Viagem, Palestina e PIE
PublishNews, 01/12/2004
A guerra entre israelenses e palestinos não sai dos jornais. Diariamente um homem-bomba "explode" no território dividido. Felizmente, o ser humano que promove a guerra também é capaz de atos de solidariedade. Mahmoud Darwish, o maior poeta palestino contemporâneo, fez um apelo ao Parlamento Internacional dos Escritores (PIE), do qual é um dos fundadores, e recebeu, em 2002, uma delegação de escritores disposta a prestar solidariedade num momento em que as condições reservadas ao exército do pensamento no Oriente Médio tornaram-se intoleráveis para qualquer homem livre. Esta visita está documentada em Viagem à Palestina (150 pp., R$ 27,90), novo volume da série Socialismo para Milionários e Contra o Fanatismo - publicada pela Ediouro -, que apresenta depoimentos dos membros da delegação do PIE. Lidos em conjunto, formam um painel preciso e vivo de uma realidade complexa que, pelo excesso de informações truncadas, não se conhece muito bem. O discurso pronunciado por Mahmoud Darwish para recepcionar a delegação em Ramallah, território palestino, abre a obra. A seguir estão os textos de Russel Banks (presidente do PIE e romancista norte-americano); Bei Dao (poeta chinês); Breyten Breytenbach (poeta sul-africano); Vicenzo Consolo (romancista italiano); Juan Goytisolo (romancista espanhol); Christian Salmon (secretário-geral do PIE e escritor francês); e Wole Soyinka (dramaturgo nigeriano que ganhou e Prêmio Nobel de Literatura). Acompanham os textos as mensagens de Hélène Cixous e Jacques Derrida, que não participaram da viagem, mas, na condição de intelectuais engajados, não se furtaram a manifestar-se.
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