A comédia paulistana
PublishNews, 26/07/2006
Com fortes traços de crítica social, aliados a inovações de linguagem e caricaturas, uma imprensa humorística "enfrentou", no começo do século XX, o bom tom pretendido em publicações "concorrentes", como a Cigarra e os jornais O Estado de S. Paulo, Correio Paulistano e Diário Popular. A antropóloga Paula Ester Janovitch , conta no livro Preso por trocadilho (Alameda, 390 pp., R$ 60), que as redações ficavam no chamado Triângulo, a convergência das ruas Quinze de Novembro, São Bento e Direita em São Paulo (SP). Segundo Paula, era lá, num ambiente que preparava o terreno para o modernismo de 1922, que tudo acontecia. Ao lado das grandes confeitarias, das pensões alegres e das lojas requintadas, os jornalistas descreviam, em tom de paródia, o cotidiano de uma cidade caipira, que misturava o italiano, o alemão e o japonês ao "erre" interiorano.
[26/07/2006 00:00:00]