O século XX se foi, ao que parece. Mas Czeslaw Milosz perdura, aos 92 anos, no seu sereno exílio californiano. Mas de onde vem ele? De onde está exilado? Da Lituânia, onde nasceu de família polonesa? Da Polônia, onde cresceu, com saudades da infância lituana? Do Leste europeu, fugitivo do totalitarismo? Da Europa como idéia de civilização, que se rompeu violentamente? Tem muitas origens esse poeta, que ganhou o Prêmio Nobel em 1980, e só agora vê uma coletânea de poemas seus publicada no Brasil: Não mais (Editora da UnB). E ele chega às livrarias brasileiras acompanhado: é a coleção Poetas do Mundo, que traz também A mimosa, do francês Francis Ponge, As cicatrizes do Atlas, do marroquino de expressão francesa Tahar Ben Jelloun, e Bosque da maldição, do sérvio Miodrag Pávlovitch.