Perceber de repente, que está invisível. O susto pode ser grande, mas certamente advém vantagens desta situação. É isso que descobre o personagem de As confissões do homem invisível (Bertrand Brasil, 392 pp., R$ 49) de Alexandre Plosk. O protagonista é um homem comum, que descobre que ficou invisível. Pouco a pouco, o poder de não ser visto vai lhe despertando novos desejos. Ele pode testemunhar os dramas que se passam no mundo entre quatro paredes. Pode deitar-se na cama de mulheres solitárias. Não só isso. Pode brincar de Deus, com simples gestos. O que o protagonista não sabe é que a sua própria existência é um ponto de interrogação. Ao escutar secretamente o que velhos amigos da escola comentam a seu respeito, o colega que ninguém mais viu, as coisas se tornam ainda mais estranhas. Com isso, parte em busca de si próprio - seu passado, seu presente, seu futuro, seu reflexo, sua identidade. O livro será lançado no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, dia 2, a partir das 19h30, na Livraria Argumento do Leblon (Rua Dias Ferreira, 417. Tel.: 21- 2239-5294).