A Primavera dos Livros retorna a São Paulo nesta semana – entre os dias 23 e 26 de março – para reunir 70 editoras independentes e promover uma programação de encontros voltados à literatura, ao mercado editorial e à formação de leitores, entre outros assuntos. A Primavera ocorre pela primeira vez no Galpão do Armazém do Campo (MST), na Alameda Eduardo Prado, 474 – Campos Elíseos, São Paulo / SP. A feira tem entrada gratuita e abre ao público na quinta-feira (23), às 18h, mas no mesmo dia, mais cedo, ocorre o Território Editorial, espaço da agenda voltado para editoras e profissionais da indústria do livro. Os profissionais interessados podem se inscrever para participar do evento neste link. A seção terá quatro mesas, discutindo planos municipais e estaduais de leitura, editais governamentais, acervo de bibliotecas públicas e as feiras literárias da periferia. "Esses são temas que estão sendo muito discutidos no Conselho do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca", explica a vice-presidente da Libre e editora da Jandaíra, Lizandra Magon de Almeida, ao PublishNews. "Estamos apostando nesse espaço no Armazém do Campo, e também quisemos conversar com os atores que estão mais próximos da luta da bibliodiversidade em SP". Clique no Leia Mais para ler a matéria na íntegra.

O poeta é um artista que tem como instrumento de trabalho as belas palavras. Desde Shakespeare até Fernando Pessoa, Homero e Drummond, Camões e Pablo Neruda, Cora Coralina e Hilda Hilst, a história dos versos cantados constrói as literaturas ao redor do mundo, entra no imaginário das sociedades e, claro, movimenta o mercado editorial e a indústria do livro. Em homenagem ao Dia Mundial da Poesia, comemorado nesta terça-feira (21), o PublishNews reuniu uma lista de autoras e autores contemporâneos que vêm ganhando destaque nas editoras. Entre os quais estão Ryane Leão, Mel Duarte, Luiza Romão, Mariana Godoy, André Oviedo e Luz Ribeiro. Clique no Leia mais e confira todos os nomes selecionados.

O Grupo Editorial Record segue em seu processo de reestruturação e anuncia a mudança no comando de dois selos da casa: a editora-executiva dos selos BestSeller e Verus, Raïssa Castro, deixará a função para se dedicar à captação de projetos especiais para as editoras do grupo, do qual se tornará consultora. Na Verus, assume Rafaella Machado, que vai acumular a função com a de editora-executiva da Galera Record. O selo BestSeller, que tem em seu portfólio biografias de grandes personalidades, como Viola Davis e Will Smith, e livros marcantes de desenvolvimento pessoal, será interinamente comandado também por Cassiano Elek Machado, diretor editorial do Grupo. Já no Grupo Panini, mudança na área de marketing. Martina Limoni (foto), que atuava como gerente de vendas e exportação da América Latina do Grupo passa à diretoria de marketing da Panini Brasil. A executiva, que é italiana, leva a expertise de mais de três anos de atuação com a marca e também as raízes culturais do país de origem da empresa. “É uma honra assumir a diretoria de marketing da Panini Brasil, uma vez que temos consumidores extremamente apaixonados por colecionismo no país", diz a nova diretora de marketing, em nota. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

E as coisas seguiam pelo surgimento do e-book como produto digital, e junto o aparecimento a assinatura digital de contratos de direitos autorais. Na gestão dos conteúdos aparecia o arquivamento de terabytes das editoras e empresas de comunicação em nuvem, a impressão digital e unitária de livros e, o mais recente, o aperfeiçoamento da inteligência digital, a ponto de não mais somente corrigir textos automaticamente, como criar novos textos com razoável coerência em qualquer língua. Uma nova cultura editorial e empresarial se impunha. E talvez esteja longe de ser definida, para desespero de quem acredita na lentidão como parte da produção editorial. Não dá para ficar esperando o próximo cenário, a nova estratégia pede administração de múltiplas possibilidades em múltiplos cenários de forma coordenada, com a gestão financeira afiada e sem nenhum desperdício, e o mais complicado: visão de obsolescência, o que significa que tudo pode ser reconfigurado e em pouco tempo, e muito poderá perder o sentido ali adiante, mas precisa ser levado em conta assim que houver sua sinalização. Clique no Leia Mais para ler a coluna na íntegra.

Na segunda quinzena de março, a programação de duas bibliotecas públicas do Estado de São Paulo, Biblioteca de São Paulo e Biblioteca Parque Villa-Lobos, traz novos cursos, oficinas, clubes de leitura e até xadrez online. Os eventos acontecem tanto de forma remota como presencial; todos são gratuitos. Para celebrar o Dia Mundial da Poesia (21), o rapper, compositor e produtor cultural Renan Inquérito comanda duas oficinas presenciais, na quinta-feira, dia 23 de março. A BSP também oferece um clube on-line na próxima quinta-feira (23), das 15h às 17h, para analisar a obra Cidadã de segunda classe (Dublinense), de Buchi Emecheta. Já no encontro presencial, os participantes debatem, na sexta-feira (24), das 15h às 17h, o livro Mãos de cavalo (Companhia das Letras), de Daniel Galera. Na BVL, os leitores do clube virtual vão conversar, na quinta-feira (30), das 15h às 17h, sobre o clássico de Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão (Record). Na versão presencial, a obra escolhida é Apátridas (Companhia das Letras), de Alejandro Chacoff, com encontro na sexta-feira (31), das 15h às 17h. As inscrições podem ser feitas para ambos os clubes clicando aqui. Clique no Leia mais e confira a programação completa e como se inscrever para participar.

A trajetória de Rubens Borba de Moraes – bibliotecário brasileiro que participou de articulações políticas importantes em São Paulo e ocupou alguns dos cargos mais cobiçados de sua ocupação – está sendo resgatada pela exposição Rubens Borba de Moraes: um protagonista invisível, organizada pela Unesp. A mostra fica até 5 de abril de 2023 na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, São Paulo / SP). A entrada é gratuita. Amigo do poeta Mário de Andrade, Rubens Borba de Moraes participou da organização da Semana de Arte Moderna em 1922, trabalhou com Mário na criação do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, foi diretor da atual Biblioteca Mário de Andrade, da Biblioteca Nacional, no Rio, da Biblioteca da ONU, em Nova York, e professor na área de biblioteconomia da Universidade de Brasília (UnB). “Nos anos de 1930, Rubens Borba de Moraes fez parte de um grupo de intelectuais e políticos paulistas empenhados na construção do estado e que entenderam a cultura como uma dimensão importante desse processo. É uma pessoa que teve uma trajetória importantíssima, fundamental, e que não é muito lembrada fora dos círculos acadêmicos”, afirma em nota o professor Paulo Celso Moura, docente do Instituto de Artes do câmpus de São Paulo e coordenador de cultura da Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura da Unesp. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A FTD Educação acaba de lançar o Guia da inclusão, material disponível para 1,2 milhão de estudantes e 71 mil professores da rede pública e privada, em cerca de 5 mil escolas. Segundo a editora, o material é uma resposta a um desafio para os professores e educadores, a educação inclusiva, detectado em uma pesquisa feita pela empresa. O levantamento com centenas de educadores mostra que o tema “Inclusão” está entre os três assuntos mais urgentes para 2023 na pauta dos professores, com 64,7% das menções. O livro é uma espécie de manual desenvolvido para contribuir com a formação de professores, crianças e jovens. O manual fica disponível na iônica, ecossistema digital da editora. O Guia traz ainda capítulos sobre as novas formas de tecnologia; a adoção do Desenho Universal para Aprendizagem, conceito oriundo da arquitetura que visa garantir acessibilidade e a democratização dos espaços; até sugestões de organização de materiais e práticas pedagógicas inclusivas. Dicas de aplicativos, vídeos e literatura também fazem parte do conteúdo. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O premiado historiador Jorge Ferreira fará o lançamento da obra Elisa Branco: Uma vida em vermelho (Editora Civilização Brasileira), biografia de militante que venceu prêmio internacional em função de sua luta contra o envio de jovens brasileiros à Guerra da Coreia nos anos 1950. A posição contrária ao conflito a levou à prisão e a campanha pela sua libertação rodou o mundo. A sessão de autógrafos acontece nesta terça-feira (21), às 19h, na Travessa de Botafogo (R. Voluntários da Pátria, 97 - Rio de Janeiro / RJ). Organizado de forma cronológica, o livro é ideal para quem busca conhecer mais sobre o ativismo comunista para além da teoria e para quem busca conhecer mais sobre o movimento de mulheres ativistas brasileiras que, finalmente, estão sendo resgatadas na História. Para escrever, o historiador Jorge Ferreira teve acesso aos relatórios do DOPS – que vigiou Elisa por quase quatro décadas –, memórias redigidas por ela, entrevistas com amigos e familiares. As páginas do livro narram a vida de Elisa, do nascimento até sua morte. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

O BibliON, biblioteca digital do Estado de São Paulo, promoverá uma conversa com a escritora, poeta e mulher periférica Dinha, que utiliza a arte para retratar a vida real em suas obras. O encontro está marcado para o dia 22, a parti das 19h, de forma online e gratuita com vagas limitadas. Para saber mais sobre o bate-papo e se inscrever, clique aqui. O BibliON é um dos finalistas do Prêmio PublishNews 2023, na categoria Inovação – saiba mais sobre o Prêmio aqui. Desde os 12 anos de idade, Dinha tem escrito poemas e publicado fanzines de poesia, refletindo sobre suas angústias durante tempos difíceis. Atualmente, além de escritora, Dinha é educadora e professora da rede pública municipal de ensino, levando sua experiência e conhecimento para outros cenários. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A obra Recicladores de sonhos (Rede Educare, 200 pp, R$ 50) reúne 30 emocionantes histórias de vida ligadas ao universo da reciclagem. São relatos de transformação e superação recolhidos de norte a sul do Brasil e que, ao revelar outras realidades, nos fazem repensar sobre a dimensão da nossa existência. É também um livro instrutivo, à medida que mostra o processo de conscientização social e ambiental de uma classe e aponta a necessidade de mudança de atitude da sociedade no que diz respeito ao descarte de resíduos. Acima de tudo, esta obra é uma homenagem a essas pessoas, que, ao construir seu próprio futuro, também garantem o nosso e o do planeta. Com várias histórias e colaboradores, o livro informa e contextualiza essa realidade no país.

A ânsia por narrativas que expliquem o mundo, inspirem jornadas individuais, tragam contentamento ou amenizem sofrimentos está presente ao longo de toda a história da humanidade, mas se ampliou ao longo dos séculos 20 e 21. Hoje, tais narrativas estão consolidadas em produtos audiovisuais, como filmes e séries. Na obra Como analisar filmes e séries na era dos streamings (Summus Editorial, 144 pp, R$ 56), Leonardo Moura baseia-se em pensadores contemporâneos e na obra do escritor Raymond Williams (1921-1988) para analisar por que alguns produtos audiovisuais sobressaem a outros. Para tanto, enfoca o filme brasileiro Marighella e a série britânica Years and years. Cruzando as narrativas desses produtos com o tempo em que suas histórias se inserem, o autor aponta elementos residuais, dominantes e emergentes que devem ser levados em conta para o sucesso das produções. Obra para profissionais e estudantes do audiovisual brasileiro (produtores, veículos, agências), profissionais de pesquisa de mercado e pesquisadores acadêmicos.

A publicação Teatro das matérias (Nara Roesler, 255 pp, R$ 100) aborda a experiência criativa de Laura Vinci a partir de sua imersão no teatro, que se transformou em uma espécie de laboratório para a expansão de sua poética plástica. Com edições individuais em português e inglês (não bilíngues), Teatro das matérias traz uma entrevista da artista com Marta Bogéa, reúne quatro textos inéditos – assinados por Georgette Fadel, José Celso Martinez Corrêa, José Miguel Wisnik e Rodrigo Moura –, além de apresentar uma extensa coletânea de imagens e fichas técnicas de cada um dos projetos. Conhecida pelo público por sua produção em escultura, instalações de grande porte e intervenções, Vinci se utiliza de uma série de linguagens de forma transdisciplinar na construção de sua obra. A relação com o teatro, iniciada em 1998 no Teatro Oficina, tornou-se um lugar central de experimentação e exploração de temas já abordados há alguns anos por ela nas artes visuais, ampliando assim, o discurso e a potência de seu trabalho. Com a criação do núcleo artístico do grupo de teatro mundana companhia, Laura pôde experimentar intimamente uma construção coletiva de processos que a fizeram navegar de maneira mais próxima dessas várias linguagens que atravessam hoje a sua produção: artes visuais, teatro, dança, performance e literatura. Teatro das matérias busca assim identificar essa fusão de linguagens em uma narrativa visual que evidencia que Laura é uma artista que opera em vários extratos criativos de forma simultânea, combinando discursos e criando, assim, uma obra complexa e plural.

O livro Cinema negro brasileiro (Papirus, 288 pp, R$ 89,90) é como se fosse um presente para quem acompanha a história do cinema brasileiro e gostaria de enxergar de maneira diversa o movimento. Embora a mistura cultural do povo deste país tenha como influência poderosa a fonte afro-brasileira, só na primeira metade dos anos 1960, com Ganga Zumba, foi feito o primeiro filme a partir do respeito e da consideração a essa influência étnica. Esperamos que o futuro coloque a cultura afro no centro do desenvolvimento de nosso cinema nacional, disse Carlos Diegues, cineasta e membro da Academia Brasileira de Letras. Os estudantes, pesquisadores e leitores interessados terão aqui um guia para se orientar na compreensão dos cinemas negros. E um ponto de partida para avançar na realização de um cinema alinhado com a nossa população e cultura, afirma Jeferson De, cineasta, em trecho extraído da apresentação do livro.