As Feiras Internacionais do Livro de Londres e Bogotá iniciam suas edições de 2023 nesta terça-feira (18) com a participação de editoras e empresas brasileiras. Apoiadas pelo Brazilian Publishers (BP) – projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) – sete editoras (uma a mais do que no ano passado) integram a delegação brasileira em Londres. São elas: Letras do Pensamento, Girassol, Rua do Sabão, Biblioteca do Exército, Global, Unesp e Callis. A presidente da CBL, Sevani Matos, e a diretora executiva da entidade, Fernanda Garcia, acompanham o evento na Inglaterra, juntamente com a diretora da CBL e também presidente da International Publishers Association (IPA), Karine Pansa. Realizada anualmente desde 1971, a Feira do Livro de Londres é reconhecida como um dos maiores e mais importantes eventos do mercado literário mundial. Na edição passada, a primeira de volta ao formato presencial, as editoras que estiveram presentes prospectaram quase US$ 400 mil com a venda de livros e de direitos autorais. Já na Feira Internacional do Livro de Bogotá, o mercado editorial brasileiro será representado por cinco editoras (três a mais do que a última edição). São elas: editoras Mil Caramiolas, Mais Ativos/Mais Amigos, Global, Revista Internacional Destaque Nordeste e Callis. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra e ver a expectativa para os eventos.

O nascimento de um sentimento de conexão com a literatura é algo único. Quando desenvolvida desde cedo por pais e responsáveis, a criança se encanta com o mundo dos livros e, com frequência, se torna uma leitora fiel na vida adulta – também esse fator é celebrado no Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado nesta terça-feira (18). Além de ser porta de entrada dos pequenos para o mundo literário, a literatura infantil, juvenil e educacional representou no primeiro semestre de 2022 quase 24% das vendas do varejo de livros no Brasil, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros. O resultado positivo do setor, atingindo destaque perante os outros gêneros literários, pode indicar tendências importantes para o mercado, já que fenômenos que acontecem na literatura infantil podem se manifestar posteriormente na literatura não infantil. Clique no Leia mais para conferir os livros mais vendidos na categoria em 2022.

Mais uma vez, o Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa – administrado pela Associação Oceanos e pelo Itaú Cultural – bateu recorde de inscrições. Neste ano, concorrem 2.658 obras – um aumento de quase 10% em relação ao ano passado –, publicadas em oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Reino Unido, Itália, Moçambique, Portugal e EUA. O número de editoras participantes foi de 487, outro recorde alcançado este ano. Participam ainda escritores de 12 nacionalidades: Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Chile, França, Moçambique, Paraguai, Portugal, Reino Unido, São Tomé e Príncipe e Suíça. Dos países de Língua Portuguesa do continente africano, Angola é representada por 14 autores, Cabo Verde por 12, Moçambique por 38 e São Tomé e Príncipe aparece com um autor. O aumento registra uma tendência constante de crescimento. A lista de livros concorrentes está disponível no site do Itaú Cultural. Em 2022, quem venceu o Prêmio Oceanos foi a portuguesa Alexandra Lucas Coelho, com o livro Líbano, labirinto (Editorial Caminho). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A indústria editorial do Reino Unido teve um ano recorde em 2022, com uma receita total de £ 6,9 bilhões (cerca de R$ 42 bi). Segundo a pesquisa Year in Publishing, da Publishers Association, o mercado britânico vendeu 669 milhões de cópias físicas ano passado, o que representa um aumento de 4% em relação a 2021. Esse é o maior número geral já registrado no país. Os números foram divulgados no Guardian. Mesmo com as vendas nacionais caindo ligeiramente em 1% de 2021 para 2022, o mercado de exportação teve um aumento de 8% em 2022, com vendas totais de £ 4,1 bilhões. As vendas físicas e as vendas digitais aumentaram 2% cada uma, chegando a £1,8 bilhão nas livrarias e £ 423 milhões na web. Enquanto isso, o áudio bombou: os downloads de áudio tiveram um aumento de 8%, para £ 164 milhões. Entre os gêneros, ficção aumentou 9%, para £ 797 milhões em vendas, e os livros infantis aumentaram 1%. A não-ficção teve uma queda de 2%, mas ainda representou £ 1 bilhão. Além disso, as publicações educacionais tiveram uma receita total de £ 634 milhões, um aumento de 16% comparada ao ano anterior, enquanto a receita de editoras acadêmicas aumentou 3%, para £ 3,5 bilhões em 2022. Clique no Leia mais e confira o artigo na íntegra.

Ao Grupo GEN abriu uma vaga para editor de conteúdo pleno. É preciso ter superior completo em Direito – pós-graduação é desejável –, inglês intermediário; conhecimento avançado dos aplicativos Office; conhecimento em redes sociais; experiência na área editorial ou de produção de conteúdo jurídico; bom relacionamento; e facilidade para acompanhamento de atualizações legislativas. A pessoa contratada será responsável pela análise de arquivos enviados para os autores; controle e organização do fluxo de produção editorial; análise da estrutura das obras; contato com autores e prestadores de serviço; criação de documento de capa; coordenação e supervisão do trabalho de terceiros; acompanhamento de atualizações da área jurídica; e cuidar do controle de qualidade das obras produzidas. O regime é em home office e interessados devem encaminhar currículos para recrutamento@grupogen.com.br até 25 de abril.

A editora HarperCollins está à procura de um estagiário de contas a pagar, para atuação no escritório do Rio de Janeiro. O estagiário ficará responsável por auxiliar na conferência de impostos, no controle de pagamentos e de envio de documentos fiscais à contabilidade e na análise e conferência de documentação cadastral, além de cadastrar fornecedores e tabela de preços e ajudar nos lançamentos e conferência dos vencimentos de notas fiscais, RPA e Cessão de Direitos em ERP. O candidato deve cursar Ciências Contábeis ou Administração. Além disso, também é desejável conhecimento do pacote Office, principalmente de Excel. Espera-se que o estagiário seja proativo, comunicativo e organizado e inglês é um diferencial. Interessados devem se inscrever clicando aqui.

Pode parecer incomum o título do artigo, mas o acaso traz ideias e acesso a novos conceitos nessa área, que soam estranhos quando unidos. Direto ao ponto. O principal prédio da Biblioteca Pública da cidade de Nova Iorque, chamado Stephen A. Schwarzman Building, fica na 5ª Avenida, com a Rua 42; há outros 87 prédios espalhados pela cidade. Na calçada da Rua 41, pela qual também se acessa a Biblioteca, já visualizando o imponente prédio ao fundo, a cada 10 metros o público se depara com algumas placas de metal, incrustadas no chão, cada uma com uma citação literária, dos mais diferentes autores e estilos. Assim, quem se dirige ao prédio principal da Biblioteca já vai tendo o gosto de ler citações clássicas e contemporâneas, como de Picasso. A ideia é altamente salutar, pois o caminho para o prédio já estimula a curiosidade e atração, fazendo da calçada incomum suporte físico de leitura variada, durante o caminho, integrando literatura a mobiliário urbano. E mesmo quem não se dirige ao prédio observa essas placas, num caso típico de interferência no entorno de imóvel relevante histórica e socialmente, fazendo da calçada elemento de interação com prédio público, estimulando sua visitação. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

Uma pesquisa da Alliance of Independent Authors (ALLi), organização global com sede em Londres, aponta que autores que se autopublicam têm rendimentos maiores do que aqueles publicados por casas tradicionais. De acordo com o portal The Bookseller, a ALLi fez circular um questionário entre seus membros e assinantes, bem como em outras organizações centrais de autopublicação, em fevereiro de 2023. Entre as mais de duas mil respostas, a maior parte da América do Norte e de países de língua inglesa, a pesquisa chegou a uma média de rendimentos de US$12 mil (cerca de R$60 mil) por ano. A instituição comparou os dados com uma pesquisa de dezembro de 2022, da The Authors’ Licensing & Collecting Society (ALCS), que mostrava que os ganhos médios apenas com a escrita de autores publicados por terceiros ficava em aproximadamente US$8,6 mil (R$42 mil) por ano. O relatório aponta quedas consistentes no valor nos últimos 15 anos. A ALLi informou que vai prosseguir com as investigações em ambos os campos, para expandir as análises e as bases de comparação. Um relatório final deve ser publicado em junho de 2023. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Instituto Estação das Letras comemora seus 28 anos com um evento gratuito nesta terça (18), a partir das 18h, no Sesc do Flamengo (Marquês de Abrantes, 99 – Rio de Janeiro / RJ). Para participar da comemoração, o Instituto terá como convidada de honra a escritora Ana Maria Machado, numa conversa sobre leituras, leitores e escritores. Segundo Suzana Vargas, fundadora da Estação, Ana Maria Machado, para além da importância da sua produção no cenário literário, coroa o aniversário da instituição. “A Estação das Letras nasceu sob sua benção, desde o início, quando as oficinas não existiam como hoje e éramos olhados com desconfiança sobre a real possibilidade de se ensinar a escrever romances e poemas”, lembra Suzana, em nota. "Há quase três décadas, o autor era tratado como alguém que produzia apenas sob inspiração e não se falava em técnica. Ana Maria não somente acreditou no projeto como participou ativamente dando cursos, frequentando como autora os eventos", finaliza. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Escritor e mestre em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, Luiz Antonio Aguiar lança logo mais, às 19h, na Janela Livraria (Rua Angélica, 171 – Loja B – Rio de Janeiro / RJ), a obra A gente era assim. Publicado de forma independente, o livro conta a história de uma família de classe média carioca, moradora de Copacabana, nos anos 1960 e 1970, por meio da miscelânea de memórias do narrador personagem, João Fernando. “Precisei escrever este livro que, apesar de ser uma ficção, é também parte das minhas memórias, do que vivemos no Brasil no passado ainda recente e que tanto traz em informação para entendermos o presente e os últimos quatro anos até 2022. Acredito que, olhando para trás, pode fazer sentido o que se passou no país. E assim alcançarmos o que almejamos e o que precisamos para ter o país fraterno, próspero, iluminado e iluminista, múltiplo, que sonhamos”, explica o autor finalista duas vezes do Prêmio Jabuti. No lançamento, ele vai bater um papo sobre o livro e a literatura com o público, além de autografar a obra para os presentes.

Os livros são a vida de Nora Stephens — e ela definitivamente não é o tipo de heroína dos livros. Não é a garota impulsiva, nem a descontraída, muito menos a imagem da meiguice. Na verdade, as únicas pessoas para quem Nora pode ser considerada uma heroína são seus clientes, para os quais ela consegue contratos polpudos como agente literária, e sua amada irmã mais nova, Libby. E é por isso que Nora concorda em passar o verão em Sunshine Falls, Carolina do Norte, quando Libby implora por uma viagem de irmãs. Secretamente, Libby espera que uma autêntica experiência no interior transforme a vida de Nora. A irmã está convencida de que ela precisa se tornar a heroína de sua própria história. Mas, em vez de piqueniques no campo ou encontros inesperados com um belo médico, ou quem sabe com um barman musculoso, Nora esbarra em Charlie Lastra, um editor ranzinza que ela conhece de Nova York. Seria um daqueles encontros fofos se não fosse o fato de que eles já se viram antes — e nunca foi fofo. Se Nora sabe que não é a heroína ideal, Charlie também sabe que não é o herói de ninguém. Mas, à medida que se veem juntos repetidas vezes — em uma série de coincidências que nenhum editor que se preze permitiria —, o que eles descobrem pode acabar por esclarecer as histórias cuidadosamente elaboradas que eles escreveram sobre si mesmos. Loucos por livros (Verus, 434 pp, R$ 54,90 – Trad.: Ana Rodrigues) é o novo romance de Emily Henry, autora do hit Leitura de verão. Com sua escrita leve e divertida, ela vai aquecer o coração dos leitores e mostrar um pouquinho dos bastidores do mercado editorial. E, claro, nos deixar ansiosos para descobrir o que vai acontecer com Nora e Charlie.

Publicado originalmente de forma independente, Magnolia Parks (Intrínseca, 448 pp, R$ 59,90 – Trad.: Laura Pohl e Sofia Soter) é o romance de estreia da australiana Jessa Hastings, que logo se tornou um fenômeno do TikTok com mais de oito milhões de visualizações em posts sobre o livro. Comparado a Gossip Girl, este primeiro volume acompanha a tortuosa história de amor e a relação tóxica do casal mais badalado entre os jovens ricos da capital inglesa: Magnolia Parks e BJ Ballentine. Ela é uma socialite lindíssima, rica e egocêntrica. Ele é o bad boy mais popular e fotografado da Grã-Bretanha. Magnolia e BJ nasceram um para o outro, e todo mundo sabe disso. O único problema é que ele partiu o coração dela. Por isso, há cerca de três anos, o ex-casal está preso em uma rotina: Magnolia namora outras pessoas para manter BJ afastado, enquanto ele dorme com outras garotas para se vingar dela. No fim do dia, porém, mesmo com todo o esforço para superar um ao outro, eles sempre acabam juntos. Os dois podem até tentar seguir com sua rotina de jantares caros, eventos luxuosos e noites intensas, mas essa relação conturbada talvez esteja chegando a um limite. Aos poucos, sentimentos se embaralham e segredos vêm à tona, revirando a vida de todos à volta deles e ameaçando o mundo que construíram. Agora, Magnolia e BJ terão que lidar não apenas com as consequências dolorosas de suas decisões, mas questionar o rumo de suas vidas.

Gio, de 16 anos, não sabe muito bem quando as coisas mudaram, mas já faz algum tempo que não consegue se olhar no espelho e gostar do que vê. O único lugar onde se sente acolhida é em meio às palavras – de seus livros, de seus textos, de seus vídeos. Ela sempre foi gorda e isso não era um problema para ela, até que, depois de anos de bullying e ofensas gordofóbicas, sua opinião sobre o próprio corpo mudou, e ficou difícil gostar de si mesma quando todos diziam para fazer o contrário. Mas então Gio conhece Lisa, e as coisas mudam novamente, desta vez para melhor. Ela finalmente encontrou alguém disposta a amá-la sem julgar seu corpo. Juntas, as meninas criam coragem para viver uma série de primeiras vezes: a primeira vez indo a um festival de música, a primeira vez participando de um clube de cinema, a primeira vez subindo uma montanha, a primeira vez vivenciando o amor. Com ela, Gio enfim se vê digna de afeto, mas será que este é o caminho certo para mudar a percepção que tem sobre o próprio corpo e o próprio valor? Escrito pela atriz, educadora e produtora Rafaela Ferreira, Eu só cabia nas palavras (HarperCollins, 200 pp, R$ 54,90) é uma obra sensível sobre amor e autoaceitação.

Yunjae nasceu com uma condição neurológica chamada alexitimia, ou a incapacidade de identificar e expressar sentimentos, como medo, tristeza, desejo ou raiva. Ele não tem amigos ― as duas estruturas em forma de amêndoas localizadas no fundo de seu cérebro causaram isso ―, mas a mãe e a avó lhe proporcionam uma vida segura e tranquila. O pequeno apartamento em que moram, acima do sebo da mãe, é decorado com cartazes coloridos com lembretes de quando sorrir, quando agradecer e quando demonstrar preocupação. Então, no seu décimo sexto aniversário, véspera de Natal, tudo muda. Um ato chocante de violência destrói tudo que Yunjae conhece, deixando-o sozinho. Lutando para lidar com a perda, o garoto se isola no silêncio, até a chegada do problemático colega de escola Gon. Conforme começa a se abrir para novas pessoas, algo se modifica lentamente dentro dele. Quando suas novas amizades passam a apresentar níveis de complexidade, Yunjae precisará aprender a lidar com um mundo que não compreende e até se colocar em risco para sair de sua zona de conforto. Amêndoas (Rocco, 288 pp, R$ 59,90 – Trad.: Yonghui Qio Pan) é o novo livro de Won-Pyung Sohn, que fala de sentimentos, amizade e a complexidade de entender a si mesmo.