Chega ao Brasil o novo romance de Carmen Posadas, Jogo de criança (Planeta, 304 pp., R$ 39,90, trad. Sandra Martha Dolinsky), onde ela cria um labirinto de espelhos através do qual a sina dos pais se repete nos filhos, a ficção se reflete na realidade e um destino cai sobre o outro se repetindo infinitamente. A intenção de Carmem com este livro é abordar a maldade. Mas não a maldade dos psicopatas, nem dos loucos, como vemos na literatura e no cinema com tanta freqüência. E sim a maldade infantil. "Apesar de vivermos em tempos 'Walt Disney', onde a tendência é pensarmos que a criança é um ser adorável e inocente, basta recordarmos a nossa própria infância para constatar que as crianças são o que Freud chamava de 'perfersos poliformos', ou seja, malvados de muitas formas diferentes," afirma.