A história da Ms. Magazine
PublishNews, 03/12/2004
Em A Ms. Magazine e a promessa do feminismo popular (Barracuda, 288 pp., R$ 37), a acadêmica norte-americana Amy Erdman Farrell perscruta a redação da revista que revolucionou a linguagem feminina na imprensa. Uma revista para mulheres feita por mulheres que, pela primeira vez na história, passou para o segundo plano da pauta receitas e dicas práticas para a "rainha do lar" e tratou de abordar temas polêmicos e essenciais na vida da mulher que era, a um só tempo, mãe, dona de casa e profissional em busca de seu lugar no mercado de trabalho - não necessariamente nesta ordem. A Ms., desde o seu título, colocava em foco a igualdade de direitos, o combate aos preconceitos, o desejo de mudança e questões como o aborto, o assédio sexual e as relações de trabalho. A edição número zero chegou às bancas em janeiro de 1972 - com a data de "Primavera de 1972" para poder durar mais em caso de desinteresse do público - esgotou em apenas dois dias. Até a última edição comercial da revista, em 1989, suas fundadoras - Gloria Steinem, Elizabeth Harris e Patricia Carbine -, editoras, redatoras, colaboradoras e gerentes comerciais vivenciaram embates árduos entre as bandeiras feministas, os anunciantes e as expectativas das leitoras, que bem cedo criaram fortes laços afetivos com a Ms., que enviavam cotidianamente pilhas de cartas e que não deixavam de cobrar da revista que ela cumprisse sua promessa de servir ao movimento feminista.
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