No Podcast do PublishNews desta semana, trazemos uma conversa sobre podcasts literários entre as jornalistas Monica Ramalho (apresentadora do podcast independente Um Oceano Delas, sobre literatura feita por mulheres, e colaboradora do PublishNews), Simone Magno (apresentadora da Casa do Livro, podcast da Record) e Tatiany Leite (apresentadora da Quarta Capa, podcast da Todavia, e criadora do projeto Vá Ler um Livro; ela também ganhou o Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro 2025 logo depois do evento), com a mediação da editora-assistente de podcasts do UOL, Laura Capelhuchnik (criadora do podcast Livros no Centro, da Livraria Megafauna). Na mesa, elas discutem as suas experiências e os desafios no mundo dos podcasts que escolheram a literatura como matéria-prima – e também compartilham como se encantaram pelo formato narrativo, as suas trajetórias pessoais, e como a produção de conteúdo em áudio se entrelaça com a literatura. A conversa também aborda a relação entre rádio e podcast, a importância do formato para a difusão da literatura, e a interação com o público. O episódio foi gravado no primeiro dia da Casa PublishNews na Flip 2025. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A Bienal do Livro Bahia 2026 já tem data: de 15 a 21 de abril, o Centro de Convenções Salvador, na Boca do Rio (Salvador / BA), vai receber esta que promete ser a maior edição da história do evento. Pela primeira vez, serão sete dias de programação, um a mais que na edição de 2024, movimento impulsionado pelo sucesso do último encontro, que atraiu mais de 100 mil pessoas e registrou aproximadamente 800 mil livros vendidos. Outra novidade é que a venda de espaços para expositores começa nesta segunda-feira (18), e a distribuição será conforme a ordem de chegada, como já é histórico do evento. Ao todo, serão disponibilizados mais de três mil m² de área de exposição. Para outras informações sobre a participação, é necessário entrar em contato com vanessa.campos@glbr.com.br ou will.holtz@glbr.com.br. Em 2024, o evento contou com a presença de 200 marcas expositoras – incluindo grandes nomes do mercado editorial, como Companhia das Letras, HarperCollins Brasil, Rocco e Globo Livros, que participaram pela primeira vez do festival – e com mais de 100 horas de conteúdo. “A resposta do público, o engajamento, o bom desempenho das editoras e distribuidores participantes e o impacto cultural comprovam a força da Bahia como um polo de cultura vibrante e plural. Ampliar a duração do evento para mais um dia, em 2026, é um passo natural diante de tanto entusiasmo. Estamos felizes e otimistas com essa próxima edição”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, responsável pela realização do evento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No final de semana, a escritora Lilia Guerra denunciou postura racista de uma pousada em que esteve hospedada durante a Festa Literária de Paraty (Flip). Em uma publicação em formato de newsletter, Lilia narrou que duas semanas após o final do festival literário, a organização da Flip a contatou para falar sobre o sumiço de um lençol de seu quarto após deixar Paraty. A pousada requisitava um valor de reembolso pela falta roupa de cama. Segundo ela, a organização da Flip adotou uma postura 'prática' sobre a situação ao dizer que duvidavam que Lilia era responsável pelo sumiço mas que, caso tivesse sido o caso, bastava dizer, que eles fariam o ressarcimento: "Aparentemente, nada mais do que a necessidade de eliminar uma demanda pendente e partir para a próxima. Suponho que deva ser uma ocorrência corriqueira, dada a naturalidade com que me foi comunicada", afirmou Lilia na publicação. Para a Folha de S. Paulo, a Flip enviou uma nota em que "lamenta profundamente o ocorrido e reforça sua responsabilidade e compromisso, posicionando-se de forma firme e solidária ao lado de Lilia Guerra e assegurando todo o acolhimento à autora". A CBN publicou uma reportagem a respeito da diversidade de acervo de bibliotecas do Rio de Janeiro. O estado de saúde de Luis Fernando Verissimo foi tema no Estadão. O escritor foi internado com pneumonia e teve complicações. Verissimo está afastado da escrita desde seu AVC em 2021. Rodrigo Casarin usou sua coluna no Splash Uol para escrever sobre a relação entre as corridas de rua e a literatura. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, divulgou na última sexta-feira (15) a relação de obras habilitadas e inabilitadas do 18º Prêmio São Paulo de Literatura. A lista completa pode ser acessada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, por meio deste link. Reconhecido como um dos mais relevantes prêmios da literatura brasileira contemporânea, o concurso contempla obras publicadas em 2024, divididas em duas categorias: “Melhor Romance” e “Melhor Romance de Estreia”. Cada vencedor receberá R$ 200 mil — valor que consolida o Prêmio São Paulo como o maior do Brasil em premiação individual no gênero. Conforme previsto no edital, os proponentes inabilitados têm cinco dias úteis, a contar da publicação no Diário Oficial, para corrigir eventuais falhas e/ou apresentar recurso – ou seja, até o dia 21 de agosto. O procedimento deve ser feito exclusivamente pelo Sistema de Fomento CULTSP, no site, acessando a inscrição. Em caso de dúvidas basta entrar em contato pelo e-mail: premiosaopaulodeliteratura@sp.gov.br

A editora HarperCollins está procurando por um estagiário na área comercial. A pessoa que ocupar a vaga deve estar cursando graduação em Administração, Marketing, Economia, Engenharia de Produção, Publicidade ou áreas correlatas e ter interesse pela área comercial e pelo setor editorial. Entre as atribuições está acompanhar e tratar pedidos comerciais. A vaga é para trabalhar na empresa, localizada em São Paulo. Pessoas interessadas devem se candidatar clicando aqui.

O livro Poesia reunida [1966 – 2009] (Martelo Casa Editorial), da escritora Maria do Carmo Ferreira, foi o grande vencedor do Prêmio Academia Mineira de Letras 2025. Publicada pela primeira vez em formato de livro, sob a organização de Fabrício Marques e Silvana Guimarães, a obra tem 231 poemas distribuídos em três volumes — Cave Carmen, Coram populo e Quantum satis —, que revelam a sofisticação e a inventividade de uma autora elogiada por nomes como Augusto de Campos, Décio Pignatari e Sebastião Nunes. O prêmio, que tem patrocínio da Fundação Lucas Machado (Feluma), concede R$ 40 mil à autora laureada. Para o sobrinho da poeta, Rogério Ferreira Cardoso, este é um reconhecimento histórico da obra da tia, que está hospitalizada e já com um gradual declínio da consciência, há um ano e meio. “Para ela é um reconhecimento muito importante ganhar o Prêmio Academia Mineira de Letras, embora ela não tenha procurado esse reconhecimento; ela escreveu muito e divulgou pouco. Mas, na verdade, quem mais se beneficia é o público, por conhecê-la e ter acesso a toda a sua obra”, afirma. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Literatura, memória, ancestralidade e resistência integram a pauta da I Festa Literária Afrocentrada de Paulo Afonso (FLIAFRO), que ocorre de 25 a 27 de agosto. As atividades serão realizadas no Colégio Estadual Paulo Freire (Avenida dos Estudantes S/N, Zona Urbana – Paulo Afonso / BA). Promovida pela Karuá Soluções, a Festa pretende fomentar o protagonismo negro no universo literário. O evento reunirá escritores e escritoras afrodescendentes, artistas, educadores, representantes de editoras e livrarias, ativistas negros, povos de santo, estudantes e a comunidade para celebrar a produção literária brasileira e suas múltiplas expressões. Com a curadoria do doutor em Literatura e Cultura e professor da UNEB, Marielson Carvalho, o evento vai promover rodas de conversa, palestras, lançamentos de livros, oficinas, exibição de filmes e apresentações culturais. Toda programação pode ser conferida no Instagram. Painéis de conscientização de caráter informativo sobre figuras históricas e contemporâneas negras, suas lutas e conquistas fazem parte da programação. Além da exposição de editoras baianas, também haverá espaço para artesanato e itens oriundos da agricultura familiar. “Esperamos com iniciativas como a FLIAFRO valorizar os autores negros, estimular a leitura de suas obras, inspirar jovens talentos literários, fortalecer a identidade cultural e ampliar a discussão antirracista”, destaca Marielson Carvalho. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Pintor e retratista francês do século XIX, Claude Barandier (1807-1877) fez carreira no Brasil dentro do contexto da pintura acadêmica da Missão Francesa, que seguia os padrões neoclássicos e valorizava a estética greco-romana. Barandier veio para os trópicos em 1838 e morou no Rio de Janeiro, onde circulou entre a elite da corte portuguesa, retratou nobres, artistas e até mesmo o imperador Dom Pedro II, e em Campinas. Esses fatos de sua biografia são reais e servem como ponto de partida do segundo romance da escritora carioca Julia Barandier, Consigo inventar tudo (Diadorim). Descendente do personagem, a autora escapa das convenções da autoficção familiar e narra uma história enigmática, criada a partir de retalhos sobre o seu antepassado. O lançamento será nesta terça (19), às 19h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417 – Rio de Janeiro / RJ). Antes dos autógrafos, a autora conversará com o editor João Nunes Jr. Clique no Leia Mais para acessar detalhes do livro.

A Biblioteca de Fotografia do IMS Paulista (Av. Paulista, 2424 – São Paulo / SP) abre a exposição Mirada aos filhos da terra: o livro como território de imagem, memória e resistência dos povos indígenas nesta terça (19), às 18h30, com um bate-papo entre a artista, pesquisadora e museóloga Jé Hãmãgãy, curadora da mostra, e a cineasta Priscila Tapajowara. Em cartaz até o dia 30 de novembro, a mostra propõe uma travessia visual do sul ao norte das Américas por meio de fotolivros (entre eles o da fotógrafa Rosa Gauditano, que nos deixou no início de agosto, aos 70 anos) que tratam da construção, disputa e reapropriação das imagens dos povos originários. O bate-papo é gratuito, com interpretação em Libras e distribuição de senhas 1 hora antes. A exposição dialoga com outra: Paiter Suruí. Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy, recém aberta ao público, que pode visitá-la no 6º andar do mesmo centro cultural. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Helen de Wyndhorn (Suma, 176 pp, R$ 99,90 – Trad.: Angélica Andrade), de Tom King e Bilquis Evely, Lilith Appleton cuidou da educação de Helen Cole por boa parte da juventude da garota. Ela conheceu a menina quando o pai, C.K. Cole, morreu em circunstâncias trágicas. Seu primeiro encontro com Helen é desafiador: ela resgata a garota da prisão e logo percebe que a rebeldia e o descaso de sua protegida são sintomas de algo mais profundo. Vivendo em Wyndhorn, a propriedade da família Cole, as duas se aproximam, e Lilith ganha a confiança de Helen. Assim, a jovem passa a relatar à tutora as aventuras estranhas que vive na companhia do avô, Barnabas, um homem instigante e ausente. Partindo do relato de Lilith, a trama de Helen de Wyndhorn vai se revelando aos poucos, por meio de fragmentos do passado: pelo depoimento da preceptora, pelas memórias do jornalista e biógrafo de C.K. Cole, pelas relíquias remanescentes da história do escritor tão célebre quanto enigmático e de sua família misteriosa. Uma história sobre família, legado e pertencimento, Helen de Wyndhorn combina elementos de fantasia épica, gótico e magia.

Replay – Memórias de uma família (Conrad, 320 pp, R$ 129,90 – Trad.: Mário C. Barroso) conta a história de Jordan Mechner, criador da franquia de videogames Prince of Persia, e de sua família a partir dos acontecimentos da vida de três personagens centrais: as dificuldades do avô na Primeira Guerra Mundial, a fuga do pai do regime nazista na Segunda Guerra Mundial, e a trajetória do próprio Jordan na criação de videogames. Ao longo de mais de 300 páginas coloridas, o quadrinho mostra como os desafios de manter uma família unida ultrapassam gerações e continentes. O autor Jordan Mechner nasceu em Nova York e atualmente mora na França. Escritor, roteirista e criador de videogames, incluindo Karateka, Prince of Persia e The Last Express, ele fez uma parceria com a Ubisoft para produzir Prince of Persia: The sands of time em 2003 e participou da sua adaptação cinematográfica pela Disney em 2010. Em 2017, recebeu o Prêmio Pioneiro da Associação Internacional de Desenvolvedores de Jogos. Desde 2012, também escreve histórias em quadrinhos, incluindo Templiers (com LeUyen Pham e Alex Puvilland) e Monte Cristo (com Mario Alberti). Replay é sua primeira graphic novel como roteirista e desenhista.

Ao investigar as origens da comunidade em que nasceu, o fotógrafo Maurício Hora, morador do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, pesquisou a história do local e descobriu que ela era a primeira favela brasileira, surgida em 1897, ao ser ocupada por soldados que haviam combatido na Guerra de Canudos, na Bahia. Escrita e desenhada por André Diniz, Morro da favela (DarkSide, 176 pp, R$ 69,90) é uma história para se entender o dia a dia das comunidades do Rio de Janeiro. A HQ é contada do ponto de vista de um morador que buscou na fotografia sua identidade e acabou produzindo um registro que entrou para a história da cultura brasileira. Publicada pela primeira vez em 2011, a obra foi vencedora do prêmio HQMix nas categorias Melhor edição especial nacional e Melhor roteirista nacional, e depois disso também foi publicado na Inglaterra, França, Portugal, Polônia e Peru.

Em História de Jerusalém: 4.000 anos da Cidade Sagrada, em quadrinhos (Nemo, 256 pp, R$ 129,80 – Trad.: Bruno Ferreira Castro e Fernando Scheibe), o historiador Vincent Lemire e o desenhista Christophe Gaultier unem forças para contar a tumultuada história da cidade mais sagrada do mundo. Berço das três grandes religiões monoteístas — judaísmo, cristianismo e islamismo —, Jerusalém é um verdadeiro mosaico de culturas, conflitos e coexistências. Com uma narrativa envolvente e ilustrações marcantes, a obra oferece uma visão única e imparcial, guiada por um narrador inusitado: uma oliveira milenar do Monte das Oliveiras, símbolo universal de paz e resistência. No livro, os autores mergulham em mais de 200 fontes históricas, incluindo textos sagrados, relatos de viajantes, arquivos municipais e descobertas arqueológicas, para reconstruir a trajetória de uma cidade que foi destruída e reconstruída dezoito vezes ao longo dos séculos. A obra é uma leitura interessante para quem deseja entender as raízes do conflito no Oriente Médio e a importância da cidade de Jerusalém para a humanidade.

Viver dói (Bebel Books, 120 pp, R$ 155) reúne mais de 300 tirinhas de Fabiane Langona publicadas na Folha de S.Paulo desde 2017. A edição conta com capa brochura e 120 páginas coloridas de humor e com reflexões sobre solidão, relações sociais e as dores do mundo contemporâneo. Com seu traço característico e humor afiado, Fabiane traduz o cotidiano em quadros curtos que provocam tanto o riso quanto a reflexão. Em suas 120 páginas coloridas, o livro aborda temas contemporâneos — como solidão, relações sociais e questões estruturais da sociedade — a partir de uma perspectiva crítica e bem-humorada. A obra conta com prefácio da psicanalista Vera Iaconelli e posfácio da jornalista, roteirista e escritora Cris Fibe.