 milhões, soma das previsões de cada uma das empresas antes da fusão. E essa empresa se configura para ser uma das 10 maiores do mercado editorial. E o que as editoras e livrarias ganham com isso? “Para as editoras, rapidamente uma ampliação da oferta dos seus catálogos que, de acordo com o perfil de cada editora eram melhor trabalhados em Ribeirão ou em São Paulo, passam a ser bem trabalhados em ambos os lados. Para o varejo, possibilidade de conseguir num único lugar, num único acesso, toda essa variedade. São 60 mil títulos para pronta entrega em São Paulo e 20 mil em Ribeirão – de imediato, 80 mil títulos nacionais e importados. E tudo isso disponível online”, explicou Gerson Ramos. As cartas estão na mesa.
[25/06/2009 00:00:00]