Se o ano de 2022 foi o da retomada dos eventos literários, 2023 serviu para reafirmar a força e importância deles para o mercado literário e cultural. O ano de 2024 ainda não começou, mas o PublishNews se adiantou para reunir as datas de eventos já confirmados para o ano que vem. No calendário já temos, por exemplo, a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, marcada para ocorrer de 6 a 15 de setembro, e a confirmação – por parte da assessoria – de que a 22ª Flip também acontecerá no mesmo mês. Entre os grandes eventos internacionais, teremos a Feira do Livro Infantil de Bolonha no início de abril, de 8 a 11; e a Feira Internacional do Livro de Bogotá, que terá o Brasil como país convidado de honra e está marcada para acontecer de 18 de abril a 2 de maio. Outro importante evento internacional, a Feira do Livro de Frankfurt também já tem sua data confirmada: de 16 a 20 de outubro. Clique no Leia mais para conferir a lista de eventos, feiras e festas literárias de 2024.

A 37ª edição da Feira Internacional do Livro de Guadalajara terminou no último domingo (3) e o balanço preliminar aponta que a primeira edição realizada sem Raúl Padilla López – presidente da feira que morreu em abril deste ano –, foi um sucesso. Durante nove dias, os corredores da Expo Guadalajara receberam mais de 857 mil pessoas, um recorde de público. Ricardo Villanueva, reitor geral da Universidade de Guadalajara, disse que esta edição da Feira “foi um enorme desafio”, por ser a primeira sem Raúl. “A melhor homenagem que podíamos prestar era organizar a melhor FIL da história. Ao encerrar esta edição, podemos afirmar: o objetivo foi alcançado”, disse. Por sua vez, Marisol Schulz Manaut, diretora geral da feira, destacou a presença de mais de 2 mil editoras, que permitiram ocupar a totalidade dos 43 mil metros quadrados da área expositiva da Expo Guadalajara, com representações de praticamente todos os países latino-americanos. O programa da FIL foi composto por mais de 3 mil atividades, que incluíram 630 apresentações de livros e a presença de mais de 700 autores de 52 países. A Feira contou com a participação de 17,4 mil profissionais da indústria. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Felipe Castilho – autor e roteirista de quadrinhos, animações e games – anunciou na CCXP, que terminou no domingo (3), sua nova HQ Mistland (Stout Club Entertainment / Comixology Originals), com Felipe Watanabe, letras de Deyvison Manes e cores de Natália Marques, para 2024. Castilho é o autor da fantasia épica Ordem Vermelha: Filhos da Degradação (Intrínseca). Sua HQ Savana de pedra (Astral Cultural) foi finalista do Prêmio Jabuti e do Troféu HQ Mix em 2018, assim como o seu romance Serpentário (Intrínseca) foi também finalista do Jabuti em 2020. Em 2022 lançou a HQ independente Guarás: a outra margem, e em 2023 foi um dos autores do projeto Viagem Literária, promovido pelo Siseb-SP, que levou escritores e escritoras para bibliotecas públicas do interior do Estado de São Paulo. O PublishNews perguntou a Felipe Castilho o que ele está lendo, e esta foi a resposta: "Minha leitura atual é Canções de um sonhador morto & Escriba-sinistro, de Thomas Ligotti, que estava inédito no Brasil e foi publicado recentemente pela Editora Suma". Clique no Leia mais para ler a resposta na íntegra.

A Editora Serra da Barriga estreia no mercado editorial com uma nova edição do clássico Na roda do samba, de Francisco Guimarães, o Vagalume. Na obra, lançada originalmente em 1933, o autor se dedica a documentar a gênese do samba e seus personagens pioneiros. A organização desta edição, feita pelo historiador Leonardo Affonso de Miranda Pereira, recebe notas e posfácio que proporcionam ao leitor "uma melhor fruição do texto original", segundo a editora. A Serra da Barriga é o local onde instalou-se o Quilombo do Palmares, maior território de resistência à escravidão em terras brasileiras. "Nosso desejo é que a editora Serra da Barriga, assim como a região simbólica, possa também acolher e proteger a memória do povo negro por meio de seus livros", explicam Jaime Filho, jornalista, e Andréia Amaral, editora, fundadores do selo. Em Na roda do samba, Francisco Guimarães apresenta um dos principais estudos sobre a origem do samba e, principalmente, do desenvolvimento do gênero em terras cariocas. Lança seu olhar preciso sobre a teia criativa e suas peculiaridades no início da década de 1930, sobre os encontros e desencontros de uma sociedade em construção 40 anos após a abolição da escravatura e sobre a articulação intelectual e crítica dos pensadores negros do período. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Fundada por mulheres, a Editora Grená chega ao mercado editorial com o compromisso de fomentar a diversidade, apostar em novos talentos e produzir títulos que ajudem a pensar a sociedade de forma crítica, arrojada e lúdica. A primeira publicação é um texto teatral. A visita, escrito pela estreante na dramaturgia, a tradutora e escritora paulistana Aline Klein, aborda o conservadorismo na voz de uma personagem comum que justifica suas ideias ultrapassadas relembrando um passado glorioso que já não existe. A editora nasce de forma independente, comandada por Alice Klein e Tamires Chorban, e se soma ao pólo de editoras que buscam resistir ao monopólio de grandes empresas de e-commerce no segmento editorial, grifando a necessidade da bibliodiversidade dentro do setor. A Editora se propõe a publicar livros que sejam acessíveis economicamente. A ideia é canalizar opiniões críticas e reflexões atuais sobre o tempo presente, construir um catálogo que dialogue com os problemas sociais, "para que nossos títulos sejam parte de uma elaboração coletiva de melhora", dizem as editoras. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A cerimônia de premiação da 35ª edição do Troféu HQMIX será nesta quarta-feira, dia 6 de dezembro, às 19h, no Sesc 24 de Maio (Rua 24 de Maio, 109 – São Paulo / SP), em São Paulo, com a apresentação do padrinho do evento, Serginho Groisman, e participação do DJ MZK. Os ganhadores receberão o troféu Curupira, personagem do desenhista Flávio Colin, que foi homenageado pelo troféu HQMIX de Grande Mestre dos Quadrinhos quando ainda vivo. A estatueta deste ano foi produzida pelo artista Bruno Braga, fundador do Instituto Impressão 3D, localizado no município de Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco. Foram mais de 1,5 mil inscritos que passaram pela banca do júri oficial, que trabalhou por cinco meses para analisar os concorrentes nas diversas categorias; e na segunda fase pelo júri nacional composto por mais de dois mil profissionais da área de quadrinhos, entre autores, editores e jornalistas. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra e ver os vencedores.

De 5 a 7 de dezembro, acontecerá a Semana da Biblioteca Digital - evento inédito que chega em sua segunda edição com o objetivo de apoiar e promover discussões em torno de temas como mediação de leitura, acervo digital e implementação de bibliotecas digitais. Com transmissão ao vivo pelo YouTube e Facebook, a iniciativa é totalmente online e gratuita, e contará com uma extensa programação e quatro mesas de palestras com especialistas. As inscrições podem ser feitas pelo site, proporcionando acesso a todo o conteúdo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No sábado (09), a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano vai celebrar a obra de Adélia Prado, relevante poeta brasileira da contemporaneidade. Realizado na própria Fundação (Av. Morumbi, 4077 – São Paulo / SP), localizada no bairro do Morumbi, o encontro literário 'Vamos Falar de Adélia Prado' contará com participações conceituadas, inclusive de fora do Brasil. Esse será o quinto evento da Série Literária 2023, que busca conectar o público com a sensibilidade das palavras de grandes escritores. Às vésperas do aniversário de 88 anos de Adélia, a programação vai apresentar, a partir de diferentes perspectivas, um panorama profundo da vida e da obra dessa que é considerada uma das autoras mais importantes da língua portuguesa. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com o tema Literatura coreana de autoria feminina, ocorre de 6 a 8 de dezembro o II Simpósio de Literatura Coreana – USP. Realizado pelo curso de Língua e Literatura Coreana da USP, com patrocínio do LTI Korea e apoio do Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB), o evento será realizado de forma presencial e também online. Quem quiser participar, as inscrições já estão abertas e as vagas para os encontros presenciais são limitadas. Durante os três dias de evento, um total de 13 pesquisadores brasileiros e coreanos se reunirão para compartilhar leituras críticas e informações referentes a essa produção cultural da Coreia. Entre os destaques da programação estão as duas aulas magnas da professora e crítica literária Mi Jung Kim, da Sungkyunkwan University, nos dias 6 e 7, na USP, e a palestra da escritora e ativista Juhea Kim, autora do romance Como tigres na neve (Melhoramentos), no dia 8, no CCCB (Av. Paulista, 460 – São Paulo / SP). Os demais encontros presenciais serão no Auditório 8 do edifício de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH/USP (Av. Luciano Gualberto, 315 – São Paulo / SP). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta terça-feira (5), Geni Núñez lança a obra Descolonizando afetos (Paidós / Editora Planeta), no Sesc 24 de Maio (Rua 24 de Maio, 109 – República, São Paulo / SP). O evento começa às 19h, é gratuito e aberto ao público, e contará com um bate-papo entre a autora, Deivison Nkosi e Sofia Menegon, seguido de sessão de autógrafos. Além disso, uma abertura musical conta com Anélita Núñez e Jeff Nefferkerturu. As senhas serão distribuídas 1h antes no local. Ativista indígena Guarani, psicóloga e escritora, Geni Núñez disserta no livro sobre a sexualidade dos povos originários e suas pluralidades. A obra conta com prefácio de Ailton Krenak, e posfácio da cacique guarani Juliana Kerexu, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. A capa é baseada em uma arte de Denilson Baniwa, indígena do povo Baniwa e um dos artistas contemporâneos mais importantes da atualidade. "Misturando a escrita técnica com a poética, Geni resgata as raízes da tradição do povo Guarani, desvelando memórias das relações entre gêneros dos povos originários", explica a editora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em seu aniversário de 40 anos de carreira — e 50 de vida —, Selton Mello, criador de personagens icônicos do nosso imaginário, convida o leitor para uma conversa engraçada, tocante e humana sobre sua trajetória. Com revelações íntimas, Eu me lembro (Jambô, 344 pp, R$ 79,90) apresenta uma viagem por grandes momentos da dramaturgia no Brasil e o percurso de um menino sonhador e obstinado, que oferece agora, em perspectiva, um balanço comovente de sua vida. A obra conta ainda com mais de 70 fotos inéditas e um time de 40 entrevistadores, entre eles nomes como Fernanda Montenegro; Matheus Nachtergaele; Larissa Manoela; Lázaro Ramos; Fábio Assunção; Patrícia Pillar; Rodrigo Santoro; Wagner Moura; Zezé Motta; Letícia Sabatella; Moacyr Franco; Jackson Antunes; Marjorie Estiano; Pedro Bial; Nathália Timberg; Camila Pitanga; Zuenir Ventura; Fernanda Torres; Débora Falabella; Dira Paes; Jefferson Tenório; Letícia Colin; Rolando Boldrin; Christian Malheiros; Aracy Balabanian; Luana Xavier; Ana Paula Maia; Arthur Dapieve; e Danton Mello.

Foram múltiplas as encarnações da alagoana Martha Medeiros até se tornar uma estilista reconhecida por inserir a renda na alta moda do Brasil. Antes de ganhar o mundo pelas criações desfiladas no tapete vermelho por estrelas como Sofía Vergara, Beyoncé, Ivete Sangalo e Xuxa, ela foi vendedora de artesanato, sacoleira, bancária e muambeira. O tal sucesso deu as caras pelo talento e pela labuta dessa nordestina sem parentes importantes nem dinheiro no banco. Em Do sertão a Hollywood (Matrix, 224 pp, R$ 59), a autora Eliane Trindade os fatos marcantes de uma trajetória de coragem, visão empreendedora, glamour e inclusão social, que levou a renda brasileira para o mundo. Uma história de empreendedorismo, inclusão social e glamour tecida pelas mãos calejadas de rendeiras e de uma estilista que criou uma marca genuinamente brasileira e internacional. Logo mais, às 18h30, Martha Medeiros lança a obra na Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano - São Paulo / SP).

Inventivo, autêntico, poético: estas são algumas das muitas características de Ronaldo Fraga. Mas o estilista é muito mais. Artista multifacetado que saiu de Minas Gerais para o mundo, fincando sua estrela entre os principais nomes da moda internacional, ele relembra, neste livro de entrevistas conduzidas pela jornalista Sabrina Abreu, os momentos mais marcantes de sua trajetória pessoal e profissional. Memórias de um estilista coração de galinha (Autêntica, 448 pp, R$ 119,80) é fruto de nove anos de encontros entre entrevistadora e entrevistado, com conversas que passam pelos mais diversos temas. Das passarelas à vida privada, estão presentes neste livro as memórias de infância, os tempos de faculdade, o período que viveu em Nova Yorque e em Londres, a militância política, os relacionamentos, as principais coleções, a conturbada ligação de amor, ódio, sonho e crítica com a moda. Em formato de entrevista, ilustrado com fotos e croquis, Memórias de um estilista coração de galinha desnuda o processo criativo do designer, suas referências e andanças do Norte ao Sul do Brasil, com humor afiado e sem fugir das polêmicas. Enquanto os diálogos avançam, acompanhamos o aprofundamento da relação entre entrevistado e entrevistadora e, por que não dizer, também do leitor, que tem nesta obra uma oportunidade única de compartilhar da intimidade destes encontros.

A Dra. Gladys McGarey conviveu com Mahatma Gandhi nos anos em que morou na Índia, ficou conhecida como a “mãe da medicina holística”, e se tornou autoridade quando o assunto é 'viver bem'. Aos 102 anos, segue atuando no campo da saúde e acabou de lançar seu novo livro, best-seller nos Estados Unidos, em que revela seis segredos poderosos e transformadores sobre como viver com propósito, alegria e vitalidade em todas as idades. Em Uma vida bem vivida (Rocco, 272 pp, R$ 59,90 – Trad.: Bruno Casotti), McGarey conta como venceu as barreiras do machismo e do etarismo ao longo de sua trajetória. Afinal, começou a praticar medicina em uma época em que mulheres não podiam nem sequer ter contas em banco. Uma de suas experiências mais marcantes ocorreu aos 85 anos, quando viajou até o Afeganistão para ensinar a gestantes das áreas rurais práticas seguras de parto, o que diminuiu em 47% a taxa de mortalidade infantil na região. Num mundo que tende a ser antienvelhecimento, a Dra. Gladys arrisca um olhar positivo sobre o que a nossa inevitável marcha em direção à velhice.