O Brasil mede os reflexos da guerra iminente
Gazeta Mercantil, 19/03/2003
O mundo está em contagem regressiva para a guerra contra o Iraque, que deve consistir de uma operação de choque para garantir vitória rápida, segundo especialistas. O ultimato do presidente norte-americano, George W. Bush, ao presidente iraquiano, Saddam Hussein, termina hoje à noite. No Brasil, governo e empresários tentam medir eventuais efeitos e reflexos do conflito. Segundo o diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cervero, o abastecimento de derivados de petróleo, no curto prazo, não será afetado pela guerra. Isso porque a dependência externa brasileira hoje é pequena, de cerca de 10%, e o País compra de fontes distantes do conflito, como a Argentina, a Nigéria e a Bolívia. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, mencionou, ontem, que as exportações brasileiras, notadamente de produtos alimentícios e combustíveis, apresentaram significativa expansão nas duas primeiras semanas de março como reflexo de uma eventual guerra. Entretanto, a Volvo do Brasil, que manda anualmente cerca de 400 caminhões e ônibus para o Oriente Médio, teme que a guerra paralise seus negócios naquela região.
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