Inflação impõe alta às taxas futuras
Gazeta Mercantil, Adriana Cotias, 11/04/2003
A divulgação de mais dois índices de inflação precipitou, ontem, uma correção sensível das taxas de juros no mercado futuro. Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), negociados na BMF, tiveram seu preços ajustados para baixo e, por conseqüência, os prêmios subiram. O desempenho dos indicadores de custo de vida acabou por contagiar a formação da taxa de câmbio, enquanto os títulos da dívida soberana voltaram a ter alta no mercado internacional. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, apontou variação de 5,13% no primeiro trimestre, evidenciando que 60% da meta de inflação, de 8,5%, já foi consumida no período. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fipe/USP, por sua vez, registrou alta de 0,81% dos preços em São Paulo, ante variação de 0,67% registrada no fechamento de março. No mercado de câmbio, o dólar assinalou o terceiro dia consecutivo de alta. Nas últimas trocas do interbancário, a moeda norte-americana era negociada a R$ 3,247 para venda, com valorização de 1,66%. Parte do movimento de compra de divisas tem sido sustentada pelo refluxo de capital estrangeiro na Bovespa.
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