Editoras aproveitaram a Bienal do Livro Rio – que terminou no último domingo (10) em clima de celebração de resultados históricos – para lançar novos selos voltados ao público jovem e infantojuvenil. Foi o caso do Grupo Ediouro (com o novo selo Livros da Alice), da Todavia (com o novo Baião) e da Morro Branco (Morrinho). Mesmo com poucos dias em atividade, as três editoras afirmam que a recepção dos leitores, tanto na Bienal quanto na web, já aponta indícios positivos do trabalho. A Ediouro chamou a editora e consultora editorial Mariana Rolier para liderar a nova empreitada, voltada para o público jovem adulto (Young Adult). Já com o Baião, a Todavia entra de vez no mercado de literatura para crianças. O publisher da editora Morro Branco, Victor Gomes, explica que novo selo – Morrinho – é mais uma faceta da casa, seguindo a mesma linha e filosofia, mas voltada para um público mais jovem. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O Grupo Editorial Pensamento – que comemora 116 anos de história no mercado editorial em 2023 – anunciou mudanças em seus selos. A partir de outubro, o selo Seoman – adquirido em 2009 – passa a fazer parte do selo Cultrix, considerado uma referência em livros de não ficção. A decisão de reformulação e da incorporação deu-se por conta, especialmente, dos assuntos publicados por ambos os selos, que muitas vezes se sobrepunham. O selo Cultrix, criado em 1956 por Diaulas Riedel, abrigou historicamente importantes obras como O poder do pensamento positivo, assim como livros de linguística, psicologia, desenvolvimento pessoal e profissional, ciências sociais e humanas, incluindo filosofia, sociologia e mitologia e temas atuais como feminismo. Boa parte dessas temáticas também dialogam com os conteúdos publicados pelo Seoman. Assim, o Grupo pretende dar mais peso e destaque aos títulos da Seoman, além de modernizar a Cultrix, que passa a publicar também assuntos como cultura pop, por exemplo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Istanbul Publishing Fellowship divulgou o calendário para sua nona edição. Realizado pelo Ministério da Cultura e do Turismo da Turquia e pela Sociedade Turca de Imprensa e Editores, o programa seleciona todos os anos editores internacionais responsáveis por comprar direitos autorais e os convida a participar de uma série de encontros na capital turca. O objetivo é promover a literatura do país e ampliar a cooperação mútua. A edição deste ano, que ocorreu em junho, resultou em mais de US$ 145 mil em novos negócios e 40 contatos comerciais para os participantes brasileiros. Para a edição de 2024, as inscrições abrirão no dia 1º de novembro e seguirão abertas até 15 de dezembro de 2023. Os escolhidos serão anunciados no dia 8 de janeiro e o programa acontecerá entre 5 e 7 de março. O programa oferece aos participantes traslados para o aeroporto, lanches nos intervalos e suporte de tradução durante as reuniões. Mais informações serão divulgadas em breve no site do programa.

A Fundação Cultural Palmares lançou em agosto o Prêmio Conceição Evaristo de Literatura Afrofuturista, com premiação de R$ 30 mil para cada um dos três vencedores. No início de setembro, porém, o escritor Ale Santos postou em suas redes sociais um depoimento em que conta um pouco da abordagem e dos bastidores do Prêmio da Fundação Cultural Palmares. Ele critica as condições de trabalho dos jurados, que seriam responsáveis por avaliar dezenas de obras em um regime de trabalho "voluntário". No edital, cada participante concorre com 1 (uma) única obra literária contendo no mínimo de 29 páginas, sem contar com a capa e a folha de rosto, concorrendo a prêmios individuais de R$ 30 mil. O autor também apontou para a reivindicação de todos os direitos autorais dos contos inscritos no edital, que permitiriam o uso sem limitações para a utilização em território nacional e internacional. O PublishNews entrou em contato com o Ministério da Cultura e recebeu uma nota de esclarecimento da Fundação Cultural Palmares (FCP), responsável pelo edital. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Inaugurado na última semana de agosto, o novo Barouche (Rua Medeiros de Albuquerque, 401 – Vila Madalena – São Paulo / SP) é um bar, café e livraria. Os sócios Paulo Velasco e Priscila Passos mantiveram a proposta original ao escolher como locação uma loja térrea de um prédio residencial. “Há tempos estamos namorando este ponto na Vila Madalena. E há tempos também temos a ideia de montar um bar, café e livraria com a identidade do Barouche”, diz Priscila Passos. A livraria, operada pelos próprios sócios, conta com 2 mil títulos, distribuídos em 61 metros lineares de prateleira e divididos em cinco seções: Clássicos; Diálogos Contemporâneos; Arte, Arquitetura e Design; Relatos de Viagem e Infantil. “Assim como foi com a Cinesala e o Barouche no centro, acreditamos que um café, um bar, uma livraria ou um cinema são pequenos, mas poderosos, geradores de encontros de pessoas, trazem vida e segurança para a calçada, e colaboram para uma cidade mais humana”, diz Paulo Velasco. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Entre os dias 13 e 19 de setembro ocorre o 12º Transfusão – Encontro sobre tradução e outros trânsitos: “céu e terra”, realizado pelo museu Casa Guilherme de Almeida (Rua Macapa, 187 – São Paulo / SP) e que reunirá artistas, lideranças indígenas e quilombolas, professores, tradutores e pesquisadores, para conversas e trocas de experiências sobre em que medida os discursos da arte, da ciência e da religião se aproximam e se distanciam. Organizado por Simone Homem de Mello, tradutora literária, escritora e coordenadora do Centro de Pesquisa e Referência Casa Guilherme de Almeida, a 12ª edição do Transfusão se orienta pelo tema “Céu e Terra”. Durante uma semana, será abordada a representação desses espaços em diferentes linguagens artísticas como na literatura, música e artes visuais. Para participar das mesas-redondas é necessário se inscrever pelo site da instituição. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A LC – Agência de Comunicação – comprometida em ser a agência que mais divulga livros para a imprensa no Brasil – está à procura de um social media para atuação em home office. Os candidatos devem ter experiência de pelo menos dois anos com produção de conteúdo para redes sociais (TikTok será um diferencial), experiência no mercado do livro, preferencialmente que tenha trabalhado em editora, e formação em Jornalismo, Publicidade, Marketing, Letras ou afins. As funções do cargo incluem reunião e planejamento para os clientes; produção de conteúdo para redes sociais; responder os posts e interagir com seguidores; e realizar análise de resultados e estratégias de melhorias. Currículos com cases e pretensão salarial devem ser enviados para giovanna@lcagencia.com.br, contato@lcagencia.com.br e gabriela@lcagencia.com.br.

A 5ª edição da Feira SUB de Arte Impressa e Publicações Independentes será realizada no próximo sábado, 16 de setembro de 2023, na Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink (Av. Benjamin Constant, 1633 – Campinas / SP), das 11h às 21h. O evento vai reunir 90 expositores, entre editoras, coletivos e artistas de todo o Brasil, com trabalhos que se utilizam de diversas técnicas do campo das artes gráficas. São publicações como zines, revistas, livros, fotolivros, ilustrações, xilogravuras, serigrafia entre outros que tem em comum a baixa tiragem, a produção autoral e independente, o ineditismo e muita criatividade. A Feira SUB tem entrada gratuita. “Será uma edição especial, de retomada de um evento que traz para Campinas o que tem de mais contemporâneo no cenário das publicações independentes. As feiras são lugares de divulgação dos trabalhos e conexão de pessoas – a gente já viu muitas parcerias acontecerem na Feira SUB”, conta Marcela Pacola, idealizadora e produtora da Feira SUB. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O livro O Corpo de Laura, da poeta e jornalista paulistana Laura Redfern Navarro é fruto de um exercício experimental e poético que, junto de uma plaquete, compõe o projeto homônimo vencedor do edital ProAC 2022, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. A obra conta com a orelha assinada por Luizza Milczanowski, escritora e mestranda na linha de Sociedade, Direitos Humanos e Arte pela UFRJ, e prefácio da poeta e doutoranda em literatura pela UFRN Maíra Dal’Maz. O evento de lançamento está marcado para o dia 16 de setembro, sábado, a partir das 15h, na Casa das Rosas (Av. Paulista 37, – São Paulo / SP). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Um dos principais nomes da Antropologia da sua geração, o francês Philippe Descola vai lançar o livro Para além de natureza e cultura, tradução recém-publicada pela Eduff do clássico Par-delà nature et culture, no dia 15 de setembro, no Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (Rua Miguel de Frias, 9 – Rio de Janeiro / RJ). Após o lançamento, que tem início às 18h, será exibido o documentário Compor os mundos. O pensamento de Philippe Descola, de Eliza Levy, que será seguido de um debate em espanhol com Descola e Anne-Christine Taylor. Nesta terça-feira (12), às 17h, o autor é o convidado para uma conversa sobre o tema “Mundos compostos”, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE/UFRJ). Em Para além de natureza e cultura, que tem tradução de Andrea Daher e Luiz César de Sá, Descola parte da observação de outros povos para questionar a universalidade dos conceitos de natureza e cultura. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Há 60 anos, Julio Cortázar publicava O jogo da amarelinha, uma das principais obras do boom que promoveu escritores latino-americanos. Considerado um dos romances inclassificáveis, o livro atravessou décadas arrebanhando leitores pela temática envolvendo o acaso, ruas e pontes de Paris, jazz e pela maneira como foi construído, possibilitando diferentes formas de leitura. Para comemorar os 60 anos do livro, será realizado nesta terça-feira (12), a partir das 19h, na Livraria Travessa Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97 – Rio de Janeiro / RJ), um bate-papo com Cassiano Viana (jornalista e pesquisador da obra de Julio Cortázar), Rafael Gutierrez (professor de literatura hispano-americana da UFRJ) e Lucas Verzola (escritor). A atriz Florencia Santángelo lerá trechos da obra.

Um acidente traz Raio, um super-herói brasileiro que surge durante a Era Vargas, ao Brasil do ano 2012. Preso a uma era a qual não pertence, e encarando um país de contrastes e complexidades mais intensas em comparação ao passado, a adaptação ao novo período desafiará Raio como pessoa e tudo que ele representa como herói! RAIO – Volume 2 (CQI, 100 pp, R$ 37), a parte final da saga do herói oriundo da década de 1930, conta com três histórias surpreendentes: em “Tempos Modernos”, Raio precisa lidar com os novos tempos e as duras revelações que ele traz. Já em “Ser Amado ou Odiado”, as pessoas estão em dúvida sobre o herói: amigo ou inimigo? E por fim, em “Um Raio de Esperança”, o derradeiro final da jornada de um homem deslocado no tempo: Raio enfrenta um inimigo muito familiar em um combate de vida ou morte!

Depois de três anos em Milão, Matteo volta para a casa dos pais, na cidade do interior, de onde saiu após assumir-se como um jovem gay, o que levou a confrontos com seu pai. A metrópole urbana de Milão foi uma mudança bem-vinda, mas, tendo ficado sem emprego, Matteo não tem escolha a não ser voltar para casa. Em As gerações (Poseidon, 144 pp, R$ 74 – Trad.: Delfin), ele está decidido a evitar um encontro com seu pai, e escolhe ficar numa casa onde vive sua avó, três tias e sua prima grávida. Enquanto tenta reconstruir sua vida, reconectando-se com as mulheres de sua família e velhos amigos de sua cidade natal, ele confronta algumas verdades sobre as outras gerações de sua família – e sobre si mesmo.

Simon, um livreiro, passou por tempos difíceis. A crise financeira o atingiu e as vendas caíram. Com sua loja prestes a fechar, ele está cada vez mais retraído. Um dia, ao voltar de seu depósito na floresta, ele para em um cruzamento ferroviário isolado e testemunha uma tragédia que o atinge como uma bomba. Aprofundando-se em si mesmo, Simon é assombrado por memórias de seu passado – lembranças reprimidas de uma época que ele preferiria esquecer. É por acaso que o livreiro conhece Regina, uma jovem que começa a lhe dar o conforto e o apoio de que precisa. Mas, afinal, quem é Regina? Ela pode ajudá-lo a superar a perda de um amigo de infância? Primeiro trabalho solo escrito e desenhado por Aimée de Jongh, Honey Buzzard – O retorno da ave de rapina (Conrad, 168 pp, R$ 89,90 - Trad.: Andressa Lelli) é uma história em quadrinhos atraente, cinematográfica e sensível sobre confrontar o passado e começar de novo.

Quem foi Adolf Hitler? Um jovem megalomaníaco e obsessivo, frustrado em suas aspirações artísticas que se tornou um ditador com a ambição de dominar o mundo. A história contada com maestria por Shigeru Mizuki é um relato próximo da realidade sobre a vida e os desejos do tirano – desde a sua juventude, passando por sua improvável carreira militar e o seu papel fundamental na II Guerra Mundial, até a sua morte. Um mangá biográfico desenhado com pinceladas ousadas, Hitler de Shigeru Mizuki (Devir, 288 pp, R$ 99 – Trad.: Caio Suzuki) apresenta uma perspectiva japonesa sobre os acontecimentos que levaram ao maior conflito do século XX. Mizuki traça aqui um paralelo com a própria história militar do Japão, um tema que se tornou central na sua obra devido a sua posição pacifista e aos traumas causados por sua participação na guerra. No mangá, Shigeru mergulha nos livros de história para criar um retrato intenso e eloquente da figura de Adolf Hitler.