A biografia de Britney Spears – A mulher em mim (Buzz Editora) – estreou nesta semana na Lista de Mais Vendidos do PublishNews, divulgada nesta sexta-feira (3). Como a Lista faz a contagem dos livros por ISBN, a obra tem duas versões na Lista: a edição com brinde, comercializada na pré-venda, líder na categoria Não ficção, e a edição comum. Somando as duas, seria o suficiente para o livro ficar em terceiro lugar geral. A biografia foi lançada oficialmente no dia 24 de outubro, e a Lista da semana faz a contagem dos dias 23 a 29/10/2023. Nos EUA, o livro também liderou a Lista de Mais Vendidos na categoria Não ficção do The New York Times, e vendeu mais de 1,1 milhão de unidades nos diversos formatos. Por aqui, a Buzz preparou uma tiragem inicial de 150 mil exemplares, e promoveu um evento de celebração do livro na Av. Paulista. Outro livro que entrou nas listas pela primeira vez foi Amigos, amores e aquela coisa terrível (BestSeller), de Matthew Perry. O ator que ficou conhecido por interpretar o personagem Chandler, na série de TV Friends, morreu no dia 28 de outubro, aos 54 anos. Quem lidera o ranking da semana é o novo livro Marca pessoal de impacto (Gente), de Bianca Ladeia. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Sem muito alarde, a Biblioteca Nacional divulgou na noite de quarta-feira (1º) o resultado do Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2023: estão entre os vencedores nomes como Micheliny Verunschk, Luís Augusto Fischer, Luciana Hidalgo, Lúcia Hiratsuka e João Moreira Salles. Segundo a BN, há um prazo para pedidos de reconsideração: 06 a 10 de novembro. O resultado final será publicado no Diário Oficial no dia 21 de novembro. Cada um dos vencedores receberá a quantia de R$ 30 mil. Concedido anualmente desde 1994, o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional tem por objetivo reconhecer a qualidade intelectual das obras publicadas no país. A edição deste ano abarca aquelas lançadas no período de 1º de maio de 2022 a 30 de abril de 2023, no Brasil, em língua portuguesa. A premiação conseguiu atingir um bom nível de bibliodiversidade: entre os 30 selecionados, três são da Companhia das Letras, e outras editoras têm no máximo dois títulos, como Martelo Casa Editorial, Record, Perspectiva e Cepe. Clique no Leia Mais para ver a lista completa de vencedores.

O capitalismo vicia, quem já tem quer mais ainda. O capitalismo é Igreja, danação eterna aos que não seguem o dogma da eficiência máxima. O capitalismo é você, aplastado no sofá em dia de folga, culpado por fazer nada, afogado no Instagram. A natureza do Homo Economicus é do cada um por si. O mercado editorial brasileiro se organiza assim. Enquanto a Amazon recebe tratamento VIP, a livraria de rua passa pelo escrutínio duro do departamento de análise de crédito; é produtor de papel que reajusta o preço e deu, não tem para onde correr; é a imaginação colonizada, com a lista de mais vendidos de ficção tomada por estrangeiros. Cenas do faroeste editorial brasileiro. Você é o que tem. E o que faz para ter. Uma recusa a essa limitação se dá agindo contra o sistema, em conjunto, dividindo a tristeza, multiplicando a felicidade. A atuação comunitária em detrimento do individual é a senha para atenuar as agruras do capitalismo. Atenção ao verbo: atenuar. Pé no chão, meta factível. Quem quiser uma amostra prática de relutância, fica o convite: tem a 10ª Miolo(s) no próximo sábado e domingo (4 e 5), das 11h às 19h, na Biblioteca Mário de Andrade, centro de São Paulo / SP. Não tem catraca, não tem dress code, só chegar. Clique no Leia Mais para ler o artigo na íntegra.

A Veja trouxe uma matéria sobre "o bem que os audiobooks fazem", ressaltando como os brasileiros avaliam como positiva a experiência de ouvir uma história ou um livro. A revista também falou sobre a importância de livros infantis contarem a história dos povos originários. No Globo, a convidada para a Flip 2023, a autora Colombe Schneck afirmou ser grata à lei francesa sobre aborto que "me considerou uma pessoa e não uma máquina de fazer bebês" em sua trajetória pessoal. O Estado de S. Paulo falou sobre os livros doados pelo ex-ministro Ricardo Lewandowksi à Biblioteca Nacional. No Splash Uol, o programa Painel Geral fala sobre a série Fim, do Globoplay, insipirado na obra homônima de Fernanda Torres. A página de entretenimento também falou sobre a alta nas vendas da autobiografia de Matthew Perry Amigos, amores e aquela coisa terrível (BestSeller). A obra chegou a ser o livro mais vendido da Amazon durante a semana. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Martins Fontes – Selo Martins está à procura de um vendedor que tenha experiência prévia na área atuando em livraria. A pessoa contratada irá cuidar do atendimento ao cliente, emissão de notas fiscais, caixa, arrumação da loja e também participar de eventos. Os benefícios incluem seguro saúde, tíquete refeição e vale transporte. Interessados devem encaminhar currículos para marcio@emartinsfontes.com.br até 30 de novembro.

O CPF SESC apresenta o seminário "Inteligência Artificial em processos criativos", nos dias 7, 8 e 9 de novembro. O evento conta com a presença de especialistas como Andréia Machado Oliveira (UFSM), Juliana Gontijo (UERJ) e Rafael Evangelista (Unicamp), entre outros. O seminário discute o impacto da Inteligência Artificial na produção e fruição da cultura. Para se inscrever, basta clicar neste link aqui. O curso será na sede do CPF Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP) com valores de R$ 18 (credencial plena) a R$ 60 (inteira). Desde as experiências com dispositivos até os filtros de redes sociais, a relação entre a inteligência artificial (IA) e a produção de arte, criatividade e acesso a bens culturais tem sido um tema constante e controverso. Essa jornada histórica leva a questionamentos sobre os limites éticos que cercam a interseção entre IA e criatividade, uma discussão que abrange as noções de autoria, fruição estética e produção de conhecimento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O projeto BiciBiblioteca convida crianças, jovens e adultos a conhecerem histórias e autores através da troca de livros já lidos que tenham em casa por novos. Neste dia 5 de novembro (domingo), é a vez da BiciBiblioteca estacionar na Praia de Copacabana, no Posto 3, das 8h às 12h. A iniciativa vai circular livros na cidade do Rio de Janeiro até fevereiro de 2024. Em um mês de funcionamento, já foram entregues 2,3 mil livros nas quatro capitais em que o projeto está presente (além do Rio, a bicicleta literária está em São Paulo, Salvador e Recife). Até o final do projeto, a expectativa das organizadoras é de movimentar aproximadamente 15 mil livros, entre os novos volumes do acervo da Bici e aqueles trocados entre o público participante. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O romance sobre os irmãos gêmeos Yaqub e Omar e as relações deles com a mãe, o pai, a irmã e, de outro lado, com a empregada da família e o filho dela, um menino cuja infância é moldada pela condição de ser filho da doméstica, foi o livro escolhido pelo público para o encontro de novembro com Milton Hatoum, dia 08, do Clube de Leitura CCBB 2023. O encontro com Milton Hatoum acontecerá no dia 08 de novembro, às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro / RJ), no 5º andar do CCBB RJ, com entrada gratuita. Dois irmãos (Companhia das Letras) é um dos livros da lista da Fuvest nos próximos três anos, além de ter sido adaptado para uma minissérie da TV Globo, para quadrinhos e teatro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Há décadas o estado do Rio de Janeiro é um desafio no que diz respeito à segurança pública. A cultura da violência se tornou uma marca indelével de sua história que, dentre outras questões, gerou o fenômeno das milícias. A partir dos anos 1990 elas evoluíram e se espalharam, hoje impactando de forma dramática a vida de milhões de pessoas. Em Milicianos (Objetiva, 320 pp, R$ 79,90), o jornalista Rafael Soares acompanha a história de vários policiais que se tornaram lendas no mundo do crime, e desvenda as engrenagens de grupos como os Galácticos, formado por alunos de uma das melhores turmas do Bope; o Escritório do Crime, consórcio de matadores de aluguel com uma clientela variada, como bicheiros, milicianos, empresários e políticos; e a Liga da Justiça, fundada no final dos anos 1990 e que, sob nova direção, se tornou o Bonde do Ecko, inaugurando uma perigosa parceria entre traficantes e milicianos. Um livro essencial para quem quer entender o poder, os alicerces e as conexões das forças criminosas que operam no Rio de Janeiro.

Este volume de O discreto charme da magistrocracia (Todavia, 328 pp, R$ 79,90) traz a reunião de textos críticos de Conrado Hübner, que ajudou a mudar o jornalismo político quando passou a escrever em publicações não especializadas. Como colunista da Folha de São Paulo, passou a comentar, semanalmente, os usos e abusos das cortes superiores, em especial do Supremo. O livro capta, para além do leguleio dos meritíssimos, as práticas da casta que batizou de “magistocracia”. De convescotes em Lisboa e Nova York de juízes vaidosos e negocistas com causas no STF a ministros que descolam cargos para filhas, o livro passa pelos conchavos entre togados e politicastros; os palanqueiros que manipulam sentenças e beneficiam cupinchas; as canetadas monocráticas; o adiamento para as calendas de decisões imperativas; os cafunés em Bolsonaro; os habeas corpus a jato para vips; a ardilosa manipulação da pauta do Supremo. Suas crônicas expõem um Judiciário corporativo, servil, pró-ricos. Hübner Mendes dá nome aos bois: Moro, Toffoli, Gilmar Mendes, Aras, Fux, André Mendonça, Nunes Marques. Alguns dos bois se aproveitaram da alfafa dos cargos que ocupam para processá-lo; um modo torpe e torto de dar-lhe razão.

O Supremo: Entre o Direito e a política (História Real, 256 pp, R$ 59,90) enfrenta essas questões, pensando o STF como um tribunal que precisa resolver divergências na interpretação e na aplicação das leis e da Constituição — incluindo temas morais e políticos. Com uma linguagem direta, Diego Werneck Arguelhes reflete sobre as controvérsias da corte e aponta caminhos para uma convivência equilibrada entre a política e o Direito. A judicialização de questões historicamente resolvidas no âmbito do Legislativo e do Executivo, a crescente exposição pública dos julgamentos e dos conflitos internos do tribunal, a presença constante dos ministros na mídia e o aumento substancial de decisões monocráticas despertaram na sociedade civil dúvidas sobre o funcionamento das instituições e as motivações de seus integrantes. Ancorado em anos de estudos e análises, o pesquisador e professor de direito constitucional se debruçou sobre a estrutura e a história do Supremo para esclarecer a importância da instituição, sua lógica esperada de funcionamento, e os limites, deveres e possibilidades de atuação de seus ministros. Em O Supremo: Entre o Direito e a política, o autor parte de um grande conjunto de dados e estudos, combinados a casos da história recente do país, para refletir sobre o papel do STF na política brasileira e explicar os problemas que a instituição enfrenta para cumprir essa tarefa.

Os alertas contra o regime russo liderado por Putin há muito tempo denunciavam que Moscou se preparava para a guerra. Em fevereiro de 2022, o conflito de fato teve início, com a invasão do território ucraniano pelas tropas russas. Se não havia motivo para se surpreender com a violenta decisão do Kremlin, cabe, no entanto, uma importante pergunta: como as lideranças ocidentais permitiram que essa situação ocorresse? Em O grande confronto (Autêntica, 160 pp, R$ 59,80 – Trad.: Julia da Rosa Simões), o membro do parlamento europeu Raphaël Glucksmann reage a essa questão fundamental. E a resposta é chocante: além da covardia de alguns – que toleraram as ingerências de Putin para evitar um conflito aberto –, parte da elite política da Europa e dos Estados Unidos se deixou corromper. Líderes alemães, italianos, franceses e norte-americanos colocaram seus interesses pessoais acima dos interesses coletivos de seus compatriotas. Em vez de trabalharem para uma transição energética livre de combustíveis fósseis, preferiram tornar suas nações dependentes dos recursos da Rússia, como petróleo e gás, em troca de um assento no conselho das estatais russas e de uma aposentadoria recheada.