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PublishNews 12/12/2016
Estamos há 50 anos, distribuindo as melhores editoras, do mercado para as livrarias de todo o Brasil
Presente no mercado há mais de 35 anos, a Vitrola dedica-se à missão de propagar a cultura e o conhecimento através da edição e comercialização de livros.
A Catavento atua no mercado de distribuição de livros para todo o país.

 Augusto Cury volta ao topo da lista Nielsen PublishNews com 'O homem mais inteligente da história' | © Lima AndruškaÉ chover no molhado falar que Augusto Cury é um dos maiores vendedores de livros no Brasil. Seus títulos são presenças recorrentes nas listas de mais vendidos. Na lista anual de 2016 do PublishNews, o nome dele aparece quatro vezes nas listas de ficção e de não ficção. Na lista Nielsen PublishNews, que apura os autores nacionais mais vendidos nas livrarias e supermercados brasileiros, o seu nome também sempre aparece. A novidade de novembro é a presença do seu livro O homem mais inteligente da história (Sextante), que estreou em grande estilo, no topo da lista de ficção. Em novembro, o nome do escritor aparece outras duas vezes, na lista de não ficção, com Ansiedade – como enfrentar o mal do século (Saraiva), na 7ª posição, e Ansiedade 2 – Autocontrole (Benvirá / Saraiva), na 11ª. Na lista de não ficção, o destaque vai para as estreias: Todo mundo tem um anjo da guarda (Sextante), de Pedro Siqueira; Novos caminhos, novas escolhas (Objetiva / Grupo Companhia das Letras), de Abílio Diniz, e João sendo João (Outro Planeta / Planeta), de João Guilherme. O Grupo Companhia das Letras encabeça o ranking das editoras, com sete títulos na lista Nielsen PublishNews. A Sextante aparece em segundo lugar, com cinco livros e a Intrínseca, na terceira posição, com quatro títulos. Para saber de outros detalhes da lista Nielsen PublishNews, clique no Leia Mais.

PublishNews, Redação, 12/12/2016

Instituto Pró-Livro dá às Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro o prêmio IPL - Retratos da Leitura | © Facebook da Biblioteca Recentemente, o PublishNews noticiou a crise vivida pelas Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro. A rede de bibliotecas-modelo alterou o seu horário de funcionamento e colocou parte de seus funcionários em aviso prévio depois do fim do contrato firmado entre Secretaria de Cultura do Estado e a Organização Social (OS) Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que gerenciava os equipamentos públicos. Na ocasião, Carlo Carrenho, fundador do PublishNews, publicou um manifesto em que pediu apoio dos nossos assinantes para tentar salvar as Bibliotecas Parque do Rio. Diante desse cenário, o Instituto Pró-Livro (IPL) resolveu dar às Bibliotecas Parque o Prêmio IPL – Retratos da Leitura cujo objetivo é homenagear e reconhecer organizações que promovem ações exitosas no fomento à leitura e à difusão do livro. A rede de Bibliotecas Parques do Rio é um dos três ganhadores na categoria Bibliotecas Públicas. As outras ganhadoras nesta categoria foram: a Biblioteca Pública Estadual do Acre e Biblioteca de São Paulo – Parque da Juventude. O Prêmio IPL - Retratos da Leitora será entregue a outros nove ganhadores que estão listados na íntegra desta nota. Para acessá-la, clique no Leia Mais.

PublishNews, Felipe Lindoso, 12/12/2016

A CBL comemorou seu aniversário de 70 anos com um evento no Teatro Frei Caneca, um show do Pedro Camargo Mariano e coquetel. Uma boa quantidade de representantes do mercado editorial esteve presente. Dos sete últimos presidentes, seis estavam presentes: Alfredo Weiszflog, Ary Benclovicz, Armando Antongini, Raul Wassermann, Oswaldo Siciliano, Rosely Boschini e Karine Pansa, além do atual, é claro. Mas quero comentar o vídeo que foi exibido, em particular as entrevistas dos ex-presidentes. Cada um buscou ressaltar o que considerava aspectos importantes da sua gestão. Qual minha surpresa quando vi e ouvi o Sr. Oswaldo Siciliano afirmar que ele e sua diretoria “fizeram gestões junto ao senador José Sarney” para conseguir a desoneração do PIS / PASEP COFINS, que “complementaria a imunidade já concedida ao livro pela Constituição”. É certo que a desoneração aconteceu quando o Sr. Oswaldo Siciliano era presidente da CBL. Só que não foi fruto de nenhuma gestão dele nem de sua diretoria. Os fatos, sobre os quais posso relatar porque deles sou efetivamente um dos protagonistas e testemunha, estão na íntegra do artigo. Clique no Leia Mais e tenha acesso ao artigo.

PublishNews, Redação, 12/12/2016

No final de semana, a Folha de S. Paulo trouxe o último artigo escrito por Ferreira Gullar para o veículo, onde ele era colunista. O texto foi ditado por Gullar a sua neta Celeste na cama do hospital, pouco antes de morrer, no último dia 5. No artigo, intitulado Arte do futuro, Gullar resgata a história da arte para concluir: “não custa nada imaginar que, em função das novas tecnologias, uma nova arte esteja para nascer”. O jornal trouxe ainda uma entrevista inédita com o autor. Nela, Gullar fala sobre a importância e o papel da poesia e da arte, sobre os intérpretes do Brasil e sobre o futuro, o amor e a morte.

O Globo, Cléo Guimarães, Coluna Gente Boa, 10/12/2016

Sarney vai escrever um livro sobre Ferreira Gullar, seu conhecido de longa data. O personagem é ótimo e tudo leva a crer que, desta vez, o ex-presidente não vai fazer jus à frase de Millôr Fernandes: “quando se larga um livro de Sarney, não se consegue mais pegar”. A informação é da Coluna gente Boa.

O Estado de S. Paulo, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, coluna da Babel, 10/12/2016

Uma das mais esperadas biografias nacionais deverá ser lançada em maio de 2017: a história do escritor Lima Barreto (1881-1922) vem sendo cuidadosamente pesquisada por Lilia Moritz Schwarcz, há mais de dez anos. Inicialmente, ela planejava a publicação para o segundo semestre do próximo ano, mas, como a Flip vai homenagear o escritor carioca, Lilia apertou o passo para entregar os originais em março para a Companhia das Letras. A questão racial será um dos fios condutores da biografia – afinal, Lima Barreto sempre se definiu como pobre, mulato, um morador do subúrbio e fez de sua literatura uma expressão desta condição. Ele realizou uma literatura de testemunho e o tema da raça está presente todo o tempo. Até hoje, a biografia considerada definitiva é A vida de Lima Barreto, que Francisco de Assis Barbosa publicou em 1952. O trabalho de Lilia, porém, promete ser um novo marco. A informação é da coluna da Babel.

O Globo, Cléo Guimarães, coluna Gente Boa, 10/12/2016

Chega às livrarias em maio uma nova biografia não autorizada de Roberto Carlos, escrita pelo mesmo Paulo Cesar de Araújo — desta vez, o livro sai pela Record. “É a biografia completa, sem fugir de nenhum assunto, como no outro livro”, diz o editor Carlos Andreazza. “O Paulo Cesar assinou um acordo inviabilizando a venda da biografia já lançada. Se não tivesse assinado, eu publicaria exatamente igual”, conta. Andreazza considera que “essa é uma briga que vale a pena ser comprada”. “Roberto e seus advogados vão pensar muito antes de tentar nos processar. E nós não vamos fazer acordo nem desistir. Vamos peitar”, afirma o editor. A informação é da coluna Gente Boa.

Valor Econômico, Elaine Guerini, Avant-première, 09/12/2016

A editora HarperCollins Brasil aproveita a estreia de Estrelas além do tempo, em 19 de janeiro nos cinemas, para fazer um lançamento casado com o livro. Escrita por Margot Lee Shetterly, a obra resgata a trajetória de mulheres negras que fizeram história na Nasa. Desde que chegou ao país, em agosto do ano passado, a editora aposta nas obras que inspiraram filmes. Foi assim com Animais fantásticos e onde habitam, Rainha de Katwe, Quatro vidas de um cachorro e Pequeno segredo. A informação é do Valor Econômico.

“Cem páginas da mais alta poesia; um troço, pai, de arrepiar os cabelinhos do cu.”
Vinicius de Moraes
sobre o 'Poema sujo' de Ferreira Gullar
1.
Harry Potter e a criança amaldiçoada
2.
O homem mais inteligente da história
3.
Sacadas de Empreendedor
4.
Rita Lee - uma autobiografia
5.
Não se enrola, não
6.
O diário de Larissa Manoela
7.
Humano demais
8.
Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares
9.
Diário de um banana - Vai ou racha
10.
Por que fazemos o que fazemos?
 
O Globo, Redação, 10/12/2016

Como já havia sido anunciado nas últimas semanas, o cantor e compositor Bob Dylan, vencedor do Nobel de Literatura 2016, não participou da cerimônia de premiação realizada neste sábado, em Estocolmo. No evento, organizado pela Academia Sueca, a americana Patti Smith cantou um dos maiores sucessos de Dylan, A hard rain's A-gonna fall, e... Errou a letra. "Desculpem-me. Estou muito nervosa", justificou a emocionada cantora, acompanhada na performance por uma orquestra, antes de continuar a música. Antes, Horace Engdahl, membro da Academia Sueca, leu um discurso em que justificou a vitória de Dylan. "Ele dedicou seu corpo e sua alma à música popular americana do século XX, do tipo que tocou em estações de rádio e discos de gramofone para pessoas comuns, brancas e negras: canções de protesto, country, blues, rock de origem, gospel, música mainstream". A Academia Sueca encerrou seu discurso direcionando-se aos críticos que se opuseram à vitória de Dylan. "Por meio de sua obra, Bob Dylan mudou nossa ideia do que a poesia pode ser e como ela pode funcionar", disse Engdahl. "Se as pessoas no mundo literário chiam, é preciso lembrá-las que os deuses não escrevem, eles cantam e dançam". Além do reconhecimento pelo seu trabalho na literatura, o Nobel também rende aos vencedores um prêmio de 8 milhões de coroas suecas, algo em torno de US$ 870 mil.

O Estado de S. Paulo, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, Babel, 10/12/2016

Coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a Comissão para a Promoção de Conteúdo em Língua Portuguesa, que reúne os países lusófonos, participará pela primeira vez como curadora do Festival Literário de Araxá, em outubro do ano que vem, cujo tema será Língua, Leitura e Utopia. A CPCLP será responsável pelos autores internacionais de língua portuguesa. As informações são da coluna Babel.

O Globo, Mariana Filgueiras, 10/12/2016

Em agosto de 1831, Charles Darwin tinha 22 anos, acabava de se formar em Cambridge e seu destino era tornar-se um clérigo, quando o interesse crescente pelo naturalismo o levou a ser convidado por cientistas para uma aventura que mudaria sua vida: uma expedição à América do Sul para estudar a vida selvagem no continente. Quando soube da viagem, seu pai escreveu uma dura lista de objeções à empreitada: que "seria uma vergonha para sua futura condição de padre", que Darwin nunca mais "conseguiria levar uma vida estável depois desta estripulia", que era um projeto "totalmente descabido", "que as acomodações seriam desconfortáveis". Praguejou ainda dizendo que "seria tudo totalmente inútil". O jovem naturalista ignorou as turras paternas, embarcou confiante e na volta escreveu A origem das espécies, revolucionando toda a ciência. Essa é uma das 125 "listas extraordinárias" encontradas pelo pesquisador inglês Shaun Usher nos muitos arquivos vasculhados por ele quando reunia material para o livro Cartas extraordinárias, lançado pela Companhia das Letras no ano passado no Brasil, com cartas curiosas de personalidades ilustres da História. Enquanto fazia a pesquisa para um livro, Usher identificou que havia outro à espreita, e assim nasceu Listas extraordinárias, que acaba de chegar às livrarias brasileiras pela mesma editora. É uma deliciosa compilação de listas variadas de políticos, músicos, escritores, anônimos, mostrando que a paixão por esse tipo de reunião de itens não é uma mania surgida recentemente. Desde sempre o homem fez listas, acredita Usher, "para ter a certeza de que as coisas estão sendo constantemente organizadas, classificadas, priorizadas e atualizadas", escreve ele na abertura do livro.

O Estado de S. Paulo, Antonio Gonçalves Filho, 10/12/2016

Laurent Binet é um escritor ambicioso. Aos 44 anos, o vencedor do prêmio Goncourt por HHhH, seu primeiro livro, sobre o assassinato de um chefe nazista da Gestapo, lança no Brasil um romance detetivesco que reinterpreta a morte do sociólogo, filósofo, semiólogo e autor francês Roland Barthes (1915-1980), Quem Matou Roland Barthes? (Companhia das Letras) (no original, La Septième Fonction du Langage / A Sétima Função da Linguagem). Barthes, autor do best-seller Fragmentos de um discurso amoroso, foi uma estrela maior da filosofia francesa que, na tarde de 25 de fevereiro de 1980, foi atropelado por uma caminhonete de lavanderia, nos arredores do Collège de France, onde dava aulas. Ele morreria um mês depois, num leito do hospital Pitié-Salpêtrière, em decorrência de complicações pulmonares – além do acidente, ele trazia sequelas da tuberculose na adolescência. No ano passado, em que foi comemorado o centenário de nascimento do filósofo, Binet resolveu prestar um tributo a Barthes. Uma bela homenagem, em que relaciona o poder encantatório da linguagem – a tal sétima função do título – ao escritor, especulando qual poderia ter sido o motivo de alguém planejar seu assassinato – na vida real, o atropelamento foi considerado um acidente mesmo. E se não fosse um acidente, pergunta Binet, que decidiu seguir os passos de Umberto Eco ao misturar realidade e ficção em O nome da rosa. Sobre esse e outros temas, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao O Globo, reafirmando sua admiração não só por Barthes “como por Derrida e companhia”.

O Estado de S. Paulo, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, coluna da Babel, 10/12/2016

Segundo noticiou a coluna da Babel, além de se exercitar na literatura, Raphael Montes, que acaba de lançar Jantar Secreto (Companhia das Letras), prepara-se para falar sobre a escrita na televisão – no início do próximo ano, deve estrear Trilha das Letras, na TV Brasil, no qual ele pretende falar para os jovens. “Quero tratar de assuntos mais descolados”, anuncia.

O Globo, Bolívar Torres, 10/12/2016

Com as estantes já lotadas, os livros vão se acomodando por todos os cantos do escritório de Silviano Santiago, em Ipanema. Vivendo sozinho, o crítico e escritor de 80 anos não consegue arrumar o material que vem acumulando em décadas de atividade intelectual. Em cima da escrivaninha, espalhados, alguns títulos foram consultados obsessivamente nos últimos meses: Floresta da Tijuca — Natureza e civilização, de Claudia Heynemann; As histórias das ruas do Rio, de Brasil Gerson; O álbum da Avenida Central, com fotografias de Marc Ferrez; além de uma ampla bibliografia de Machado de Assis. Neles, encontrou peças importantes para compor um duplo quebra-cabeças — o dos primeiros anos do Rio do século XX e o dos capítulos finais da vida do Bruxo do Cosme Velho, morto em 1908. Em Machado (Companhia das Letras), Silviano se debruça nos quatro últimos anos do autor de Dom Casmurro, um período relativamente desprezado por críticos, biógrafos e historiadores. Numa escrita que transita entre romance, ensaio e biografia, busca as relações entre o drama íntimo de um Machado solitário, em luto pela morte da mulher, Carolina, e castigado por problemas de saúde e pela epilepsia, e as redes de intrigas do Rio de Francisco Pereira Passos. Mas há ainda uma outra conexão: ao expor a sua pesquisa e torná-la transparente, o autor se coloca como um dos protagonistas, um narrador perdido entre seus livros, suas obsessões e suas ligações com o biografado. Coincidência curiosa (o texto é repleto delas): Silviano nasceu no mesmo dia em que Machado morreu, um 29 de setembro.

O Globo, Alessandro Giannini, 10/12/2016

Tudo começou há dez anos, quando o escritor paulistano Julián Fuks e sua família passaram por um processo de terapia para melhorar a relação e o convívio entre eles. Filho dos psicanalistas argentinos Mario e Lucia Barbero Fuks, que chegaram ao Brasil em 1977, um ano depois do golpe militar no país vizinho, ele tem um irmão mais velho, Emi. Esse núcleo familiar e suas questões, esquadrinhadas naquele consultório, foram a fonte de inspiração para o seu terceiro romance A resistência (Companhia das Letras), que quase conquistou a Tríplice Coroa da literatura brasileira: venceu o Prêmio Jabuti na categoria livro de ficção, ficou entre os finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura e conquistou, há quatro dias, o segundo lugar no Oceanos (antigo Portugal Telecom). Confira a entrevista de Julián para o jornal O Globo clicando aqui.

O Globo, Leonardo Cazes, 10/12/2016

Há poucos registros confiáveis sobre a vida da escritora francesa Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve. Nascida em Paris em 1685, casou-se aos 21 anos, mas enviuvou cedo. Começou a escrever no início da década de 1730, com mais de 40 anos, e manteve um relacionamento com Crébillon, o mais famoso dramaturgo da época e censor literário do rei. Em 1740, publicou o livro La jeune américaine, que reunia várias histórias. Uma delas era A Bela e a Fera. Contudo, o texto do conto de fadas lembrado até hoje não é o de Villeneuve. Dezesseis anos após o lançamento de La jeune américaine, Jeanne-Marie Leprince de Beaumont publicou a sua versão de A Bela e a Fera, bem mais enxuta que a original, na Magasin des Enfants. Agora, os dois textos ganham uma edição em português, com tradução direto do francês, na série Clássicos Zahar. O editor, escritor e tradutor Rodrigo Lacerda, que assina a apresentação da obra, explica que Beaumont era uma educadora reconhecida e influente na época, ao contrário da desconhecida Villeneuve. Por isso sua versão da história alcançou uma popularidade muito maior. Lacerda destaca que Beaumont aproveitou a trama principal, mas excluiu, por exemplo, a vida pregressa dos protagonistas. No texto de Villeneuve, a fera é um príncipe que, por causa da guerra, é deixado pela mãe para ser criado por uma bruxa na floresta. Ele cresce, torna-se um homem bonito e atraente. A bruxa que o criou, apaixonada, tenta seduzi-lo. Um enredo bem pouco infantil. “Encontramos uma edição francesa que tinha as duas histórias, mas quando formos ver, a da Villeneuve estava censurada. Todas essas partes menos palatáveis, digamos, tinham sido retiradas. Nós fizemos uma edição com os dois textos na íntegra”, conta o editor. “Os contos de fada são, às vezes, muito tristes, nem sempre há um final feliz. São muito mais ricos do que as versões pasteurizadas que chegam até nós. As histórias são mais poderosas”.

O Estado de S. Paulo, Adriana Del Ré, 10/12/2016

Exibido nas noites de sábado, na Record, o programa Legendários faz o apresentador Marcos Mion exibir seu lado mais divertido, estilo, aliás, que virou sua marca desde os tempos de MTV. Nos últimos anos, Mion também tem chamado atenção por suas atitudes de bom pai para seus três filhos, Donatella, Stefano e Romeo. Agora, inspirado por Romeo, de 11 anos, que tem autismo, Mion acaba de lançar o livro infantil A escova de dentes azul (Panda Books, 47 pp, R$ 39,90), com encantadoras ilustrações de Fabiana Shizue. O livro retrata o Natal do ano passado da família Mion, em que, enquanto Donatella e Stefano traziam em suas listas endereçadas ao Papai Noel brinquedos modernos, roupas, tênis e outros itens, Romeo queria nada além do que uma escova de dentes azul. O pedido mostra que a alegria pode estar nas pequenas coisas. E as ações de Romeo ao longo da história, que a felicidade está nos simples atos. No livro, Mion compartilha também com os leitores mirins e suas famílias um pouco de seu cotidiano com o filho, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O Globo, Elias Fajardo, 10/12/2016

O mineiro Luiz Vilela é uma das raras unanimidades na literatura brasileira: agrada tanto aos eruditos como ao grande público, aquele que muitas vezes busca na literatura um entretenimento, algo que o faça esquecer por algum tempo a monotonia do cotidiano. Ele consegue tal façanha graças a uma preciosa junção de escrever bem, produzindo textos fluidos e diálogos primorosos, com um mergulho na condição humana em suas múltiplas facetas. Desde o seu livro de estreia, Tremor de Terra, publicado aos 24 anos, Vilela não parou mais de escrever e foi aos poucos apurando sua maneira peculiar de observar e transmitir suas impressões sobre o mundo. A novela O filho de Machado de Assis é um diálogo bem-humorado e cheio de nuances entre o velho professor Simão e seu ex-aluno Mac. O professor afirma, com certeza categórica, mas sem revelar suas fontes, que Machado, que não deixou descendentes conhecidos, teve um filho. E chega a fantasiar que encontrou por acaso um motorista de táxi parecidíssimo com o escritor e que seria um de seus bisnetos ou tataranetos. Na realidade, o filho do escritor funciona nesta novela principalmente como um pretexto para discutir temas como a força da palavra, as muitas faces daquilo que é estabelecido como verdadeiro, a idolatria aos autores consagrados e também as fantasias que se escondem dentro da cabeça de cada um de nós, como um trem de ferro que acelera continuamente e não nos deixa em paz. Os mais rigorosos poderão dizer O filho de Machado de Assis não acrescenta muito à obra consolidada de Luiz Vilela. E quem espera achar nesta novela profundas reflexões sobre a vida e os relacionamentos humanos talvez se decepcione. Mas é possível encontrar e apreciar nela uma linguagem bem cuidada e precisa e momentos inspirados de humor e sarcasmo, como a afirmação de que a cultura não confere caráter a ninguém, assim como a batina e o hábito não significam necessariamente santidade.

O Globo, Ancelmo Gois, 10/12/2016

O coleguinha Ancelmo Gois noticiou em sua coluna que o acadêmico Marcos Vilaça será homenageado pela Academia Pernambucana de Letras, nesta segunda, com uma sessão solene pelos seus 50 anos de presença na APL. O orador será o jornalista e acadêmico Merval Pereira.

O Globo, Ancelmo Gois, 10/12/2016

O imortal Antônio Torres, baiano de Alagoinhas, foi escolhido para receber o Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro, de 2016, da Academia Carioca de Letras. A informação é da coluna de Ancelmo Gois.

 
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