Inspirados pela história das crianças que vivem nos esgotos de Luanda, capital de Angola, os jornalistas Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira criaram esta história de amor entre dois mundos aparentemente inconciliáveis, separados pela injustiça social. Escrito a quatro mãos, Nem tudo começa com um beijo (Agir, 158 pp., R$ 34,90), ganhou o Prêmio de Literatura Gulbenkian 2003. Fio Maravilha e um grupo de outros meninos vivem na Cave, um buraco de esgoto que fica bem abaixo do Sótão, a cidade onde eles passaram parte da infância e foram expulsos pela miséria. No Sótão, vive Nuvem Maria, a grande paixão de Fio Maravilha. Mas o amor dos dois parece impossível. Na Cave, Nuvem Maria não é desejada e no Sótão, Fio Maravilha não tem futuro. Até que um dia um violento terremoto se abate sobre a cidade, alterando a rotina de todos. Originada nos subterrâneos, sobrevivente aos escombros, a aventura da paixão de Fio Maravilha e Nuvem Maria é contada em dois registros, nos quais as palavras e as ilustrações se integram na construção da narrativa e inventam uma nova forma de glorificar o amor. Uma fábula, uma prosa poética. Nem tudo começa com um beijo é dirigida para crianças e jovens, mas os adultos também vão se encantar com esta história.