O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra e/ou confecção de livros, traz esta semana dois editais. Um deles para registro de preços visando futuras aquisições de livros literários e paradidáticos para atendimento de turmas de Educação Infantil. A data do pregão é 17 de outubro, e o valor total chega a R$ 850.980,00. O segundo edital tem como objeto a aquisição de livros didáticos, em distribuição de kits do 3º ao 5º ano, com valor estimado que chega a R$ 201.660,00. O pregão está marcado também para 14 de outubro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Após dois anos de recesso por causa da pandemia de Covid-19, a Libre – Liga Brasileira de Editoras traz de volta a Primavera dos Livros, de 07 a 09 de outubro (sexta a domingo), nos Jardins do Museu da República (Rua do Catete, 153 - Catete, Rio de Janeiro / RJ). Mas, antes do evento começar, a Libre realiza nesta quinta (06) a 5ª edição do Dia do Editor. A partir das 9h, no Espaço Educativo do Museu da República, a programação organizada pelas editoras Camila Perlingeiro (mapa lab), Lara Kouzmin-korovaeff (Semente Editorial), Lizandra Magon (Jandaíra) e Raquel Menezes (Oficina Raquel) trará reflexões sobre os modelos de negócios atuais que possibilitem a ampliação de atuação de pequenas editoras em outras áreas do negócio do livro. O objetivo é promover uma rica troca entre os editores a partir das vivências de erros e acertos e experiências em diversas áreas. Gratuito e aberto a todos os interessados, o evento terá na pauta discussões sobre o mercado editorial e a evolução dos modelos de negócios, a compra e venda de direitos a distribuição de livros no exterior, a crise dos insumos e a sustentabilidade do negócio das pequenas tiragens, entre outros temas. No dia seguinte, a 20ª Primavera dos Livros começa tendo como tema central as Mulheres na política e trazendo para a sua programação uma série de exposições e debates sobre a importância das mulheres na política de forma ampla. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota e saber como se inscrever gratuitamente no Dia do Editor.

Neste sábado (08), das 10h às 20h, o Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974 – Pinheiros, São Paulo / SP) abre as portas para realizar a quarta edição do festival Burburinho Literário, evento gratuito de promoção do intercâmbio da literatura de expressão alemã e brasileira. A organização é do escritor Marcelo Lotufo e de Bethe Ferreira, coordenadora do programa de fomento à tradução, eventos literários e projetos digitais do Goethe-Institut São Paulo. Além da já tradicional feira de livros nas arcadas do Instituto (das 11h às 19h), neste ano com a participação de 27 editoras e livrarias trazendo a literatura do Brasil e exterior (com destaque para traduções do alemão), uma programação especial espalha-se ao longo do dia, enfocando o trabalho de tradutoras e tradutores e manifestações diversas derivadas da literatura produzida entre Brasil e Alemanha. Clique no Leia mais para ter acesso á íntegra desta nota.

Integrante do Circuito Cepe de Cultura, realizado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), a Feira Miolo(s) Olinda - que ocorre de 24 a 27 de novembro, no Mercado Eufrásio Barbosa, no Varadouro, em Olinda - divulgou as 57 editoras independentes e artistas selecionados para participar do evento. A curadoria é da Lote 42, editora idealizadora da feira, voltada para artistas e editoras independentes. É a primeira vez que a Miolo(s) acontece em outra cidade, além da costumeira edição de São Paulo, onde é realizada desde 2014. "A primeira edição da Miolo(s) em Olinda terá a participação de 57 editoras e artistas de 13 estados e do Distrito Federal, contemplando as cinco regiões brasileiras. São projetos que trabalham a materialidade do livro, a expressividade do papel, o design e a originalidade nas temáticas. Entre a seleção há projetos mais antigos e outros nascidos durante a pandemia. Então há de se esperar uma diversidade grande nas produções impressas”, explica Cecilia Arbolave, editora da Lote 42 e organizadora da Miolo(s) Olinda. Clique no Leia mais para conferir a lista completa dos selecionados.

São muitos os motivos que atraem a multidão que costuma lotar a CCXP, gigantesca feira geek paulistana, que neste ano volta ao formato presencial, de 1º a 04 de dezembro no São Paulo Expo. Mas todos que vão aparecer por lá, seja em busca de novidades de cinema, streaming, literatura pop ou quadrinhos, certamente vão prestar a sua homenagem ao Sr. Barriga, um dos personagens inesquecíveis do seriado cômico Chaves. Muitas gerações acompanharam as incessantes reprises do programa mexicano, no qual o ator Edgar Vivar interpretou os papéis do Sr. Barriga e do menos famoso Nhonho. O comediante estará presente durante os quatro dias de CCXP. Na primeira vez em que veio ao Brasil , na CCXP de 2014, ele protagonizou um painel emocionante sobre Chaves, que arrancou lágrimas de fanáticos trintões e quarentões. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A febre das figurinhas uniu duas grandes empresas, o iFood, gigante no delivery de comida, e a Panini, editora que publica o álbum da Copa do Mundo de 2022, para comemoração do Dia das Crianças. A iniciativa, que será realizada no dia 12 de outubro no Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral - Vila Mariana, São Paulo / SP), terá a presença do Guinness Book para registrar o recorde mundial de troca de figurinhas feita simultaneamente. Além da ação das empresas, livrarias também têm investido em ações ligadas às figurinhas. Em nota posterior aqui no PN, foi anunciado que a Livrarias Curitiba já ampliou os estoques, criou espaço para trocas de figurinhas e comercializa produtos oficiais nas lojas físicas e on-line. A Livraria Leitura, também aposta no sucesso de vendas. A maior rede de livrarias em unidades físicas no Brasil está vendendo versões exclusivas do álbum da Copa do Mundo do Qatar em 99 pontos espalhados pelo Brasil e 85 pontos de trocas de figurinhas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Cassandra Rios, pseudônimo de Odette Pérez Ríos, completaria 90 anos em outubro e, para homenagear sua vida e obra, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, promove a Semana Cassandra Rios, com uma série de eventos para relembrar e apresentar a escritora ao público. Cassandra escreveu ficção, mistério e principalmente romances sobre homossexualidade feminina e erotismo, sendo a primeira escritora a tratar do tema, quebrando um grande tabu nacional. Durante o período da Ditadura Militar, teve muitos de seus trabalhos censurados. Para mais informações sobre todos os eventos, clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O autor carioca Geovani Martins, confirmado na próxima Flip, em novembro, lança nesta quarta-feira (05), às 19h, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena - São Paulo / SP), seu primeiro romance, Via Ápia (Companhia das Letras). Depois de seu muito elogiado livro de contos Sol na cabeça, de 2018, também lançado pela Companhia, ele cria uma trama urbana e tensa, retratando mais uma vez tipos que ele extrai do cotidiano da cidade do Rio. A ação em Via Ápia se passa em 2011, mostrando como a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora mexe com a vida dos moradores na favela da Rocinha. É praticamente uma história em três atos. Martins começa mostrando a grande expectativa da população local pela presença da polícia, depois narra todos os problemas e conflitos violentos travados na instalação da UPP, e então faz uma radiografia do que acontece quando a polícia deixa a área, abrindo caminho para a retomada dos bailes funk e de atividades criminosas transcorrendo com mais visibilidade. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Theatro Municipal de São Paulo segue com a série Encontros com Autores do Prêmio Jabuti, realizada em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL). Depois de abrir a programação com a homenageada do Prêmio Jabuti deste ano, a filósofa e ativista Sueli Carneiro, nesta quinta (6), é a vez dos escritores Ignácio de Loyola Brandão (Zero e Não verás país nenhum) e Felipe Castilho (Ordem Vermelha: Filhos da Degradação e Serpentário) participarem do evento. A partir das 18h, os autores irão falar sobre suas obras e sobre distopia na literatura brasileira. Ainda esse mês, no dia 19, as palestrantes Amara Moira, Monique Malcher e Elaine Potiguara sob a mediação de Bel Santos-Mayer discutirão a experimentação da linguagem, criação literária e ativismo. Os encontros são gratuitos e a entrada é aberta ao público. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Como ampliar os direitos das brasileiras, contando com o apoio de mais mulheres, de diferentes vertentes políticas? Em um momento de extremo embate, com o governo mais conservador desde a redemocratização e em meio a inúmeras investidas para retroceder direitos conquistados ao longo dos anos, essas são questões latentes. Na obra Feminismo em disputa (Boitempo, 96 pp, R$ 39), as pesquisadoras Beatriz Della Costa, Camila Rocha e Esther Solano apresentam uma minuciosa pesquisa feita com mulheres de vários espectros sociais e ideológicos para entender consensos e dissensos no que diz respeito ao feminismo e aos direitos das mulheres hoje. Uma pesquisa quantitativa realizada pelo instituto Big Data complementa a obra, que traz uma espécie de guia de ação política para conversas com mulheres que se denominam conservadoras, com o propósito de encontrar valores básicos que unam mulheres de campos políticos diferentes e assim construir uma agenda em comum para todas as brasileiras.

Exiladas pela luta contra a ditadura, a favor da igualdade e da aceitação dos corpos e sexualidade, algumas mulheres da geração de feministas de 1968 criaram, em Paris, o Círculo de Mulheres Brasileiras, um dos primeiros grupos feministas em português desde as sufragistas – atualmente rebatizado de Peitamos. Glória Ferreira, Vera Valdez, Lena Tejo, Eliana Aguiar, Lena Giacomini, América Ungaretti, Betânia e Vera Sílvia são as protagonistas de Envelhecer é para as fortes (Record, 168 pp, R$ 49,90), livro-reportagem de Helena Celestino. Essas precursoras do movimento feminista no Brasil continuam reinventando durante a vida na velhice, mas o debate sobre essa fase da vida segue invisibilizado – talvez, como levanta a autora, por se tratar da discussão mais difícil de enfrentar: a finitude da vida. Em uma discussão sobre o etarismo, Envelhecer é para as fortes resgata as memórias dessas mulheres que seguem ousando, aborda o debate do envelhecimento com coragem e ousadia à altura das personagens, mostra seus novos desafios, ensinando como o aspecto pessoal é também político, e como a memória é uma forma de resistência.

Apontando a necessidade de reescrevermos a História da Literatura Brasileira (que, na verdade, são várias histórias) e repensando a construção de um cânone literário majoritariamente masculino, Anna Faedrich explora a vida e a obra de três escritoras, Narcisa Amália, Julia Lopes de Almeida e Albertina Bertha. A obra Escritoras silenciadas (Macabéa, 220 pp, R$ 79,90) mostra como as autoras foram figuras importantes em sua época (na passagem do século XIX para o XX), e que, mesmo assim, sofreram com o apagamento sistemático de suas obras. Editado em parceria com a Fundação Biblioteca Nacional, o livro é fruto da pesquisa da professora e pesquisadora, Anna Faedrich, a partir de jornais e revistas. As histórias de Narcisa Amália, Julia Lopes de Almeida e Albertina Bertha são resgatadas, confirmando como essas três mulheres foram participativas no meio literário e eram importantes nomes da literatura brasileira. O livro também conta com um caderno anexo, editado separadamente, que reúne entrevistas, fotos, recortes de jornais e transcrições.

Um livro que se debruça sobre a problemática o uso das palavras e o recurso da fala, sob a perspectiva da psicanálise e da literatura. Assim pode ser apresentado Mulher de palavra: encantada, mal dita, bem dita (Paraquedas, 166 pp, R$ 55,90), terceira obra da escritora, psicanalista e jornalista paranaense Eliane de Christo. No livro, ela costura diversas vivências pessoais e autores de referência. De mãos dadas com Clarice Lispector e Manoel de Barros, entrelaça a infância vivida junto à avó benzedeira com o trabalho que ela realizou, já adulta, com meninas em situação de rua, como trabalho de conclusão de curso em jornalismo. Christo narra seu “encontro” com outras mulheres, principalmente pela perspectiva da pesquisa acadêmica, constrói uma relação com o conceito de histeria, do psicanalista Sigmund Freud, além de tensionar os estudos do autor sobre a feminilidade. Para a autora, o livro surge como tentativa de reparação do silenciamento imposto a tantas mulheres, “tanto as que me antecederam, quanto as contemporâneas, ou mesmo as inúmeras vítimas de feminicídio”, destaca Eliane.