Um assassinato e 13 testemunhas
PublishNews, Redação, 17/08/2018
Livro questiona o comportamento humano em um retrato da sociedade de hoje contando a história de 13 pessoas

Clarissa Wolff faz de seu Todo mundo merece morrer (Verus, 168 pp, R$ 29,90) uma trama desconstruída sobre a dualidade do ser humano. Seu primeiro romance coloca em xeque as discussões sobre tolerância. Com inspiração na ganhadora do Pulitzer Jennifer Egan, Clarissa escreve sobre um crime no metrô da linha verde de São Paulo que conecta 13 vidas, 13 personagens sintomáticos dos tempos modernos que vivem dentro de suas próprias certezas incontestáveis. Mas este grupo heterogêneo tem mais em comum que o fato de ter presenciado um assassinato no vagão. Para além das aparências, todos eles escondem um caráter duvidoso. A cada capítulo, Clarissa entrega diferentes formas de narrativa para apresentar um “sobrevivente” do atentado: desde o padre pedófilo, que conta sua versão tal qual um capítulo da Bíblia, passando pelo grupo de jovens traficantes do colégio, até a história em terceira pessoa de uma mãe que odeia o filho porque o marido não a deixou abortar.

[17/08/2018 07:00:00]