Nesta terça-feira (2), das 18h às 22h, ocorre a 3ª edição do Happy Hour do Mercado, evento que já se tornou tradição no calendário do setor editorial, na Drummond Livraria, em São Paulo (SP). Idealizado pelo estabelecimento e produzido por Cassia Carrenho e Amanda Fernandes, o encontro tem entrada gratuita e é aberto a todos os profissionais da cadeia do livro. O objetivo é promover um momento de confraternização, networking e encerramento coletivo do ano, reunindo editores, autores, livreiros, fornecedores, distribuidores e outros profissionais da indústria. "O Happy Hour do Mercado é um evento feito pelo mercado e para o mercado", explica Cassia Carrenho ao PN. A festa tem o apoio das seguintes empresas: Citadel, Gente, Bookwire, Sextante, Companhia das Letras, Editora Planeta, MVB, Matrix, Faro Editorial, Oficina Gráfica, Ciranda Cultural, Booklog, Multiverso das Letras, Distribuidora Loyola, Primavox, CBL, FJAA e PublishNews. Os organizadores pedem que os interessados confirmem presença. Entre na nota e veja como participar.

Em 2025, a Estante Virtual completou 20 anos e criou o Festival Literário da Estante Virtual (Flev), a ser realizado gratuitamente no próximo fim de semana, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O ponto alto do evento será um desfile com os escritores Thalita Rebouças, Jessé Andarilho, Adriana Falcão, Mariana Filgueiras, Alex Andrade e Clara Alves, os livreiros Letícia Bosísio e Ivan Costa, o designer Leonardo Iaccarino, os poetas Bianca Ramoneda, Juliana Krapp e Ramon Nunes Mello, a poeta e criadora da Estação das Letras Suzana Vargas e a diretora da GL events, uma das organizadoras das Bienais do Livro do Rio e da Bahia, Tatiana Zaccaro, entre outros convidados. Nenhum é modelo profissional e esse é o grande diferencial do desfile. Cada um entrará em cena com a sua experiência no mercado de livros. Acesse a nota completa para saber mais do Flev!

"Livro vendido não é, necessariamente, livro lido, sabemos bem. É claro que as tendências refletem comportamentos e que, no funil de compradores, parte desse público inevitavelmente se afunila até se transformar em leitor do objeto adquirido. Nesse processo, existe um elemento que eu gosto de chamar de 'intangível' na estratégia de difusão de um livro que nenhuma planilha, plano de mídia ou roteiro de lançamento consegue capturar fielmente (mas que quase todos os marketeiros de livros querem alcançar): o famoso boca a boca, aquele orgânico (ou que parece ser) que projeta o seu livro direto na boca do leitor. Há uma espécie de encantamento quando um livro cai 'na boca do povo, ou sai da sua bolha (em tempos de algoritmo, tudo é bolha), como se ganhasse vida própria e passasse a circular por impulso, desejo e curiosidade compartilhada". Leia a opinião da Mariana Bastos!

O editor e fundador da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, é o convidado do programa Provoca, apresentado por Marcelo Tas, desta terça (2). Na conversa, o editor fala sobre o percurso de sua profissão e sobre os desafios e importância da comunicação nos dias atuais, entre outros assuntos. A edição inédita vai ao ar às 22h, na TV Cultura. Ao começar o programa, o apresentador sugere que o ofício de editor ganha destaque como profissão do futuro, dado o atual contexto, em um meio de “inundação de dados”. Clique no Leia mais para ler a nota sobre o programa na íntegra.

A Editora Viseu está contratando assistente editorial júnior. Entre as atribuições diárias da vagão estão: acompanhar o fluxo de produção dos livros desde o recebimento do manuscrito até a finalização e fazer a interface entre autores, designers, revisores e gráfica. Para se candidatar, é necessário ter experiência com revisão de textos e/ou acompanhamento de projetos editoriais, habilidade para trabalhar colaborativamente. A vaga é para trabalhar em regime remoto.

Nesta terça (2), ocorre a última apresentação da peça Flicts em 2025. A montagem para o teatro é baseada no livro infantil homônimo de Ziraldo, e conta a aventura de uma cor desconhecida que não encontrava seu lugar no mundo. A peça está no Teatro Ítalo (Av. João Dias, 2046 — São Paulo / SP), tem a direção de Gisele Lopes e coordenação de Márcia Polacchini, e conta com dois elencos distintos formados pelos alunos do quarto e quinto semestres do curso de teatro da Uni Ítalo da manhã e outro da noite. Os ingressos para o espetáculo custam entre R$ 35 e R$ 45. “Esta peça tem um gostinho especial porque é o gênero infantil que eu amo. Já estou acostumado a falar para as crianças e estou muito feliz que muitas vão me assistir agora no palco”, conta o autor Lucas Luzzi. Clique no Leia mais para saber mais sobre o espetáculo.

As escritoras Aline Bei e Morgana Kretzmann apresentam, em São Paulo, a performance Cartas a uma escritora, em que trocam cartas fazendo delas mesmas personagens de si. Os encontros, gratuitos, ocorrem no Sesc Avenida Paulista, às 19h30, e contam cada dia com uma convidada especial: Maria Carolina Casati (3/12); Amara Moira (4/12) e Andrea Del Fuego (5/12). As entradas são gratuitas, retiradas com 1h de antecedência no local. Na peça, A e M, duas escritoras que tiveram um desentendimento no passado, voltam a se comunicar por meio de cartas. Aline Bei e Morgana Kretzmann, acompanhadas por musicalização ao vivo – conduzida pelo pesquisador e músico recifense Rodrigo Caçapa –, constroem uma narrativa a partir das mensagens. Uma mistura de ficção e realidade, permeada por situações de angústias, tristezas, alegrias e prazeres de escritoras em busca de seus próximos livros e de uma nova vida. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O dia 3 de março de 2018 marcou Maceió para sempre. A terra tremeu, ruas e edifícios rachararam e cinco bairros inteiros começaram a afundar. Não se tratava de um terremoto, mas do resultado de quatro décadas de mineração subterrânea pela petroquímica Braskem, no coração da capital alagoana. Esse colapso urbano, social e humano é o centro de Cidade rachada — Como a mineração engoliu cinco bairros em Maceió e arruinou a vida de 60 mil pessoas (Máquina de Livros, 256 pp, R$ 79), livro-reportagem da jornalista Cristina Serra, que será lançado essa semana na Livraria Janela da Gávea. Leia a nota completa para saber quando e programe-se!

Em Imaginários emergentes e mulheres negras: representação, visibilidade e formas de gestar o impossível (Instante, 224 pp, R$ 79,90), Rosane Borges se nutre de um oceano de referências para apresentar e acompanhar gestos e atos de transformação empreendidos por mulheres negras, destinados a formular e a executar um novo projeto de país e de mundo. Ao discutir o fim do espaço-tempo em que vivemos (além de parte de seus esteios conceituais e de suas ferramentas analíticas) e a possível construção de um novo mundo — “tecido por uma tapeçaria na qual um sistema de pensamento negro e feminino e propostas políticas e metodologias de intervenção pública compõem os fios de uma urdidura que se entrecruza” —, a autora procura mostrar saídas, rastreadas no tecido do manto das mulheres negras, para que possamos escapar do colapso em que nos encontramos.

O que define uma vida digna em meio a um mundo que impõe sofrimento e exclusão? Em O vivível e o invivível (Editora Unesp, 102 pp, R$ 46 — Trad.: Beatriz Zampieri e Carla Rodrigues), Judith Butler e Frédéric Worms mergulham nessa questão para explorar o limite extremo da vulnerabilidade humana: o momento em que a existência se torna um fardo intolerável. Em março de 2018, quase dois mil imigrantes viviam em acampamentos precários no norte de Paris, amontoados sob pontes e viadutos, sem acesso a água ou alimentos. Mesmo assim, resistiam. A filósofa estadunidense Judith Butler é professora do Departamento de Literatura Comparada e do Programa de Teoria Crítica da Universidade da Califórnia, Berkeley, além de ser expoente nos debates sobre identidade de gênero e direitos humanos. Frédéric Worms é filósofo e professor da École Normale Supérieure (ENS), especialista na obra de Henri Bergson, sua pesquisa se dedica também às relações vitais e morais entre os seres humanos, bem como a suas rupturas e violações, em uma perspectiva que articula metafísica, ética e política.

Teorias do mais-valor (Boitempo, 448 pp, R$ 93 — Trad.: Ronaldo Vielmi Fortes), de Karl Marx, apresenta uma análise crítica do desenvolvimento da economia política. A investigação detalha a evolução do conceito de mais-valor, base fundamental da crítica marxista ao capitalismo, e examina os principais economistas que o precederam, destacando suas limitações e contribuições para a teoria. Este primeiro volume trata dos fisiocratas, de Adam Smith e das teorias sobre trabalho produtivo e improdutivo. Marx examina como os fisiocratas foram os primeiros a identificar a produção como verdadeira fonte de riqueza, ainda que restringissem esse papel à agricultura. Ele demonstra como Smith rompe com essa visão, ampliando o conceito de trabalho produtivo para toda a atividade que gera valor, mas ao mesmo tempo introduzindo contradições que influenciaram o pensamento econômico posterior.

Nesta obra fundadora da ciência política moderna, escrita em 1513, o filósofo florentino Nicolau Maquiavel elabora um dos mais contundentes tratados sobre como governar. Embora à sua época Maquiavel tenha sido considerado frio e calculista pela Igreja Católica — e posteriormente ter tido seu nome transformado num adjetivo com esse teor —, O príncipe (Fósforo, 504 pp, R$ 99,90 — Trad.: Emanuel França de Brito) é um clássico atemporal que ganha com esta edição uma nova tradução junto à correspondência completa do autor com dois amigos diplomatas, Francesco Vettori e Francesco Guicciardini. Enquanto no tratado principal Maquiavel estabelece os conceitos basilares de “fortuna” e “virtude” e discorre sobre o comportamento e as qualidades que um estadista deve ter, nas cartas vê-se em que contexto nascem essas ideias, e o que o filósofo desejava com elas ao dedicá-las ao duque de Urbino, Lorenzo de’ Médici. Mas não só: nas epístolas veem-se os detalhes sociais, íntimos e até financeiros, além de provocações particulares deste pensador que ficou equivocadamente conhecido pela máxima “os fins justificam os meios”. Assim, no contraste entre obra e correspondência, vê-se a clara divisão entre vida pública e privada, muito embora ambas sempre estejam permeadas pela política.