O sentido da vida
PublishNews, 29/03/2007
Desde sempre ao encargo da filosofia e das grandes religiões, a antiga questão do sentido da vida parece ter desertado da esfera pública. Por influência da laicidade, ela se tornou uma questão privada, restrita ao domínio da intimidade. É, portanto, sozinho que o indivíduo moderno deve enfrentar as experiências cruciais da existência: as do luto, do radicalismo do mal, do amor. A hipótese principal de O homem-deus ou o sentido da vida (Difel, 208 pp., R$ 29, trad. Jorge Bastos), de Luc Ferry, é que, para além das aparências, a questão do sentido se recompõe lentamente sobre a base de um processo duplo. De um lado, a humanização do divino; de outro, uma divinização do humano, ligada a um acontecimento maior: o nascimento da família e do amor modernos.
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