A promessa para a cura da Aids, disputa pelo poder, seqüestros, assassinatos fazem parte da misteriosa e frenética trama de ZIM - Uma aventura no Sul da África (Conex, 368 pp., R$ 49), de Vitor Gomes Pinto. A história surpreende e impressiona pela dimensão humana e pela relevância dos temas que aborda. Tudo começa com o seqüestro, em Johanesburgo, de Gaspar Trevisan, ou GT, o brasileiro representante de vendas de uma empresa de Londres. Sem nenhuma explicação aparente, o seqüestrado passa a ser disputado por grupos rivais, todos muito violentos. A direção da poderosa indústria farmacêutica britânica que emprega GT coloca seus agentes em ação. A mulher de GT viaja a Londres e depois à África do Sul, atrás do marido e acaba se envolvendo em mil peripécias. Essa bem urdida aventura, carregada de tensão, mostra as disputas entre brancos e negros, a pandemia da Aids, as invasões de terras, a mescla entre religiões e feitiçarias, a ganância típica das lutas pelo poder e pelo dinheiro.