Coração quebrado precisa de conserto
PublishNews, 18/01/2006
"Sem o amor, o que significa viver?", pergunta-se Dom Quixote. Todas as pessoas desejam o amor e tudo o que lhe é inerente, como a felicidade, o bem-estar, a beleza, o amadurecimento, entre tantas outras coisas. A pergunta que se faz, então, é como um sentimento tão nobre e desejável pode, muitas vezes, nos fazer sofrer tanto, tornando nossas vidas um inferno e transformando pessoas até então equilibradas em obsessivas, furiosas, fetichistas e ciumentas? Amor e sofrimento podem ser vinculados? Até que ponto? Como uma pessoa pode agir sobre nós como uma droga, que nos alivia e nos destrói? Como este sentimento é capaz de mudar tanto uma pessoa a ponto de torná-la irreconhecível? A obra Amores que nos fazem mal (Larousse, 184 pp., R$ 24,90, trad. Adriana de Oliveira e Paola Morsello), da socióloga francesa Patrícia Delahaie, serve como um guia para "reaprender a amar", abordando casos onde o "amor é doente". De forma clara e instigante, a partir de exemplos reais, a autora avalia as várias armadilhas em que as pessoas se envolvem por amor, como entendê-las e, finalmente, como resolvê-las ou delas escapar. A autora pretende, com sua obra, que os leitores digam "sim" ao amor, mas de uma forma diferente e transformada. É claro que o amor é uma aventura imprevisível, mas, segundo ela, a prudência e o autoconhecimento não excluem o encontro, mas coloca a pessoa em alerta, para que se mantenha atenta e se oriente para o lado bom do sentimento.
[18/01/2006 01:00:00]