No escuro
PublishNews, 21/03/2007
Na oscilação de luzes e sombras, fragmentos de sujeitos anônimos vagueiam aturdidos nas malhas da pós-modernidade. Quatro peças e quatro contos nos levam a um universo em que reinam idéias de neutralidade, objetividade e individualismo, propagadas pela tecnociência e pelo mercado. Na falta de mistério, tudo se presta à manipulação e ao consumo. Os dias se alongam em repetições infindáveis, gestos previsíveis, cadeia incessante de sentidos pré-estabelecidos. Essa temática e os recursos estilísticos de vozes, que falam num espaço quase abstrato, inscrevem a obra de de Cláudia Vasconcellos, A mulher no escuro (Ateliê Editorial, 152 pp., R$ 25), na tradição de autores para os quais o drama da expressão materializa as inquietações humanas.
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