Os livros e a sua história
PublishNews, 11/11/2004
Rio de Janeiro, período colonial. A vida não era fácil para quem queria ler um livro. A Coroa Portuguesa impediu a impressão no Brasil até que a Família Real se transferisse para cá no período das invasões napoleônicas. Antes e depois da mudança, o contato com os livros era fortemente controlado por organismos de censura a quem competia sancionar o que liam, escreviam e imprimiam os súditos d'aquém e d'além mar. Mas não era impossível ter acesso aos livros. Submetendo-se às exigências da censura ou percorrendo as vias da ilegalidade, as obras chegavam às mãos daqueles que as buscavam. Não apenas os textos religiosos, técnicos e profissionais pareciam merecer o esforço necessário para a obtenção de um livro. As belas-letras, e sobretudo o romance, eram também bastante procurados. Os caminhos dos livros (Mercado de Letras, 384 pp., R$ 42) de Márcia Abreu, conta uma parte dessa história, acompanhando a atuação da censura em Portugal e no Brasil, apresentando os livros pelos quais havia maior interesse, buscando pistas sobre os modos de ler e sobre as pessoas que habitavam o mundo dos livros.
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