A mulher que traiu os EUA
PublishNews, 03/06/2004
O que fez de uma mulher uma das maiores traidoras dos Estados Unidos na História é o que está relatado em Elizabeth Bentley -­ Uma espiã americana a serviço da KGB (Landscape, 472 pp., R$ 39,90), de Lauren Kessler. O livro é a biografia desta americana conflituosa que foi listada entre os seis maiores traidores dos Estados Unidos segundo o livro Traitors, de Richard Sale, ainda inédito no Brasil e que será lançado também pela Editora Landscape no final do ano. Desenrolando-se no drama político que definiu os Estados Unidos em meados do século XX, o livro explora o caso de espionagem cujas repercussões na política americana e internacional foram debatidas durante vários anos, mas nunca foram totalmente reveladas. O objetivo do livro é justamente trazer à tona o que ainda estava obscuro. Bentley nasceu na Inglaterra, recebeu educação conservadora, mas nos anos 1930, já nos Estados Unidos, abraçou o comunismo e se apaixonou por um agente da KGB que a apresentou ao mundo da espionagem. Logo estava trabalhando no FBI, o serviço secreto americano. O que os americanos não sabiam é que, quando entraram na Segunda Grande Guerra, Bentley dirigia as operações dos dois maiores círculos de espionagem no país (o FBI americano e a contra-espionagem soviética da KGB), chegando a reunir oitenta pessoas em seu sistema secreto.
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