Crônicas de Amy Tan
PublishNews, 20/06/2006
A vida de Amy Tan parece ter saído de uma novela mexicana. Só para dar uma idéia da intensidade dos fatos que marcaram a trajetória da escritora, sua mãe, imigrante chinesa, era uma mulher traumatizada que foi presa por adultério, presenciou o suicídio da própria mãe (a avó de Amy) e passou toda a existência ameaçando se matar. Ainda bem jovem, a autora perdeu tragicamente o irmão e o pai, que morreram quase ao mesmo tempo por conta de um tumor no cérebro. Essa história que mais parece um folhetim poderia significar apenas experiência de vida se Amy Tan não tivesse resolvido usar todo esse background para explorar seu talento para escrever. Em O oposto do destino (Rocco, 388 pp., R$ 46,50, trad. Aulyde Soares Rodrigues), seu mais novo lançamento, a escritora vai além. No livro, primeira obra de não-ficção de Amy Tan, ela conta, em crônicas, passagens de sua vida e da vida de sua família. Guiada por memórias pulsantes, cria uma obra sensível, uma rica miscelânea cultural cujos relatos transitam ora pela intuitiva sabedoria oriental, ora pelo pragmático conhecimento ocidental.
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