Um plano de oposição
PublishNews, Redação, 06/11/2019
Publicado pela Carambaia, livro de Hans Fallada se baseia na história real de Otto e Elise Hampel, um casal que viveu durante a Alemanha nazista

Cada um morre por si (Carambaia, 768 pp, R$ 159,90 – Trad.: Sonali Bertuol), romance de Hans Fallada (1893-1947), começa em Berlim, num dia de junho de 1940. No mesmo prédio em que alguns moradores comemoram a capitulação da França frente à Alemanha nazista, o casal Anna e Otto Quangel recebe a comunicação da morte de seu filho na guerra. É o momento em que os Quangel, até então trabalhadores apolíticos, concentrados em suas obrigações diárias, começam a enxergar as mentiras e o alcance dos tentáculos do regime, que os obriga a viver com medo. Conscientes de sua quase insignificância social, Anna e Otto se empenham num plano de oposição em pequena escala: espalhar pela cidade cartões-postais com mensagens de desnudamento da máquina nazista. Hans Fallada conduz o romance como uma trama policial em que a Gestapo se desdobra na busca pelos autores do ato de subversão, recorrendo a crimes, acusações fabricadas e ao auxílio de malandros e golpistas. O enredo se baseia na história real de Otto e Elise Hampel e a capa e as páginas de divisão interna trazem letras e números em fonte tipográfica criada especialmente para o livro.

[06/11/2019 07:00:00]