Diversão favorita de milhões de crianças e adolescentes (e de muitos adultos também), os games são responsáveis por deixá-los por horas a fio diante do computador ou da televisão e, por isso, geram um grande questionamento sobre suas conseqüências. A resposta a esse dilema está em Jogos eletrônicos: Diversão, poder e subjetivação (Papirus, 155 pp., R$ 32,90) de Cláudio Lúcio Mendes. Para escrever o livro, o autor jogou títulos dos mais diversos gêneros. "Minha esposa às vezes me dizia: 'Você não vai escrever, só fica jogando videogame?' Eu explicava que estava fazendo pesquisa empírica", diz Mendes, em tom de brincadeira. Na obra, Cláudio Mendes dedica um capítulo para tratar exclusivamente da presença femininia nos games. Segundo o autor, a partir de 1996, as mulheres deixaram de ser representadas como mocinhas frágeis e passaram a ser projetadas como musas perfeitas.