À medida que é capturado pela trama de AIC Metamorfose, da editora gaúcha Arquétipos Tred, o leitor é instigado a desvendar outro mistério: afinal, quem é Lion Goya? Não há nada mais apropriado ao mistério do que um nome fictício. Os grandes escritores já sabiam disso. Tanto que, até o início do século XX, muitos preferiam utilizar pseudônimos na hora de contar uma boa história. Foi assim com Pablo Neruda (Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto), Stendhal (Marie-Henri Beyle) e George Orwell (Eric Arthur Blair). Agora, parte desse charme é resgatado por Lion Goya, pseudônimo de um psiquiatra brasileiro que acaba de lançar Projeto AIC Metamorfose Lion Goya (Arquétipos Tred, 463 pp., R$ 44,90). O autor desconhecido é um gaúcho que, aos 17 anos, já tinha a história de seu primeiro romance na cabeça. Mas, enquanto sobrava imaginação, faltava aquela sagacidade e experiência científica conquistadas nos tempos da faculdade de Medicina.