Nos últimos anos, uma infinidade de clubes de assinaturas surgiuno país. Sejam eles de vinhos, cafés, cervejas, livros e tantos outros. Na pandemia, assim como no mercado editorial como um todo, os clubes de assinaturas de livros cresceram e obtiveram bons resultados, porém uma nova fase chegou para eles nesse cenário "pós-pandemia". Nos últimos meses, houve o fechamento de alguns clubes literários como o Pacote de textos, Panaceia, Intrínsecos e Clube Skoob. A maior repercussão sobre o assunto surgiu justamente de um post nas redes sociais feito pela TAG - Experiências literárias, que tem vivido na pele esse momento delicado dos clubes de assinatura. "Para nós, está cada vez mais difícil trazer novos leitores para o clube num cenário de pós-pandemia, com dificuldade econômica e inflação, onde o livro pode representar, para uma grande parcela da população, deixar de adquirir produtos básicos de subsistência", diz a publicação. Para falar mais sobre o assunto, o Podcast do PublishNews conversou com Gustavo Lembert, co-fundador e CEO da TAG. Nesse bate-papo, ele fala sobre o momento do mercado de clubes, dos desafios que a crise econômica trouxe, e outros fatores que impactaram o setor e que podem ter levado alguns clubes a fecharem as portas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o programa.

Autores bem conhecidos do público estão entre os finalistas do 15º Prêmio São Paulo de Literatura. nomes como Aline Bei, Andréa del Fuego, Fernando Bonassi, Noemi Jaffe e Silviano Santiago e Tatiana Salem Levy figuram entre os concorrentes a melhor romance lançado em 2021. São 20 obras selecionadas, dez em cada uma das duas categorias, Melhor Romance e Melhor Romance de Estreia. Cada vencedor receberá um prêmio de R$ 200 mil, a maior remuneração de uma competição literária no país. Os vencedores serão anunciados no final do ano. Clioque no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Sharjah Book Authority (SBA), responsável pela realização da Feira do Livro de Sharjah, anunciou o lançamento de um novo prêmio voltado para profissionais de direitos de publicação e que será concedido na edição de 2022 da 12ª Conferência de Editores da Feira de Sharjah (SIBF - 02 a 13/11). Projetado para apoiar profissionais de direitos e aumentar as oportunidades de crescimento do setor, o primeiro Prêmio Sharjah Rights Connection será apresentado em duas categorias: uma, para um profissional individual que vende direitos de tradução em uma editora; e a segunda, para profissionais independentes ou que trabalham com agências especializadas para vender os direitos de livros a editoras e outras licenciantes. A Publishers Conference foi lançada em 2011 com um programa de concessão de direitos de tradução que apoiou a tradução de obras em todos os idiomas. Desde então, a concessão de tradução da SIBF permitiu a publicação de 1.672 livros em 41 idiomas e o programa de matchmaking, que acontece durante a Conferência anual de editores, tem sido o eixo de muitas novas conexões no mundo do comércio de direitos. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e saber como se inscrever.

Em tempos de muitas notícias sobre a realeza, é possível dizer que a rainha do young adult foi deposta pelo rei do terror. Depois de cinco meses encabeçando a lista dos livros mais vendidos nos Estados Unidos publicada semanalmente pelo site Publishers Weekly, verdadeira bíblia para o mercado livreiro de lá, Colleen Hoover deixou a primeira posição, embora continue numa ótima situação, com cinco títulos inseridos entre os dez mais vendidos. Quem tirou a primeira colocação de Hoover foi Stephen King, com seu novo romance, Fairy tale ("conto de fadas"), na primeira semana após seu lançamento. O autor agora acumula 28 títulos que chegaram ao primeiro lugar de vendagem nessa lista. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

No fim de semana, dois colunistas do Globo adiantaram lançamentos relevantes no mercado editorial. Lauro Jardim informou que será lançado no final de outubro, no dia de Halloween, o livro Tênebra: narrativas brasileiras de horror (1839-1899), pela Fósforo. É uma coletânea de contos brasileiros obscuros escritos no século XIX, tanto por ficcionistas ignorados pela literatura nacional como por autores do tamanho de Machado de Assis [foto]. Ancelmo Gois anunciou o lançamento de O fastio do diabo (Ouro sobre Azul), novo romance de Ana Luisa Escorel, primeira mulher a vencer o Prêmio São Paulo de Literatura. Na obra, a escritora cria uma sátira sociopolítica do Brasil, unindo passado e presente, Deus e o diabo. A Folha trouxe entrevista com Carol Bensimon, que irá a Flip lançar Diorama (Companhia das Letras), sobre uma taxidermista forçada a confrontar o passado violento de sua família. Uma das grandes vozes literárias de sua geração, a gaúcha de 40 anos domina a construção de personagens que se apartam de seu passado e em alguma altura são obrigados a confrontar lugares e pessoas que deixaram para trás. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

As editoras Lote 42 e Cepe se reuniram para fazer com que a feira de arte gráfica Miolo(s) viaje pela primeira vez para fora de São Paulo. Criada pela paulistana Lote 42, com sua próxima edição marcada começar no dia 31 de outubro, a feira será levada depois para Olinda, numa iniciativa da pernambucana Cepe Editora. O evento fará parte do Circuito Cepe de Cultura, nos dias 26 e 27 de novembro, no espaço multicultural Mercado Eufrásio Barbosa, no Largo do Varadouro. Contará com um Esquenta Miolo(s) recheado de atividades nos dois dias anteriores, 24 e 25. A programação vai incluir oficinas de impressão com carimbos, serigrafia, encadernação, produção gráfica e palestras sobre o mercado editorial independente. As inscrições para os expositores interessados terminam nesta terça (20), e podem ser feitas por este formulário. No começo de outubro, a seleção dos expositores será divulgada. Criada em São Paulo em 2014, numa parceria com a Biblioteca Mário de Andrade (local do evento), a missão da Miolo(s) é inserir produtores independentes um espaço maior de reconhecimento.

O Museu Judaico de São Paulo anunciou a realização da primeira edição de seu Festival Literário. Com entrada gratuita, está programado entre os dias 06 e 09 de outubro, com curadoria de Fernanda Diamant, jornalista e editora, e Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora. O FliMUJ já confirmou nomes como Sueli Carneiro , Lira Neto, Natalia Timerman, Nilton Bonder, Michel Melamed, Noemi Jaffe, Betty Fuks e a israelense Ayelet Gundar-Goshen. Abrigado no segundo subsolo do museu, o festival oferece ao público 12 mesas de debates, com temas que variam entre judeidade literária, culturas indígenas e judaica, judeidade e negritude. religião e arte e democracia no Brasil. Os livros dos autores que participam das mesas estarão disponíveis para venda numa tenda montada pela livraria Megafauna dentro do museu. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O escritor e jornalista curitibano Luís Henrique Pellanda conduz em outubro, no Instituto Estação das Letras, a oficina A crônica é para todos. Nas aulas, toda quinta-feira, de 06/10 a 24/11, das 19h às 21h, serão examinadas as origens do gênero no Brasil, as prováveis causas de sua popularização entre os leitores brasileiros e os principais desdobramentos e características do trabalho de cada um de seus principais autores. Também em outubro, a partir do dia 10, até 28/11, das 16h30 às 18h30, a compositora, pianista e ensaísta Vera Terra convida à Leitura do Ulisses, de James Joyce. O curso propõe análise de trechos selecionados desta obra, como uma contribuição à celebração do centenário de sua publicação em 2022. Serão enfatizados o caráter inventivo da narrativa e o recurso a diferentes estilos, que fizeram do romance um marco inicial da literatura moderna, destacando-se a técnica do fluxo de consciência, que Joyce intensifica à medida que elabora o livro. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Literatura livre é o novo projeto de disponibilização de obras digitais promovido pelo Sesc. A proposta é oferecer para download gratuito, em formato Kindle e PDF, livros clássicos que já estão em domínio público. São obras com alforria do direito autoral, sem restrição de compartilhamento.Os volumes têm traduções livres do Instituto Mojo de Comunicação Intercultural, numa proposta de unir passado e futuro de uma maneira abrangente e amigável. São originais em grego, latim, inglês, alemão, árabe e japonês.O primeiro lote da Literatura Livre é composto de 11 obras. Algumas de muito sucesso comercial, como Coração das Trevas, de Joseph Conrad, e Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift. Elas podem ser acessadas, sem custo, no site do projeto. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A partir de uma vasta pesquisa em fontes históricas diversas, desmitificando imaginários equivocados que se perpetuaram no tempo, Rafael Freitas da Silva reconstitui a vida de Arariboia (Bazar do Tempo, 248 pp, R$ 76) em uma biografia que apresenta a trajetória deste que é o principal líder indígena do século XVI. Chefe dos temiminós, que ocupavam o litoral brasileiro, de início a região da baía de Guanabara e depois o Espírito Santo, Arariboia foi figura decisiva nas batalhas entre portugueses e franceses em meados dos anos 1500, em um contexto de conflitos que definiria a fundação da cidade do Rio de Janeiro e o próprio destino da colonização no Brasil. Aliado das forças portuguesas, que combatiam tropas francesas apoiadas pelos indígenas tamoios, inimigos ancestrais de seu povo, Arariboia foi um exímio guerreiro e estrategista, figura central para a vitória dos portugueses na região. Também foi catequizado e recebeu o nome Martim Afonso de Sousa. Mas não se tornou, por isso, uma marionete de Portugal. De traidor a herói, do mito ao homem, o autor reconstrói de maneira inédita a vida de Arariboia, tendo como pano de fundo um dos períodos mais relevantes e emocionantes da história. A edição conta ainda com imagens e mapas da época. O lançamento da obra está marcado para esta terça (20), às 19h, na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97, Botafogo - Rio de Janeiro / RJ).

O enfermeiro Charlie Cullen sempre foi uma pessoa de múltiplas facetas. Foi um filho exemplar, um pai querido, um amigo confiável e um profissional admirado por seus colegas. Também viria a ser o serial killer mais letal da história dos EUA, com envolvimento na morte de cerca de 400 pacientes. Sua trajetória assassina durou 16 anos, ao longo dos quais ele pulou de hospital em hospital para apagar seus rastros e continuar matando. Quando o “Anjo da Morte” ― como foi apelidado pela imprensa ― recebeu a sentença final e foi levado para a viatura da polícia em março de 2006, parecia que os segredos sinistros de sua vida, carreira e captura desapareceriam com ele. Então, em um trabalho instigante que levou dez anos para ser concluído, o jornalista investigativo Charles Graeber contou a história completa pela primeira vez. Baseado em centenas de páginas de registros policiais sigilosos, entrevistas e gravações, bem como conversas exclusivas com Cullen diretamente da cadeia e com um informante que ajudou a detê-lo, O bom enfermeiro (Intrínseca, 416 pp, R$ 69,90 - Trad.: Marina Vargas) tece uma trama urgente e sombria de assassinato, amizade e traição. No último trimestre do ano, a adaptação cinematográfica de O enfermeiro da noite chega à Netflix, estrelada pelos vencedores do Oscar Eddie Redmayne (Animais Fantásticos / A garota dinamarquesa) e Jessica Chastain (Os olhos de Tammy Faye).

As coisas boas da vida (Seoman, 248 pp, R$ 54,90 – Trad.: Felipe de Gusmão Riedel) traz a biografia do filho do atual presidente dos EUA, Joe Biden. Uma história de redenção e autoaceitação. Aos dois anos, Hunter Biden foi gravemente ferido em um acidente de carro que matou sua mãe e sua irmã. Em 2015, sofreu a perda devastadora de seu irmão mais velho, Beau, de 46 anos, que morreu de câncer no cérebro. Durante a administração Trump, Hunter foi alvo de incessantes ataques e calúnias por parte do presidente e de seus correligionários. A esses dissabores, juntaram-se o fim de seu casamento e uma longa batalha contra as drogas e o álcool. Neste livro, Hunter fala sobre seu tortuoso caminho para a sobriedade e conta como se recuperou, tornando-se hoje um homem casado, com um filho e, finalmente, capaz de apreciar as coisas boas da vida.

A improvável história de um menino prodígio, nascido no Sertão paraibano, que reverteu um futuro incerto através da arte para se tornar um dos principais pintores do século 19, é apresentada em Além do Ipiranga, a extraordinária vida de Pedro Américo e suas incríveis facetas (Cepe / A União (PB), 284 pp, R$ 90). O livro foi escrito pelo advogado Thélio Queiroz Farias e chega às livrarias em meio a duas efemérides que se relacionam: os 179 anos do nascimento do artista e o Bicentenário da Independência, que tem em um de seus quadros (Independência ou Morte!, 1888) uma de suas representações simbólicas. Pintor nordestino de notoriedade internacional, respeitado pela elite intelectual e admirado pelo povo do seu tempo, Pedro Américo chegou a reunir em exposições públicos de cem mil pessoas (Florença, 1988) e 60 mil (Exposição Geral das Belas Artes da Academia Imperial de 1872 / RJ). A biografia é resultado de cinco anos de pesquisa que levou o autor a revisitar a história de Pedro Américo em fontes localizadas em diversas cidades. Para além da pintura, Thélio Farias propõe apresentar talentos pouco conhecidos do artista, que também atuou como desenhista, caricaturista, romancista, poeta, ensaísta, cientista, filósofo, deputado federal, professor e intelectual ativo.