Joões de Aníbal Machado
PublishNews, 27/07/2004
Aníbal Monteiro Machado nasceu em Sabará, Minas Gerais, em 9 de dezembro de 1894. Escreveu contos, ensaios, poemas em prosa, foi tradutor de Kafka, assinou roteiros para o cinema e crítica de artes plásticas. Em 1957, publicou Cadernos de João. O volume foi formado pela reunião de duas obras anteriormente publicadas em edições de pequenas tiragens, destinadas a bibliófilos: ABC das Catástrofes e Topografia da Insônia (1951) e Poemas em Prosa (1955). Para entrarem no novo livro, ambas foram revistas e ampliadas, o que significou, ainda, a inclusão de um certo número de fragmentos inéditos. Cadernos de João (176 pp., R$ 28) acaba de ser relançado pela José Olympio. Outra obra de Aníbal Machado reeditada pela editora carioca é João Ternura (304 pp., R$ 35), publicada postumamente em 1965, um ano após a morte do autor. Não se sabe ao certo quando Aníbal Machado começou a trabalhar neste livro. Mas não há dúvida de que o escreveu e reescreveu durante décadas. Também é certo que o romance criou para o autor alguns dilemas. Em razão deles, João Ternura esteve no limbo por algum tempo, mas depois foi retomado com vigor. Aníbal Machado deu o melhor de si para concluir esse romance original, singular. A Morte da Porta-Estandarte e Tati, A Garota e Outras Histórias são outras obras do autor que serào relançadas em breve pela José Olympio.
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