A Bienal do Livro Rio abriu caminho em sua edição comemorativa de 40 anos para o Artists Alley, um espaço que funde literatura e arte, e permite a interação entre leitores e seus ilustradores e quadrinistas preferidos, desde seus processos criativos à habilidade de criação em primeira mão. Com cerca de 30 estandes de autores independentes, o Artists Alley está localizado na rua Z do Pavilhão Verde. Outra novidade anunciada pela Bienal nesta terça-feira (5) é a de que o evento se tornou "carbono free". A ideia é neutralizar as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa nas fases de pré-produção, montagem, realização e desmontagem do evento. A iniciativa ocorre por meio de inventário e com a compra de créditos de carbono de projetos que protegem a biodiversidade, preservam a Floresta Amazônica (REDD+) e geram de energia renovável (eólica), em parceria com a patrocinadora Shell Brasil. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O evento do mercado editorial português "Book 2.0 #The Future of Reading", foi realizado em 31 de agosto e 1 de setembro em Lisboa, com escritores e pensadores da atualidade para debater o futuro dos livros. Lá, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) apresentou as principais conclusões de um estudo realizado pela GfK sobre o “Mercado do Livro e Hábitos de Compra em Portugal”. Os dados permitem concluir que 62% dos entrevistados compraram livros no último ano e, destes, 70% afirmaram que compraram o mesmo ou mais do que no ano anterior. O estudo apurou também que os jovens entre os 15 e os 34 anos continuam a ter o hábito de comprar livros, sendo quem mais comprou no último ano (28%). Os dados foram considerados positivos por Pedro Sobral, presidente da APEL. “Foi muito interessante perceber a importância que os livros continuam a ter nas camadas mais jovens, que representam atualmente a faixa etária onde mais se compra livros. Num país com os índices de leitura mais baixos da Europa, estes números trazem-nos esperança no futuro, fazem-nos acreditar que é possível mudar hábitos para as gerações futuras", diz. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e a presidente eslovena, Nataša Pirc Musar, vão inaugurar a 75ª edição da Feira do Livro de Frankfurt (18 a 22 de outubro de 2023) na terça-feira, 17 de outubro. A Eslovênia é o país homenageado na feira deste ano. Sob o lema "Colmeia de Palavras", está prevista a participação de 75 autores, poetas e tradutores eslovenos em Frankfurt. Após a cerimônia no Congress Center, a dupla vai abrir o Pavilhão do País Homenageado. "Desde seus primórdios na Igreja de São Paulo até os dias de hoje, a Feira do Livro de Frankfurt tem representado a democracia e a diversidade", afirma Juergen Boos, diretor da Feira do Livro de Frankfurt, em nota. "Pela 75ª vez, a feira do livro servirá como plataforma para o intercâmbio democrático. Ela também é um mercado cultural. Editoras e autores, amantes da literatura e da cultura de mais de 100 países podem se reunir aqui em um ambiente seguro e pacífico. A presença do chanceler da Alemanha e da presidente da Eslovênia na cerimônia de abertura ressalta a importância da feira para a democracia, a liberdade e a compreensão em nível internacional". Os palestrantes literários, tradicionalmente escolhidos pelo Comitê do País Homenageado, serão o autor e filósofo Slavoj Žižek e a autora Miljana Cunta. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Sharjah Book Authority (SBA) – realizadora da Feira Internacional do Livro de Sharjah – anunciou que a Coreia do Sul será o país homenageado da sua 42ª edição, marcada para ocorrer de 1º a 12 de novembro. No anúncio, Bodour Al Qasimi, presidente da SBA, disse que Sharjah está solidificando seu status como um centro cultural global e que serve como um destino confiável para todos aqueles que procuram descobrir a cultura árabe e sua história e contribuições para a humanidade. A escolha da Coreia do Sul como país homenageado visa celebrar a riqueza da cultura e herança centenária coreana, bem como familiarizar a SIBF convidados e visitantes com os mais recentes desenvolvimentos em seu cenário cultural, literário e criativo. A forma pioneira como a Coreia do Sul modernizou a sua paisagem cultural, estando fortemente enraizada no seu passado, atraiu atenção e popularidade em toda a região árabe e no mundo. O pavilhão sul-coreano na SIBF 2023 apresentará um rico programa cultural de atividades e eventos que refletem a estética e a diversidade da cultura coreana, que é particularmente popular entre os jovens. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews+ reúne, semanalmente, nesta seção, informações sobre processos licitatórios para a compra e/ou confecção de livros. A seção é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Nesta semana, dois editais visam a aquisição de livros técnicos. O primeiro, com valor superior a R$ 1 milhão, tem o pregão marcado para o dia 14 de setembro. O segundo vai ocorrer no dia 22 de setembro. Ambos são em capitais. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A editora Morro Branco abriu uma vaga de estágio na área editorial. É preciso cursar Letras, Editoração ou áreas correlatas. Inglês será um diferencial. O estagiário fará solicitação de ISBN; solicitação de autorização de serviços; batida de emendas; envio e recebimento de arquivos e atualização do cronograma; revisões; dará suporte na elaboração e análise de relatórios de performance de todas as ações relacionadas ao Editorial e Marketing; entre outras atividades. O regime de trabalho é híbrido, sendo quatro dias no escritório e um em home office. Interessados devem enviar currículos para contato@editoramorrobranco.com.br.

O grupo HarperCollins Brasil está em busca de um analista de negócios digitais pleno, para atuação no escritório do Rio de Janeiro. O Grupo uma pessoa com boa comunicação verbal e escrita, organizada, criativa e com poder analítico, além de conhecimento intermediário do pacote Office. É necessário que o candidato tenha formação superior em Administração, Marketing, Engenharia de Produção ou áreas relacionadas, além de desejável saber inglês. O analista ficará responsável por atividades como análise de propostas comerciais, criação de promoções de vendas, reunião com clientes para apresentação de produto, criação e análise de relatórios para avaliação crítica e tomada de decisão, e análise e controle de contratos comerciais. Os candidatos podem se inscrever clicando aqui.

A PAULUS Editora está à procura de um coordenador de logística para ser o responsável pela equipe responsável por estocagem e atendimento de pedidos. A pessoa contratada irá administrar as entradas e saídas de mercadorias; controlar, administrar e otimizar os processos de distribuição; zelar pelas condições de estocagem; negociar fretes com as transportadoras; elaborar orçamentos; acompanhar a rotatividade dos estoques e emitir relatórios a respeito; acompanhar os contratos de serviços com terceiros; e acompanhar, controlar e analisar custos de distribuição. É preciso ter curso superior completo na área de logística ou administração com especialização em logística; bom conhecimento de informática; experiência na área em funções de supervisão, coordenação ou gerência; e capacidade de liderança. Interessados devem encaminhar currículos para rh@paulus.com.br até 11 de setembro.

Celebrando 40 anos de história, a Bienal do Livro Rio, principal evento de entretenimento e literatura do país, abre espaço novamente para receber a personagem mais querida da cena infantil. A Galinha Pintadinha marcará presença no estande da Ciranda Cultural, licenciada de livros da Popó. Além de ser um fenômeno no YouTube, somando mais de 37 bilhões de visualizações e 54 milhões de inscritos, a Popó é também pioneira no mercado de entretenimento e literatura infantil. Hoje, reúne mais de 45 títulos publicados. Quem passar pela feira poderá conferir uma vitrine fotográfica no espaço dedicado a personagem, tirar fotos durante os meetings, conhecer mais afundo suas obras e se encantar com o icônico balão personalizado da marca, que ficará à disposição dos fãs no pátio da Riocentro nos dias 09 e 10, das 17h às 19h. Já os encontros com a Galinha Pintadinha seguem as mesmas datas no estande da Ciranda Cultural, mas o horário será das 14h às 17h. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O dia 31 de agosto de 2023 foi histórico para a Biblioteca Nacional (BN): aconteceu pela primeira vez, na sede da BN, no Centro do Rio, uma visita guiada realizada em libras. A tradutora Camila Pinho recebeu um grupo de nove pessoas que puderam conhecer o prédio e um pouco da história da instituição cultural mais antiga do Brasil. Até julho deste ano, mais de 72 mil pessoas já participaram das visitas gratuitas à BN – que agora passa a ter plenas condições de receber o público com deficiência auditiva. “Os surdos também querem saber, também têm curiosidade. Para os ouvintes, as informações chegam rápido, mas e para os surdos? Podermos contar com uma intérprete de libras na Biblioteca Nacional ajuda muito neste sentido”, disse Rodrigo de Almeida, administrador de empresas que participou da primeira visita guiada em libras. As visitas guiadas devem ser agendadas pelo e-mail visiguia@bn.gov.br, ou por telefone: (21) 2220-9484 e podem ser feitas de segunda a sexta, das 10h às 17h. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O projeto Elas na Escrita lança sua primeira coletânea em 2023, com organização das escritoras Isabella de Andrade e Tatiana Lazzarotto, em parceria com a Editora Patuá. O tema central, que deve permear todos os textos enviados, é Imagens de Coragem. O lançamento do livro, que reúne textos de autoras convidadas e novas autoras que se inscreverem em uma chamada gratuita, ocorre em novembro deste ano, durante a Flip, em Paraty. Isabella de Andrade, uma das organizadoras, acredita que iniciativas como essa podem incentivar que cada vez mais autoras se sintam confortáveis para publicar. “Publicações assim, que reúnem escritoras já conhecidas pelo público e mulheres que estão iniciando na carreira, podem inspirar e contribuir para profissionalizar espaços e para que novas autoras se engajem a mostrar seus trabalhos”, destaca. A chamada, que é aberta apenas para mulheres, recebe inscrições até o dia 15 de setembro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Jornal Cândido de agosto traz uma reportagem especial de Juliana Sehn sobre o jornalismo literário produzido por mulheres, historicamente apagadas das redações. Raramente citadas em antologias, elas deixaram as suas marcas no gênero e influenciaram gerações de novas profissionais. Para ilustrar, o especial de capa ainda apresenta uma seleção de obras para conhecer o movimento por um viés feminino. A edição traz também uma entrevista, concedida ao escritor João Lucas Dusi, com o editor Claudecir Rocha, que resgatou recentemente a epopeia A Guayrá (1891), de Rocha Pombo (1857-1933), considerado um dos fundadores da literatura paranaense, em uma conversa sobre o provincianismo local. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No dia 7 de setembro, quinta-feira, os escritores paranaenses Alexandre Gil França e Martina Sohn Fischer lançam seus livros respectivos Terebentina e O que estive fazendo quando nada fiz, ambos publicados pela editora Urutau, na Livraria Ria (Rua Marinho Falcão, 58 – São Paulo / SP), às 17h. O bate-papo será mediado pela escritora, psicanalista e professora Natália Zuccala. Destacando-se por sua escrita experimental e híbrida, Terebentina, de Alexandre Gil França, traz a ótica de personagens socialmente invisibilizados. Já a estreia poética da escritora e dramaturga Martina Sohn Fischer, é uma obra que propõe um diálogo entre as pulsões de vida e morte a partir de um reconhecimento sensível da própria voz e dos desejos, luzes e sombras — que fazem parte da composição de um eu-lírico demasiado humano. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma futura rainha arrisca seu reinado diante de uma conjuntura mortal; um guerreiro destemido se arrepende de suas ações; um amor proibido floresce em meio a encantamentos, farsa e crueldade… Os eventos da trilogia de Daevabad são levados a novos extremos com os contos de O rio de prata (Morro Branco, 304 pp, R$ 79,90 – Trad.: Jorge Ritter), narrados por protagonistas já conhecidos e insólitas novas vozes que não haviam aparecido até então. Nahri, Ali, Dara, Manizheh, Muntadhir e outros estão de volta para um novo olhar ao universo de S. A. Chakraborty. Por meio de uma miríade de pontos de vista a cada capítulo, vislumbre novas facetas desse mundo fantástico e as motivações por trás de personagens amadas e odiadas. Como uma despedida, estas quinze histórias, incluindo um final alternativo para a trilogia, foram compiladas a partir de cenas excluídas e conteúdos originais. O volume extra que faltava para a série que reúne milhares de fãs ao redor do mundo — e que, ao fim da última página, os fará querer retornar sem hesitação ao início dessa jornada.

Conhecido por suas histórias inquietantes, Marco Severo chega ao seu quinto livro de contos com um título provocador: Não há castigo maior do que um amor que dure para sempre (Moinhos, 174 pp, R$ 65). Um título que pode nos causar, de saída, diversas sensações e questionamentos. Por que um amor que dure para sempre seria um castigo? Pode um amor durar para sempre, sendo a própria vida finita, ou seria aqui um “para sempre” nos moldes de Vinicius de Moraes que, sabendo ser o amor fadado ao fim, “posto que é chama”, que seja infinito enquanto dure? Qual é a real medida do eterno? A obra evoca também Nelson Rodrigues, presente através dos “interlúdios rodrigueanos”, em que Severo busca um diálogo com a obra do autor pernambucano – um provocador de primeira – por meio de contos que ecoam sua obra, mostrando que a realidade – fragmentada, tecnologizada, dura como seja, continua a mesma, porque o ser humano, matéria-prima da qual são feitas estas histórias, também continua o mesmo, não importa o tempo que passe. Em contos que evocam os mais diversos tipos de relações humanas, Marco Severo coloca diante do leitor uma obra eivada de dor e beleza, de recomeços e buscas por novos caminhos e, sobretudo, da complexidade labiríntica que é estar vivo.

Numa carta de 1908, Virginia Woolf dizia querer “reformular o romance e capturar as multidões de coisas hoje fugidias” e “dar forma a uma infinidade de formas estranhas”. De fato, nas décadas seguintes ela ajudaria a promover, ao lado de escritores como James Joyce, Marcel Proust e William Faulkner, uma verdadeira revolução no romance moderno, em obras célebres como Mrs. Dalloway, Ao farol e As ondas. Foi, porém, nos contos que ela aperfeiçoou as técnicas narrativas que empregaria em seus romances. Organizado por Susan Dick, estudiosa da obra woolfiana, este volume de Contos Completos (Editora 34, 376 pp, R$ 95 – Trad.: Leonardo Fróes) reúne todos os contos e esquetes da autora, num total de 46 histórias, desde “Phyllis e Rosamond”, de 1906, até “O lugar da aguada”, escrito semanas antes de sua morte, em 1941. Com sua prosa lírica, súbitas mudanças de perspectiva e mergulhos profundos no mundo interior das personagens, Virginia traz para seus contos toda a sutileza e complexidade que a ciência, a filosofia e a psicanálise começavam a desvendar a respeito da natureza subjetiva e relativa da realidade. Além de ter estado na vanguarda artística de seu tempo, a autora foi também pioneira na causa feminista. Narrando histórias em sua maioria sobre mulheres, usou a escrita para colocar em questão o papel secundário destas na literatura e na sociedade e para desafiar, com coragem e ironia, os privilégios masculinos.

Os contos são um testamento — ainda vivo na arte da melhor ficção breve — de um dos autores fundamentais da literatura mundial. Escritas num estilo límpido e aparentemente versando sobre eventos muito pouco espetaculares, as histórias de Tchékhov são um prodígio de condensação, penetração psicológica e apresentação do caldeirão social da Rússia do seu tempo, ainda estratificada entre nobres, burgueses que pressionavam a velha ordem e servos. O conjunto de Últimos contos (Todavia, 320 pp, R$ 74,90 – Trad.: Rubens Figueredo) traz alguns dos contos mais celebrados do autor russo, como “A dama do cachorrinho”, “Um caso médico” e “A noiva”, entre outros exemplos da produção dos anos finais do escritor já combalido pela tuberculose. São textos em que a arte da ficção breve alcança alguns dos pontos mais altos da história literária.