Hans Küng analisa Freud e a questão da religião
PublishNews, 17/08/2006
Hans Küng, teólogo suíço que sofreu a imposição do silêncio obsequioso no papado de João Paulo II e, hoje, grande opositor do papa Bento XVI lança seu olhar crítico sobre Freud e suas concepções sobre a religião. O livro Freud e a questão da religião (Verus, 152 pp., R$ 24,90) propõe um diálogo saudável e necessário entre a psicanálise e a religião. Cento e cinqüenta anos após seu nascimento, Freud continua alimentando filmes, livros e discussões dobre repressão, inconsciente, convívio social e familiar. O médico, filho de pais judeus, inovou escolhendo como foco de sua pesquisa uma área, até então, inexplorada da mente humana, o inconsciente. O autor estabelece um fio condutor de colaboração mútua entre a psicanálise de Freud, um ateu, apesar de ter sido criado dentro das leis judaicas, e a religião. No livro, Küng compara as teorias do pai da psicanálise com as de outros teóricos, como Jung e Adler. O teólogo destrincha os argumentos que Freud utiliza contra a religião, mostrando que eles são teologicamente infundado e se coloca contra a repressão à espiritualidade, enfatizando que a fé deve ser abordada no processo de psicoterapia, já que é parte da vida das pessoas. Explica que não quer uma psicoterapia religiosa e sim que o fenômeno da religião seja levado a sério.
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