André Luiz Pinto, carioca de Vila Isabel, nasceu em 1975 e publicou seu primeiro livro de poemas, Flor à margem, em 1999. Primeiro de abril (Hedra, 64 pp., R$ 17) é, portanto, sua segunda publicação que chega às pratelerias poéticas brasileiras. Sua poesia tem o mérito de não facilitar, de não ceder diante da tentação de constituir sentidos abertos para a leitura. Essa estreiteza do discurso que, exigente, não admite a todos a entrada, não se deve a um registro excessivamente literário, como aconteceu com uma parte da poesia escrita nos últimos anos no Brasil. De certa forma, a poesia fecha-se e recusa o espetáculo, o valor a que tudo deve se reduzir, num plano sem acidentes ou afecções, porque o reino dela não é deste mundo. Não há clareza, aqui, como não há clareza nas coisas. O lançamento do livro será amanhã, 28 de julho, em noite de autógrafos realizada no bar Canto Madalena (Rua Medeiros de Albuquerque, 471, Vila Madalena, 11-3813-6814), em São Paulo, a partir das 20h.