Amor de pai (Record, 304 pp., R$ 39,90), romance de estréia do holandês Karel Van Loon, é uma trama que mistura casamento, traição e paternidade. Aos 30 anos, viúvo e com um filho de 13 anos, Armin Minderhout descobre que foi infértil durante toda a vida. A revelação é feita quando ele e sua atual companheira, Ellen, submetem-se a uma série de testes para descobrir porque não conseguem ter um filho. A notícia é chocante e devastadora. Monika, sua última mulher, morreu subitamente aos 25 anos, há uma década, e foi o grande amor de sua vida. Armin, um holandês de 37 anos, revisor de livros científicos, decide não contar a verdade para Bo, seu filho, e inicia uma dolorosa busca pelo pai biológico da criança, arrastando o leitor em um thriller psicológico de tons niilistas, onde o protagonista e o leitor são forçados a reconsiderar tudo em que se podia acreditar. No encalço do amante da mãe do seu suposto filho, Armin vai juntando peças de um quebra-cabeça emocional, encarando aspectos surpreendentes do passado da mulher e da sua própria vida a partir da tentativa de identificar detalhes de uma traição. O autor vai revelando aos poucos, num jogo psicológico, os bastidores da relação idealizada com Monika, e com a atual mulher, Ellen, melhor amiga dela e vértice de um triângulo amoroso que enreda os personagens em uma trama erótica.