O livro As Filhas da Princesa (Best Seller, 240 pp., R$ 29), da escritora americana Jean Sasson, entrou rapidamente para as listas de mais vendidos desde que foi lançado no Brasil em fevereiro. Tal sucesso já era em parte esperado, uma vez que o primeiro livro da autora sobre a misteriosa personagem Sultana, editado em 1994 sob o título de Princesa - a história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus (Best Seller, 248 pp., R$ 30,50), vendeu mais de 100 mil exemplares. Diante do sucesso recente do segundo livro, a editora paulistana adiantou o lançamento do epílogo dessa saga, que já movimentou mais de 10 milhões de exemplares no mundo. O terceiro e último livro da série, recém-lançado, é Princesa Sultana - sua vida, sua luta (304 pp. R$ 32,50), obra que revela o medo e a frustração da personagem real ao se deparar com a possibilidade de sua causa, a luta pela aplicação dos direitos humanos às mulheres de seu país, estar perdida. Depois de tentar impedir um casamento forçado entre sua sobrinha e um homem depravado e muito mais velho, Sultana começa a beber às escondidas, já que na Arábia Saudita o consumo de bebida alcóolica, além de ser ilegal, é considerado um ato grave, que pode resultar em divórcio e no afastamento da família. Enquanto luta para ocultar o vício, Sultana ouve de sua filha o relato de uma terrível descoberta quando visitam o suntuoso palácio de um primo: ele abriga, em um dos pavilhões, um harém de escravas sexuais formado por meninas e jovens asiáticas. A trilogia da Princesa Sultana é fruto de doze anos de experiência da autora na Arábia Saudita - período em que trabalhou no hospital da realeza e compartilhou da intimidade de mulheres muçulmanas. Segundo a autora, seus três livros foram escritos com base nos diários de Sultana e em horas de gravações clandestinas no mundo árabe.